Comentários à obra

A subversão do gênero
Jorge de Souza Araujo

Com Amendoeiras de outono (Itabuna-BA: Via Litterarum, 2005), Adylson Machado ambienta a ação do romance nas regiões de Mairi (que, pela insistência autoral, permanece inalteradamente Monte Alegre) e Itororó (Itapuhy para os mais íntimos), cujos esboços de geografia humana ultrapassam a pesquisa em arquivos e documentos. Pesquisa, aliás, que consubstanciaria a identidade ficcional com pontuações que não competem com (e antes ampliam e complementam) o imaginário. Canudos, Coluna Prestes, Revolta dos Malês e outros emblemas de sedição, devidamente enxaguados do formulário historicista-factual, fornecem importantíssima fisionomia à obra, constituindo esteticamente a razão do romance como esforço de reavaliação histórico-sociológica e convalidação das pletoras humanas em seus complexos de obscuridade e transparência.
Causa espécie inicialmente a consideração repercussiva do estilo Adylson Machado de compor a estrutura romanesca. Primeiro porque, nos justos termos da teoria dos gêneros, Amendoeiras de outono é romance sem sê-lo, negando-se sua concepção à obediência de ingredientes técnicos da convenção teorética. O complexo bloco de suas micro-histórias intrínsecas não necessariamente se articulam, nem interna nem externamente, com a distribuição das partes, que se desenvolvem sem propósitos de encadeamento, proporção e causalidade. A narrativa flui sob signos rituais e rítmicos da memória impressiva de fatos guardados desde a mais recuada infância do narrador (que ora se ausenta, ora intervém como personagem discretamente perfilado nas ações).
Algumas características logo singularizam o relato: o ritmo de condensações, a fala elíptica, a escrita compulsiva, a dissolvência de personagens e as ações episódicas compulsando as matérias temáticas. A personagem narradora é, as mais das vezes, inactante, só registrando impressões em flashes memoriais frequentemente sob efeitos de dispersões e uma aparente neutralidade. À riqueza vocabular e lexical acompanha uma sintaxe sulcada de elipses. Sucessivas alternâncias de planos e blocos narrativos podem confundir o leitor, dado o aluvião de hipóteses e expectativas que geram. O principal desafio de análise deriva da recusa do texto à linearidade, nos planos técnico, temático, lingüístico e da própria sintaxe narrativa, com traços lacunares perturbadores.
Variando de suportes entre o erudito e o popular, o texto de Adylson Machado sinaliza expoentes devocionários à palavra falada, especialmente representada nos artistas da oralidade popular, a exemplo do propagandista de remédio e do poeta de cordel. A filosofia ôntica permeia esse texto, tornando-o sentencioso, aforístico, como um Guimarães Rosa posposto à caatinga e ao brejo, com extensões ecológicas intercomplementares. A desproporção das partes (sem razão aparente, a primeira, da página 7 à 87; a segunda, de 89 a 240; a terceira, de 241 a 381), sem adensar a intriga romanesca, de fato chega a malbaratar a fluidez da leitura, implicando uma maior concentração e cumplicidade do percurso leitor. Talvez porque, antes de romance no sentido ortodoxo, Amendoeiras de outono é “performático”, estilista, com um virtuosismo de imagens e impressões sob registro intersemiótico, catapulta feita de projeções intermitentes do dinamismo imagético.
Ainda sob o impacto da lembrança de Rosa, Adylson Machado é obcecado por bizarras onomatopéias, atraído pelo furor do insólito, como fazer desabar sobre Baixa Grande um aguaceiro, inundando tudo e mostrando nele uma vida bem diferente do sonhado (Cit., 97). A montagem de tempos atrabiliariamente rejuntados acumula e alterna sucessivas visões de esplendor e gastura sob o guante fixo do olhar retrospectivo do menino sertanejo que habita o narrador. Epifânico de encantamentos e descobertas, Amendoeiras de outono carrega consigo um memorialismo de imaginários em recorte proustiano, cada detalhe ou sentido revisitado e revisto crítica e afetivamente. Blocos sincrônicos convivem, com ou sem intermediações, com as vagas imprecisões da memória (esta, por seu turno, nunca estática, sempre dinâmica).
A leitura de Amendoeiras de outono reservará ciclotímicas metamorfoses e surpresas em seu desenrolar. O talento para o relato erótico impõe lembranças de recortes modernos e contemporâneos, aproximando Adylson Machado de um D. H. Lawrence, ou um Henry Miller, um Vladimir Nabokov. As estranhas elipses não impedem o resgate de palavras de antanho, hoje completamente fora de uso ou moda (galopim, por exemplo), o mesmo acontecendo com arcaísmos tipicamente sertanejos (lutrido etc.). Misturando tempos e personas do passado e do presente do narrador, Amendoeiras abandona a intriga tradicionalmente cumulada de tensões em proveito dos registros impressionista e expressionista das imagens. Em conseqüência, o relato oscila entre o episódico e o anedótico, incluindo farsas populares como a pedra de amolar abusiva no lugar-comum do comércio acanhado da hoje próspera Itororó, anedota que outro romancista baiano, o santamarense Yvan Argolo (em Confronto) aplica ao protagonista avarento comprando volume incomensurável de pó de serra...
Se não se tece de encadeamentos, múltiplos relatos imbricados e paralelísticos constituem curioso mosaico na disposição narrativa de Amendoeiras de outono. O relato então se fetichiza quase como um objeto descritivo, raramente um sujeito interdialógico. Uma ampla, polimórfica, integrada e instigante erudição pontua o texto, ressaltando um ludismo gráfico e o imaginário da linguagem que não tememos comparar, mutatis mutandis, ao de Joyce no Ulisses. São, a propósito, exemplares os versos e estrofe de um estranho poema, na grafia invertida: Etion adnia odnauq ale em aidep — ou, na língua fluídica, fluvial, Noite ainda quando ela me pedia etc. etc.
É pertinente, no entanto, acusar no romance de Adylson Machado descrições aleatórias das personagens, o que faz delas figuras pouco intensas no plano da ação, mais horizontais que verticais na função perlaborativa. Talvez melhor se desenhe essa inadequação na infreqüência de raríssimos diálogos na obra. Tais lacunas, em contrapartida, são compensadas pela memória oral de gestas populares em que Amendoeiras de outono se mostra pródigo. Por vezes, o texto se deixa rasurar por ampulosidades neo-barroquistas, momentos, entretanto, que não se confundem com a erudição e o refinamento típicos de um Joyce tropical. A galeria caleidoscópica de causos e gentes de Itapuhy socorrem o romance em seus eventuais desmaios de consistência formal ou conteudística. Há seqüências de gênio narrativo em Amendoeiras (a exemplo da declamação do “Pai Nosso” intermediando o fragor erótico adolescente) que regularizam o fluxo do relato superando sua consabida descontinuidade.
A despeito da galeria multímoda de tipos e personas confundindo a memória narrativa e do estilo elíptico por vezes embaçando a fluidez leitora, Amendoeiras de outono é fiel depositário dos registros do mesquinho cotidiano da pequena humanidade movimentando-se sob impactos da mesmice e da falta de perspectivas. O discurso narrativo de Adylson Machado glosa então a dissolvência de heróis, a pulverização de protagonizações, reduzindo a ruínas as imagens de glamour de um passado remoto e grandioso, como antes observara Monteiro Lobato em Cidades mortas. Umas tantas vezes, o épico cede a voz narrativa ao discursivo e ideológico. Mas é tributo previsível que o narrador paga em um tempo diferente, em que o sol tórrido prenuncia inverno nenhum. E o romance (romance?) fecha o círculo de seus tecidos com a mesma estrofe de abertura, semelhando ingênua cantiga de ninar e panacéia tragicômica da incomunicabilidade ou ainda linguagem cifrada invectivando-se de rememorações inarredavelmente particulares:

Pá, palá
patinha
tinha, tinha
de d’ondé?
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                               Poesia proseada conta a saga do desbravamento grapiúna
                                                                                                 Gideon Rosa*

Na história da literatura, há inúmeros livros de leitura difícil. Dentre todos, Ulisses, do escritor irlandês James Joyce, é quase um exemplo mítico. Poucos conseguem ultrapassar as cem primeiras páginas. Em Amendoeiras de Outono, do baiano Adylson Machado, editado pela Via Litterarum (2005), o fenômeno se repete, mas, ultrapassadas as 80 primeiras páginas, o leitor consegue fazer um pacto com o narrador que imprime em seu livro um tom de crônica romanceada, recheada de ideologia política e sonhos. A partir das entranhas da vivência, ele conta a peleja que foi o desbravamento da região grapiúna, por vezes caracterizando seus personagens através de um retrato preciso do subfalar sertanejo-grapiúna. Sertanejo porque essa é, provavelmente, a matriz principal do povo fincado nas terras do cacau.

Adylson Machado imprime um forte tom ideológico, quase utópico à sua narrativa prenhe de uma poesia deslumbrante. Em todo o romance ele constrói uma poesia proseada, em muitos momentos, é capaz de entorpecer os sentidos e tanta beleza e harmonia na construção das frases.

As imagens evocadas por ele para conduzir seus personagens e mergulhá-los no ambiente inóspito da Mata Atlântica ainda virgem são de um vigor e pureza de emocionar qualquer leitor mais endurecido. Ele mistura sociologia, antropologia, geografia e história em narrativas sobrepostas, ignora a linearidade, volta ao começo da história, depois vai ao meio, como um narrador delirante que deseja registrar sofregamente os fatos antes que alguém os esqueça. O leitor é forçado a apanhar fragmentos e desistir de acompanhar as personagens. Ele compensa esse vaivém com veia poética das mais refinadas em sua prosa, além de demonstrar erudição respeitável.

CÓDIGO – Não é uma história da região grapiúna, cujos traços se diluem na imensidão úmida da mata virgem. Adylson conta histórias de homens dentro de um universo em que a força do dinheiro se impunha pela força das armas. Vinganças, grilagem e honra se misturam para forjar um código moral difícil de ser decifrado.

Machado é um contador de histórias que se entrelaçam e se concentram na região de Itapuhy, conhecida atualmente como Itororó, que antes do desmatamento total era conhecida como Portal do Sul, mas hoje, como diria um de seus personagens contemporâneos transformou-se numa “Boca do Sertão”. Entre as sesmarias que cobriram as terras de Ilhéus até Itapuhy, as personagens fogem da seca do sertão baiano e, principalmente, de Sergipe – origem hegemônica da civilização grapiúna. Matando para “matar” a fome dos filhos, as famílias vão se reconstruindo na nova terra agarradas ao sonho de possuir um pedaço de chão onde chove e, em se plantado tudo dá.

Filosófico, Adylson Machado lembra o escritor belga Aléxis Curvers em Le Monastère dês Deuux-Saints-Jeans (2006), que tenta através de um monge explanar sobre o conflito de devoção entre João Batista e João Evangelista e, para isso, dedica longas páginas a um discurso filosófico-religioso.

Machado utiliza-se do mesmo recurso quando abandona seus personagens para dedicar-se ao seu discurso político-ideológico. E seu conflito, a questão da terra, como parece óbvio, até hoje é um dos que não foram solucionados neste país de sonhos chamado Brasil. Mas, acima de todas as qualidades do livro, é preciso prestar atenção redobrada ao registro de palavras só utilizadas com naturalidade em regiões onde a mistura dos falares e dos costumes é característica singular, como é o caso da região grapiúna. “Bramura”, “carote”, “catende”, “mão-de-súia”, “chopar”, “mandu”, “pantomia”, “rolo”, “suruco” etc. são pequenos exemplos que permeiam o livro, e que são usados sem pudor pelo escritor numa demonstração de intimidade com o vernáculo, suas corruptelas e invencionices onomatopaicas que só a sabedoria popular sabe criar.

Nesses tempos em que todos falam do iminente comprometimento da vida no planeta, Adylson Machado antecipa-se na constatação de um futuro que é o presente da região grapiúna: a semidesertificação com o desaparecimento de matas e, consequentemente, dos córregos que alimentavam os rios, antes imensos, agora, grandes extensões de água sem fundura.

O quadro é aterrador e recorrente em todo o livro, mas ele o descreve com poesia: “As árvores, retorcidas, cobrem as ruas. Refletem a fuga do moderno que as agride. Espelham a ânsia por recuperar o perdido. Em meio à noite recobravam anseios, sonhos, devaneios, desfazem angústias. Vivem. Alheias ao homem. Põem-se fantasmagóricas, avançando sobre platibandas, fiações, tomando o espaço da réstia de luar. Não mais se preocupam com o verde que as caracterizava. Bastava-se-lhes existirem. E assim reconhecidas. Mesmo que transmudadas em cinza lúgubre, caminhando para o negro. Poeira diluída... A visão retoma cada quadro, indo e vindo. Grandes pássaros assomam. Do norte. Nunca do sul. O sul continua... sul. Salvação. Perdição. Lança para o alto as mãos, quase alcançando-os. Despenca delas. Tomba...”

Adylson Machado parece ter fôlego de romancista já em seu primeiro livro. Nesse Amendoeiras de Outono ele se debruça sobre sua vivência de menino que sai do sertão para o deslumbre da terra úmida, de fartura e de clima permanentemente chuvoso. A chuva constante parecia querer apagar as lembranças áridas do menino do sertão que veio cedo para a região do cacau, mas, antes que isso acontecesse, ele resolveu, registrar tudo num livro, e deixou claro um enorme talento que agora se junta à mais pura tradição da literatura grapiúna. 

                                                                         * Ator, jornalista e mestre em Artes Cênicas pela UFBA
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Blog Sopa de Poesia


quinta-feira, 28 de maio de 2009
A poesia na prosa de Adylson Machado
O conceito de poesia, tal como o conhecemos, é bastante amplo, não se restringindo a uma interpretação unilateral do termo. Percebemos haver poesia bastante no que estamos fazendo agora, assim como no vôo de uma garça. Há poesia, e muita, no pôr-do-sol e até mesmo em um assassinato. Há, inclusive, poesia na prosa, mas uma poesia que serve a essa estética, exercendo uma função específica dentro da linguagem literária. Com efeito, poiesis, etimologicamente, indica o ato de criar, o fazer artístico, independentemente de sua forma de expressão. Desse modo, a poesia na prosa não se caracteriza através de aspectos formais do texto, mas pelo efeito nele produzido.

Anulada a diferença formal e identificado o objetivo poético, como distinguirmos a prosa literária da poesia propriamente dita, um conto de um poema? A ficcionalidade é uma característica inalienável da literatura em geral e não apenas da literatura narrativa. Desse modo, não existe obra de arte literária se não for fruto da imaginação. Como o “eu lírico” do poema, o “narrador” de um romance também é um ser ficcional, diferente da pessoa física do autor. Colaborando com nosso entendimento, o poeta e romancista Aleilton Fonseca em uma entrevista a nós concedida afirma que “a princípio, prosa e poesia são diferentes modos de produzir linguagem literária; mas já não se repelem entre si; ao contrário, muitas vezes se juntam, amalgamam-se, na poesia prosaica, na prosa poética, na narrativa lírica, no poema narrativo. Na modernidade, definitivamente, a prosa e a poesia fizeram as pazes; uma convoca a outra para andarem juntas nos textos.”

Concluímos então que as características estruturais do texto poético, quer as que envolvem o poema, quer as que modulam um romance são comuns à poesia e à prosa literária, distinguindo uma forma de outra apenas pelo maior ou menor grau de poeticidade com que atuam.

É impossível lermos um Graciliano Ramos, um Guimarães Rosa ou Machado de Assis e não percebermos a poesia que pulsa, latente, em seus romances e contos. Do mesmo modo observamos a poesia existente no romance “Amendoeiras de Outono”, Via Litterarum, 2005, de Adylson Machado, uma obra densa, escrita ao longo de quinze anos, marcada pela linguagem cortante e contida, pela metáfora, por elipses, baseada em fatos reais e tragédias de personagens que se movimentam sob a inexistência de perspectivas, envolvendo pesquisas sobre contendas típicas da vida do sertanejo, também sobre o trajeto da Coluna Prestes, o bando de Lampião, Antônio Conselheiro, “fatos refletidos na contraditória analogia estabelecida através das folhas caducas de uma amendoeira[1]” e o percurso de toda uma vida que pode ser resumida nesta passagem narrada com alto grau de poeticidade:

"Viver para perder. Vitória o desafio de continuar perdendo ao tempo em que sobrevive. Assim, sublima o tempo, derrotando-o a cada dia de sobrevida, em surda vingança, quando a própria vítima não reconhecida em si mesmo. Herói se torna na dialética do nascer-morrer, síntese no sobreviver, que ali adquire foros de ressurreição diária."

Adylson Machado conhece e reconhece como poucos os elementos que sintetizam o cabedal de vivências típicas de um sertanejo, tanto que demonstra não possuir o menor pudor em valer-se de certos arcaísmos, como “abistunta”, “catende” ou “lutrido” para manter-se fiel ao seu ideário. Natural de Monte Alegre da Bahia, atual Mairi, local onde se passa parte da trama (a outra é a região cacaueira da Bahia) que registra os saberes e valores que lhes são próprios, suas raízes, sua gente, em processos estéticos de onde emergem reminiscências, fazendo valer a assertiva de Tolstoi quando afirma que “se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”. E assim traduz poeticamente o universo do sertanejo nessa maravilhosa passagem:

"O conceito de civilização esgota-se no grotão, no leito do córrego seco, cavando-o em busca de água. Limita-se na possibilidade de o mandacaru frutificar, na esperança do amadurecimento do fruto, aí tornado alimento, percebido quando fulorou. Ética vincada ao dia-a-dia deste resistir, razão por que não fere o semelhante para tirar-lhe o pouco que lhe falte. Antes, até, divide com ele o quase nada que dispõe."

Estamos convictos que, à medida que o tempo avançar e novas edições de “Amendoeiras de Outono” forem impressas, outros estudiosos e interessados no assunto surgirão, como o premiadíssimo Jorge de Souza Araújo, para quem “Amendoeiras de outono” é fruto de “uma ampla, polimórfica, integrada e instigante erudição (...) ressaltando um ludismo gráfico e imaginário da linguagem que não tememos comparar, mutatis mutandis, ao James Joyce, no Ulisses”.

Também o jornalista, ator e mestre em Artes Cênicas, Gideon Rosa, manifestou-se sobre o compêndio de Adylson Machado afirmando que o autor “deixou claro um enorme talento que agora se junta à mais pura tradição da literatura grapiúna”.

Para nós, “Amendoeiras de Outono”, com sua renúncia à linearidade, escancarou para Adylson Machado a porta da frente para a sua entrada triunfal no seleto rol dos melhores prosadores do Brasil, embora nossa afirmativa apenas possa vir a ser constatada dentro de pelo menos duas, três décadas, quem sabe (?), pois em literatura, como diz o dito popular, é bem mais fácil falar de luas que de sóis.

Ah! Faltou-nos dizer que Adylson Machado é também um bom poeta, com alguns livros prontos para edição. Mas aí é outra história.

[1] Nota da editora, inserido na contra-capa do livro
Postado por Gustavo Felicíssimo às 10:52
1 comentários:

Givaldo Matias disse...

Sempre me pergunto onde este mundo pós-moderno irá chegar. Mundo onde as futilidades são destaques e o que é essencial fica em segundo plano (e olhe lá!).
Vejamos o caso de nossa Cidade em que as opções culturais a que o povo tem acesso são bares e shows de "arrocha", enquanto se poderia oferecer também blibliotecas, videotecas, museus públicos etc. para que o povo tivesse acesso à literatura, à boa música, a bons filmes. Talvez assim um grande poeta como Adylson Machado e artistas de outras áreas tivessem espaço para dar as suas contribuições para o desenvolvimento das pessoas.
28 de maio de 2009 14:15
Matéria publicada originalmente no blog: Sopa de Poesia