domingo, 24 de julho de 2016

De fraudes, de ridículo e de humorismo

Dourando
Depois de desmascarada – inclusive pelo colunismo interno, de seu ombudsman – da pesquisa Datafolha só restou o propósito: de dourar a pílula do interino.

Escreveu o ombudsman:

Bradd1.jpg“A meu ver, o jornal cometeu grave erro de avaliação. Não se preocupou em explorar os diversos pontos de vista que o material permitia, de modo a manter postura jornalística equidistante das paixões políticas. Tendo a chance de reparar o erro, encastelou-se na lógica da praxe e da suposta falta de apelo noticioso.

A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas. A Folha errou e persistiu no erro.”

Só faltou dourar uma fotografia para o interino. Para suprimi-lo da ironia registrada por ACM, que o chamava de 'mordomo de vampiro de filme de terror'.


Pesquisa

Aguarda-se a próxima pesquisa do Datafolha sobre o governo do interino. 

Com uma pergunta e duas opções: 

O que acha do governo Temer?

1. Ótimo 
2. Maravilhoso. 

Não será por excesso de modéstia
A imbecilidade vai perdendo a modéstia, assumindo-se como nunca antes assumira. 

Em tempos mais pretéritos realçada estava na ironia dos cronistas e humoristas – do Barão de Itararé a Stanislaw Ponte Preta, passando por Henfil, Jaguar, Aldir Blanc, Millôr Fernandes e tantos outros – que salvavam o país de embrenhar-se totalmente na alienação promovida pela mediocridade que se instalava como instituição.

De um governo interino com um Ministro da Educação aconselhado por Alexandre Frota não há muito que esperar. A não ser a sua queda.

Para essa gente a grande ‘revolução’ educacional que anunciam é o que denominam ‘escola sem partido’. Onde – de professores a alunos (as vítimas) – ficarão no canto da sala com o tradicional chapéu do castigo.

Que falta nos fazem Aparício Atorelli, Stanislaw, Henfil, Millôr Fernandes...

Não ria... que dói
Hilário que seja. Mas é o momento em que tudo se torna bolivariano – substitutivo para o ‘comunismo’ de antes – pondo as garras a alcançar até a educação escolar.

Paulo Freire refletia em torno da educação libertadora temer a liberdade, tanto o conservadorismo da sociedade e oligarquias que sustentam o poder, que a elas corresponde.

Estamos a caminho... de ter a Liberdade como inimiga!

Não será por falta de modéstia
O Brasil acaba de entrar, mais uma vez neste interinato, na seara da irresponsabilidade e do ridículo. A cargo de seu Ministro da Justiça, anunciando com todos os holofotes, uma temerária ação terrorista em andamento no Brasil às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Em nível de terrorismo, bem observou Jânio de Freitas, “o ministro Alexandre de Moraes é mais eficiente do que seus dez presos”.

Não será por falta de modéstia que não seremos reconhecidos.

A propósito
Muito a propósito disponibilizamos o link do Conversa Afiada para registrar o texto do Pravda, em português. Tudo ali. Nada sutil. 

No centro, a violência, o ministro e a idiotia tupiniquim em versão atual/interina.


Acorda, peão!
Na segunda 18, um editorial da Folha demonstrou o quão atrasada é a mentalidade do empresário brasileiro. Pelos menos nos termos em que defende. Veja o leitor o primor, em destaques:

“As esperanças de prosperidade futura do país dependem de uma agenda de modernização institucional que estimule a produtividade e reduza o custo de fazer negócios. Entre os obstáculos a serem equacionados, destaca-se a obsoleta legislação trabalhista, gestada nos longínquos anos 1940 e causadora de um anômalo e crescente contencioso entre empregados e empregadores”, sem esquecer de exigir o extermínio da “estrutura sindical oligopolizada, abrigada no Estado e financiada por contribuições obrigatórias”.

Assim, “O paternalismo enfraquece a disposição à negociação e a autonomia das partes em decidir conforme as suas preferências. Na tradição brasileira, o legislado tende a se sobrepor ao acordado em convenções coletivas. Merece apoio, portanto, a disposição manifestada pelo governo Michel Temer de encaminhar ao Congresso uma proposta de modificação das regras trabalhistas – reforma que, de acordo com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, será a segunda na ordem de prioridades do Planalto, logo depois da previdenciária. Já seria progresso digno de comemoração a retomada do projeto que regulamenta a terceirização da mão de obra, conforme propósito do ministro. O texto, apresentado em 2015 na lista de prioridades do PMDB, encontra-se parado no Senado”.

O título do editorial: A próxima reforma

Bem poderia ser ‘a corda, peão!'



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