domingo, 11 de junho de 2017

De pessimismo, palhaçadas e desgoverno


Nosso pessimismo nem mais existe. 
            Somos apenas a ovelha branca em meio às negras. 
                        Ou vice e versa. 
                                     Em busca de um túnel chamado otimismo. 
                                                Que tenha luz ao fim.

A palhaçada
A Justiça Eleitoral, com o aparato que lhe outorga existir como Poder autônomo, em conteúdos que tenham como objeto o processo eleitoral, somente existe no Brasil. Afirmam juristas ser ela mais uma jabuticaba destes trópicos concentrados em mais de 8 milhões de quilômetros quadrados. Inclusive por exercer funções administrativas e normativas que extrapolam seu âmbito institucional.

A um custo inominável são mantidos cartórios e quejandos vários, juízos e tribunais intermediários e superior, quando tudo poderia ser resumido a uma atuação do Judiciário em geral haja vista o que ocorre em primeira entrância onde o titular da comarca ou de determinada vara cível ou criminal assume a delegação eleitoral. (E nem aqui se fale do custo de as sede brasiliense a um custo de R$ 372 milhões a cargo da ínclita OAS).

Sob seu condão – presumia-se – a lisura dos processos eleitorais e a expressão de Justiça em suas decisões, consentâneas com os ditames de lei. 

O que vimos neste fim de semana (útil) deu a dimensão de quão inútil é o aparato denominado Justiça Eleitoral (autônoma). O que a plebe ignara (obrigado Stanislaw) conhece em searas próximas.

Analisando o mesmo fato um ministro (Gilmar Mendes) assumiu duas posições distintas: aquela defendida pelo interesse em afastar a chapa eleita em benefício do amigo Aécio (2015) e a de manter o golpe, com a manutenção da chapa contra a qual verberara. Da qual já afastada a titular.

Não basta a farsa da proteção judiciária a quem usurpou o poder. Restou a palhaçada fora do picadeiro. Ou, talvez, esteja o TSE se tornando “o picadeiro’. 

Ou nos fazer de palhaços, os que estamos cá na planície.

No mais, a confirmação do que temos dito, na esteira de tantos neste Brasil varonil: o Judiciário faz parte do que ora acontece no – e ao – país. Fazendo jus à casta em que se tornou.

E como tal – através do TSE – o Judiciário acabou de demonstrar, cabalmente, a participação no golpe de 2016. Morrendo abraçado ao criminoso interino tornado presidente.

Há quem o defina como coveiro. 

E quem acrescente: com mania de popstar.

Não há governo
O denominado governo do interino tornado presidente tornou-se tão só expressão semântica. De concreto não existe. Todo alarde em defesa de reformas, como instrumento de assegurar equilíbrio fiscal, já foi por água abaixo. E não poderia ser diferente.

Sem legitimidade, sustentado na mesma base golpista que destruiu o caminho da construção democrática do país, desta (base) não se poderia esperar mais do que realiza: tudo pelo meu pirão.

Muitos senadores e deputados sabem que não retornarão ao Congresso. Perderão a reeleição em 2018. 

Encontrando o clima, terra e adubo como um não-governo tudo se torna festa (para o bolso). 

Os dados levantados por Leila Coimbra e Jamile Racanicci, para o Poder360, mostram o estrago nas contas em razão das benesses distribuídas.

O mais triste – demonstra-o a tabela apresentada na matéria – é ver que o conjunto da obra em nada sinaliza para melhora da atividade econômica. Haja vista o PAC – agora com outro nome – que perdeu a média de 30 bilhões de investimentos nos últimos anos petistas para pouco mais de 3,5 bilhões nesta era de materialização golpista. Ou seja, a infraestrutura não existe como mola propulsora.

O que chamam de ‘governo’, só para arrochar o povo.

Nem a prazo
Falta de emprego leva mais de 26% da força de trabalho ao desespero. E já são 60,1 milhões os brasileiros com nome sujo na praça. Nem comprar a prazo conseguem.

Retorno ao tempo em que pobre só entrava em banco para pagar conta alheia ou reservar vaga na fila.

Sadismo
Estivéssemos sob o signo das taras e patologias sexuais – incluindo as alardeadas como suruba – somente assim poderíamos entender a euforia do desmando promovido pelo interino tornado presidente com a expectativa de crescimento do PIB.

A taxa de ocupação é a menor em 25 anos. O PIB caiu 11% desde 2014. 

Banco Mundial não aceita números da economia brasileira.

A economia real desmente a fantasia.

Preocupante
O estágio a que chega o Judiciário. O que seria último bastião do Estado Democrático de Direito está às calendas.

Dada a importância da fonte disponibilizamos a íntegra da entrevista do Desembargador Rogério Favreto ao GGN, cobrando autocrítica do Judiciário.

A íntegra da entrevista aqui

Ninguém escreve ao coronel
Que lástima! A chanceler alemã Ângela Merckel foi à Argentina e voltou à Alemanha passando pelo México. 

E não visitou o interino tornado presidente!

Que falta o registro de Gabriel Garcia Márquez! Para dizer-lhe que o Brasil está no mapa, não está no mundo.

Só resta a convicção
Somente o superlativo para definir certos titulares do MP/PGR. Como o Dellagnol, que cita a si mesmo 7 vezes (conta de mentiroso) nas Alegações Finais em que pede a condenação (sem provas) de Lula no caso do triplex.

Só resta a Moro – por convicção – condenar Lula com base em Dellagnol.

Silêncio
O Jornal Nacional noticiou, com o estardalhaço de praxe, o indeferimento do pedido da defesa de Lula a Moro para adiamento de uma audiência.

Detalhes vários, incluindo a confissão de que Moro  mais uma vez  violara segredo profissional de advogados, promovendo  mais um  grampo à rede dos profissionais.

O desembargador João pedro Gebran mandou Moro refazer a audiência. Deu razão à defesa de Lula. 

Silêncio de convento de carmelitas no JN.




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