domingo, 29 de novembro de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Cozendo o galo
Nomeie-se o galo de Turquia. Bem analisa J. Carlos de Assis a histórica paciência dos russos: “Foi assim com Carlos XII da Suécia, com Napoleão e com Hitler. Os mais notáveis comandantes militares russos, o Marechal Sucorov, que derrotou Napoleão, e Marechal Zhukov, que derrotou Hitler, ganharam suas medalhas mais significativas usando o recurso da paciência.

Em razão do incidente o governo turco já pediu desculpas. Mas não pode ser afirmado que Putin esquecerá. 

Até porque – em nível da geopolítica regional – a área de conflito está sob atenção direta da Rússia, em razão do posicionamento estratégico em relação ao seu território.



Alerta
Apesar de causar em torno de 5.000 óbitos anualmente pouco se sabe sobre a bactéria Legionella. Com sintomas parecidos com os da pneumonia sua percepção é difícil. Daí o alerta de especialistas.


Bactérias da Legionella no microscópio / Foto Wikimedia - CC
Bactérias da Legionella no microscópio / Foto Wikimedia – CC
O perigo oculto no lava-jato
“As reportagens devem sempre consultar pesquisadores” recomenda Bensoussan, que acrescentou: “a imprensa tem que tomar cuidado.” Contrariamente ao difundido, a bactéria pode estar em qualquer aerossol ou vapor de agua, e na lista preta entram chuveiros, fontes decorativas, jacuzzis, parques aquáticos, umidificadores de ar, torres de resfriamento utilizados na refrigeração e máquinas de lava-jato.
Os especialistas não se cansam de afirmar que no ano de 2013, quando no Brasil ocorreram 387 mortes por dengue, 4.600 por tuberculose e 41 de malária, pela “desconhecida” Legionella teriam morto em torno de cinco mil pessoas. Os idosos com problemas respiratórios e fumantes formam o maior grupo de risco. Mortes, custos médicos, absenteísmo em escolas e trabalho poderiam diminuir sensivelmente com mais informação. A única prevenção possível é evitar a sua proliferação nos ductos de água. Infelizmente, análises de amostras de água de todo o Brasil, mostram um percentual de 15% de resultados positivos para a bactéria.

Uma busca no Google, permite conferir facilmente o pouco destaque que a mídia brasileira tem dado ao problema que acaba com 13 vidas por dia no país, nos cálculos mas otimistas. A imprensa pode colaborar de diversas maneiras. Uma é simplesmente publicando notícias que atraiam a atenção do público e dos responsáveis. Em tese, a difusão de informações sobre a legionella poderia fazer pressão para que o Ministério da Saúde aborde o assunto de forma proporcional à sua importância. Os hospitais no Brasil não identificam o tipo de microrganismos que causa febre ou pneumonia, e se fosse feita a identificação, seria mais fácil localizar surtos ou regiões com problemas de proliferação da bactéria.
Cartel
Prova nada fácil de ser obtida: a de que houve conluio para o ajustamento dos preços. O grande confronto ocorre com a ‘liberdade de mercado’. Sob esse prisma vendo por quanto quiser, compre quem o puder.

A dificuldade de materializar o crime e indiciar os criminosos por sua prática reside justamente em provar o conluio deliberado.

Mas a PF, o MPF e o Cade dizem-se satisfeitos com as investigações em relação ao cartel de combustíveis no Distrito Federal, segundo matéria de Bárbara Mengardo para o Jota.

Bem que poderiam incluir nossa região na investigação. Talvez pudessem explicar a diferença de quase R$ 0,40 centavos por litro no preço da gasolina aditivada entre um posto e outros.

Até que enfim!
Na última quarta 25 a Norte Energia anunciou haver conseguido a Licença de Operação da Usina de Belo Monte, concedida pelo IBAMA.

Reduz-se mais ainda o risco de um apagão, como aquele ocorrido entre 2001/2002, no tempo de FHC.

Tardou, mas chegou!



Militares da Democracia
A redemocratização não fez, ainda, a justiça que inúmeros fardados ao tempo do golpe civil/militar merecem. Até porque poucos – quem? – hão de lembrar da postura do capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, o “Sérgio Macaco, do PARA SAR” (falecido em 1994, aos 63 anos), em não atender ao que pretendia o Brigadeiro João Paulo Burnier e explodir, em 1968, o gasômetro do Rio de Janeiro (uma tragédia que geraria em torno de 100 mil mortos) para jogar a culpa nos comunistas e gerar um banho de sangue inominável para fortalecer a linha dura do golpe.

Enquanto a Pátria não lhes faz Justiça, documentários como o "Militares da Democracia: os militares que disseram Não", de Sílvio Tendler, para a TVBrasil, alimentam a História.



Delcídio
O PT mais uma vez toma na cabeça por admitir qualquer um em seus quadros. Basta querer assinar a ficha – quando não convidado – para esquecer o partido de suas ‘históricas’ exigências em passado não tão recente para admitir uma filiação.

Para compreender a trajetória político-ideológica de Delcídio do Amaral basta uma consulta ao Wikipédia. Compreenderá – inclusive – porque o senador apóia José Serra no desmonte da participação da Petrobras no pré-sal: trabalhou para a Shell por dois anos, na Europa, e fez parte da diretoria de Energia e Gás da Petrobras quando FHC dirigia o país, com ‘louvável’ iniciativa de trazer Cerveró e quejandos para a estatal (lá nos tempos de FHC, que o juiz Sérgio Moro não quer ver).

O PT de Mato Grosso do Sul o ‘aproveitou’, por recomendação de Zeca do PT, que o apoiou para eleger-se senador em 2002.

Saia justa
A influência do banqueiro André Esteves sobre a mídia é fato sabido e consabido. Que farão seus acólitos diante dos fatos denunciados?

Tremenda saia justa!

'Não contavam com minha astúcia'
A prisão do senador Delcídio do Amaral não poderia ser prato melhor para a mídia exaltação: um líder do Governo teve a prisão decretada – e confirmada pelo Senado.

Não é assim ‘qualquer coisa’ para o Governo – e a Presidente – que o tinha em grande conta.

Mas – sempre surge um mas – o estrago vem à cavalo, como vingador em faroeste: já pululam as origens e tramóias do senador. Desde os tempos gloriosos em que comandou diretoria da Petrobras no governo FHC.

A verdade – de tanto selecionada – que atingia um lado só tomou a iniciativa de alcançar o outro lado e está a dizer – como aquele Chaves/Chaolin: não contavam com minha astúcia.

Contorcionismo
O manipular a informação é flagrante na mídia. Por exemplo: em que pese Delcídio do Amaral ter começado a sua carreira no PSDB, indicando Cerveró e quejandos, a sua condição circunstancial de estar no PT leva o noticiário a frisar somente este aspecto. 

A ponto de o Jornal da Band falar em “preocupação” do PT com delação de Delcídio. Ou seja, nada de PSDB e FHC é publicado, ainda que a gravação em que se sustenta a matéria não deixar margem de dúvida.

O Boechat da rádio Band difere daquele do Jornal. O que diz pela manhã (vídeo) não edita à noite.

Contorcionismo editorial do Grupo Bandeirantes



Os amigos I
A imprensa insiste – para vincular – em citar Bumlai como “o amigo de Lula”.

Poderia aproveitar e citar Galvão Bueno, João Carlos Saad (do Grupo Bandeirantes) e Beto Mansur.

Os amigos II
Por outro lado a imprensa evita – ou não tem interesse – exibir os amigos do banqueiro Esteves. 

Dentre eles, Aécio Neves – com lua de mel custeada pelo próprio no Waldorf-Astoria.

Bandidagem I
Não pode ser considerada de outra forma a postura editorial da Folha de São Paulo em relação a fatos que vinculam a instituição e o pecuarista Bumlai.

Para melhor entender acesse A Folha errou

Miniatura

Bandidagem II
Mais bandidagem. Veja o leitor os envolvidos e a relação que mantêm entre si aqui.

Citados
O inusitado – à luz deste ‘não contavam com a minha astúcia’ – é o fato de que os também citados ministros do STF, dentre eles alguns determinando a prisão do senador Delcídio, além de cometerem deslizes em relação às garantias constitucionais (que a eles cabe defender e preservar) trataram de proteger sua própria casa (a de cada um referido).

Afinal, o crime não é inafiançável, tampouco flagrante haveria (os pressupostos que assegurariam a efetividade da prisão).

Não bastasse – por mais irônico que possa parecer – a decisão da Turma do STF se baseou numa gravação ilegal, porque não autorizada judicialmente.

E Delcídio não tem a quem apelar.

Cheira, pois – diria o gajo – a uma decisão por conveniência.

bessinha estado de direito

Confissão
O argumento de que havia risco de a investigação ser prejudicada e de fuga de um envolvido chega a ser pífio e desmoralizante em relação aos órgãos de polícia e investigação do país. 

Afinal, se você (Polícia Federal) já sabe – em razão da gravação – que alguém pretende fugir e o prende para evitar o risco temos de reconhecer uma confissão de incompetência em ‘acompanhar’ o pretenso fugitivo através de uma simples campana.

Mais grave e singularmente interessante: o pretenso fugitivo está preso.

Falando pelos cotovelos
Perdeu a oportunidade de manter a postura de julgadora a ministra Carmen Lúcia, quando – a exemplo do colega Gilmar Mendes (que parece andar fazendo escola) – deu de aproveitar a oportunidade para uma ‘declaração política’ em seu voto pela prisão do senador.

Ah! Se viesse à tona!
Serra procurou Delcídio, cercando-o para proteger Preciado, o artífice de negócios da Petrobras na África antes de 2003 (período FHC).

Ainda que tenha, ao lado do PSDB, larga proteção da imprensa a coisa não anda tão tranquila assim!

Quem salva a turma  até agora  é o juiz Sérgio Moro, para quem antes de 2003 nada vem ao caso.


Para melhor entendermos todo o imbróglio ouçamos a íntegra do áudio de Delcídio, gravado por Bernardo Cerveró, falando dos 'negócios' e 'influências'.



Negócio rendoso
A considerar o número de vazamentos tem-se que – já que são remunerados – tornou-se um negócio rendoso.

O erro
Tucano preso só quando deixa o partido e vai para o PT. Em relação às práticas, Delcídio apenas mantinha a coerência com o passado e suas origens.

A plateia I

Temos que o juiz Sérgio Moro tem razões para comparecer a eventos privados censuráveis: afinal, carece de público. Como não encontra no mundo jurídico apoio para suas aberrações vai buscá-lo na mídia que ataca o Governo e, justamente, aliada de seu projeto discriminativo de apuração

Uma indagação se impõe: encontraria holofotes na mídia se apurasse em torno de tudo que já ouviu, incluindo o período de FHC?

Suas declarações em mais um evento privado – do qual deveria declinar, como o fizera, pelo menos, em relação à Câmara dos deputados – contribuem para o universo dos que tratam o Estado de Direito como ‘meu Estado de direitos’.



Criticar, na condição de juiz, uma lei recém aprovada, que assegura ao ofendido pela mídia o mínimo sagrado direito de resposta, não depõe por fazê-lo um juiz pela Democracia.

Ao dizer o que a plateia quer ouvir o torna limitado em suas convicções, medíocre como magistrado. E – psicanaliticamente – sublimando decepções ou – como diria o caboclo – querendo aparecer.

Que o diga andar pedindo apoio da população para suas pretensões, que despencam no imaginário, à luz de pesquisa Vox Populi, citado em artigo de Coimbra na Carta Capital e veiculado no Conversa Afiada.

A platéia II

Moro recebendo homenagem da imprensa que paga pelos vazamentos que saem de sua jurisdição mais está para a hipótese de um juiz de futebol receber homenagem do time da casa no intervalo do jogo.

Dúvida atroz

Com o (re)surgimento – mais uma vez – do nome Gregório Marim Preciado (carimbada figura ligada a Serra e ao PSDB) a dúvida que nos acomete é se para o juiz Sérgio Moro vem ou não ao caso apurar em torno de tão ilustre personalidade.

Pode temer as ligações perigosas entre eles e aquele FHC de tempos não tão esquecidos, onde “A Privataria Tucana” imperou e deixou profundas raízes. 

Miniatura

Detalhe
A prisão de Delcídio deixa-o livre do juiz Moro. Mas suas declarações refletirão – necessariamente – na Lava Jato, nela inserindo tucanos de alto coturno.

Aguarde-se o jogo de cintura de Moro ‘não vem ao caso’.

Cadastro de reserva
Ainda que não indiciado na Zelotes o filho de Lula passa a integrar o ‘cadastro de reserva’. É o que deixa a entrever a Folha, em reprodução no GGN.

Quiá-quiá-quiá-quiá-quiá...
Para o juiz Sérgio Moro a prisão do pecuarista Bumlai tem o condão de ‘preservar Lula’: “fatos da espécie teriam o potencial de causar danos não só ao processo, mas também à reputação do ex-presidente, sendo necessária a preventiva para impedir ambos os riscos”.

Quanta bondade! Quanta preocupação!

Me engana que eu gosto
Ultrapassada a gargalhada – motivada pelo espírito de caridade cristã que norteia o juiz Sérgio Moro – quem melhor analisa as declarações do magistrado – até por conhecer os seus íntimos pensamentos, vazados não tão de vez em quando – é o Merval Pereira:

Antes de representar um atestado de inocência de Lula, as ressalvas com relação a ele feitas pelo juiz Sérgio Moro na decretação da prisão do pecuarista José Carlos Bumlai significam que ainda não foi possível chegar a uma prova concreta que determine com firmeza o envolvimento do ex-presidente nos fatos que estão sendo investigados, embora ele seja presença freqüente nas colaborações premiadas e sujeito oculto nas tramas que estão sendo reveladas.”

Tudo, pois, é uma questão de tempo. Assim interpretamos.

Muito provável entre o Natal e o Reveillon de 2015, 2016 ou 2017  eis o sonho.

Merval acertou na mosca das intenções – em nada de amor e carinho – do Sérgio Moro.

Para o magistrado das confrarias com a oposição ao PT, Lula, Dilma e Governo o tradicional: “me engana que eu gosto!”

Razão para se preocupar
 A ‘preocupação’ do presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, de que não há com que se preocupar em relação ao ex-presidente Lula a partir da Lava Jato, partindo do ‘axioma’ Sérgio Moro deixa-nos à deriva.

Primeiro: porque não vemos como haver preocupação com investigações contra Lula (ou outro cidadão qualquer) se inocente o é.

Segundo, a declaração atesta inocência em relação ao que pretende Sérgio Moro: prender Lula. Assim que – ainda que sob um ‘domínio do fato’ qualquer – encontrar/fabricar indícios certamente o fará.

Demais disso, Everaldo esqueceu de ler o porta-voz de Sérgio Moro: Merval Pereira.


domingo, 22 de novembro de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Apocalipse

Morríamos quando infeccionados. Alexander Fleming ‘ressurgiu’ os infectados com a descoberta da Penicilina, em 1928, por força de um ‘esquecimento’: ao sair de férias e esquecera ao relento algumas placas com culturas de micro-organismos no laboratório do Hospital St. Mary, em Londres, onde pesquisava o Staphylococus. Ao retornar, percebeu que uma das suas culturas tinha sido contaminada por uma espécie de bolor e – Heureka! – em volta das colônias deste não mais havia bactérias. Daí a descoberta de um fungo – o Penicillium – causador do efeito bactericida.

Experimentado em humanos, pela primeira vez, em 1941, o efeito da Penicilina salvou milhares de vidas de soldados aliados no curso da segunda Guerra. 

Outros antibióticos surgiram, inclusive para enfrentar os processos de resistência pela mutação genética de bactérias.

Nem passados 90 anos da descoberta e já se fala no fim daquela Era iniciada nos anos 40 do século passado. Estamos perdendo a batalha, segundo afirmam cientistas chineses, que “identificaram uma mutação genética, denominada gene MCR-1, que permite às bactérias se tornarem altamente resistentes à colistina (também conhecida como polimixina), antibiótico geralmente usado como último recurso no caso de ineficácia de medicamentos, como registra James Galagher na BBC Brasil.

Ainda que não se consuma no imediato (o processo está no início de avanço espacial) há o risco de retornarmos aos idos da Idade Média. A fonte de preocupação reside no fato de "que o novo gene da resistência se associe a outros que assolam hospitais, produzindo bactérias resistentes a todos os tratamentos, o que é conhecido como pan-resistência."

Caso não nos utilizemos dos vírus, os inimigos naturais das bactérias – como dizem os mesmos cientistas.

Escândalo internacional
A máfia financeira grampeou o Brasil manipulando a moeda nacional. Ou seja, jogou no câmbio para artificializar o real valor de nossa moeda, levada de roldão no viés dos 'derivativos cambiais' combinando cotações falsas, compartilhando, ainda, lucros e dados de clientes, como expresso por José Casado em Só o BC não viu em O Globo

Ao menos R$ 50 bilhões foram desviados de nossas exportações. O sistema mafioso está sob investigação "no Brasil, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Cinco (JP Morgan, Citigroup, Barclays, RBS e UBS) já admitiram culpa em processos nos EUA. As primeiras multas americanas somam US$ 6,4 bilhões."


"A investigação brasileira é comandada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O Cade aceitou acordo proposto pelo suíço UBS que, em julho, confessou, entregou provas contra outros bancos e delatou 30 pessoas físicas envolvidas na fraude do câmbio do real."

A omissão do BC é flagrante, por não perceber(!) tamanho esquema. 

E há quem sonhe com um Banco Central inteiramente independente. Mais controlado, ainda, pelo sistema financeiro.


A outra lista
O senador Aécio Neves é chegado a fazer-se presente em ‘listas’. Na de Furnas, fato público e notório, recebendo dinheiro da estatal... sobejamente documentado. Agora, beneficiados de uma outra lista: a dos que voaram – indevidamente – em aviões e helicóptero do Estado de Minas Gerais enquanto governador.

Em torno de 1430 viagens, com destaque especial para o fato de que 110 delas sairam do aeroporto de Cláudio (aquele construído na fazenda de um tio e não constante da relação autorizada pela ANAC).

O DCM debulhou, com exclusividade, os beneficiados - de familiares a amigos - por Aécio em A lista completa dos 'empréstimos' de aeronaves de Minas por Aécio

Que não dispensa FHC, naturalmente.

Imagine o rapaz presidente da República com a Força Aérea sob controle!

aroeira e jatinho do aecio

Sonho e quimera
A votação de Aécio não passou de 15% em 2014. Afirma-o Montenegro do IBOPE. Para ele, os outros 33% são os que votam contra o PT, não importando em quem.

Aécio se acha o dono de tudo, coisa assim de envergonhar Luiz XIV, aquele do “L’ état c' est moi”.

E vai rachando o PSDB.

Gostaram
Com ajuda valiosa da imprensa aquela apreensão de cocaína pura transportada no helicóptero de Perrella caiu no esquecimento. Nunca divulgado o nome do beneficiário da carga.

A turma gostou. Outros 350 Kgs foram encontrados em avião obrigado a pousar depois dos disparos de caças da Força Aérea.

O fato, ocorrido na terça 17, foi noticiado pela Folha. Mas não houve a repercussão que exigia. 

Nem mesmo a perguntinha ingênua  a quem pertencia – foi feita em relação ao avião.

A lucidez não alcança a todos
PHA, no Conversa Afiada, veicula texto de Pedro Maciel, que entendemos oportuno para reflexão do leitor (aliás, abordando uma vertente que temos defendido neste espaço: de que não se pode sacrificar o país e seu povo tendo como mote a corrupção. Afinal, punir bandidos não significa inviabilizar empresas).

“Há em curso um positivo movimento de combate à corrupção, um desejo genuíno de passar a limpo os Poderes, Instituições e estruturas, públicas e privadas. Todo movimento social genuíno é válido e legitimo. 

Mas a mim causa inquietação o combate à corrupção ser apresentado pela mídia e pela oposição como sendo a principal ou única agenda nacional, em torno da qual o governo federal deveria e seria obrigado a mover-se, quase que exclusivamente. 

Será que é isso mesmo? Será que o combate à corrupção é a principal ação dos governos? Penso que não, pois há uma sociedade livre, justa e solidária a ser construir; temos de garantir o desenvolvimento nacional; é objetivo erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; assim como promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, isso está previsto no artigo 3° da Constituição Federal. Além disso tudo há o combate à miséria; o permanente combate à inflação; os cuidados com a política macroeconômica; os necessários investimentos em infra-estrutura; as políticas públicas no campo da educação, da saúde e da cultura.

O combate à corrupção é necessário e fundamental evidentemente, mas não é uma agenda propriamente dita, não se deve suspender os programas e projetos de Estado ou de governo por conta disso, pois ele [o combate à corrupção] deve estar contido em todas as ações cidadãs, nas ações de Estado e de governo e em todas as estruturas e instituições públicas e privadas do País. Por outro lado, nossa postura em relação à corrupção deve ser denunciar, combater os efeitos e eliminar as causas, sempre nos termos da lei.”

Palavras postas sob a égide da lucidez. Que muitos insistem em não querer vê-la em prática.

Globo ao vaso
Para atender às necessidades dos telespectadores e do mercado quem não tem onde se socorrer é a TV Globo. Caso o sinal analógico fosse interrompido hoje e a publicidade da platinada dependesse de aparelhos ligados na TV digital estaria simplesmente quebrada.

Registre-se que ‘estaria quebrada’ – a rede Globo – não os seus proprietários, herdeiros de bilhões acumulados durante todo o período da ditadura militar e da sua própria, quando nomeava e exonerava ministros etc.

Há quem esteja sugerindo aumento para o faturamento da Globo com o lançamento do game ‘globo ao vaso’. 

Miniatura

Não é piada
Um deputado – para percebermos o nível de preocupação de muitos deles para com o país – propõe a proibição de sutiã com bojo no Brasil por se tratar de propaganda enganosa. 

Para o deputado Gilmar Quintanilha (DEM-RJ) “é deveras frustrante para o homem ao desabotoar o sutiã e perceber o seio da sua desejada desabar abruptamente. Perdemos a excitação e somos abatidos pela frustração de termos sido enganados por este truque infame.

Para o ilustrado deputado – que vê na relação entre homem e mulher um pacto de natureza mercantil – “o jogo da sedução se dá numa relação de oferta e procura. As mulheres se valem de adereços desonestos para publicizar seus corpos e potencializar sua possibilidade de seduzir. Usar elementos que driblam a percepção plena do produto que o consumidor do atributo irá consumir é crime”.

Ah! Stanislaw Ponte Preta... Ah! Nestor de Hollanda...

Avanço democrático
A impressão do voto – para fins de conferência, de recurso, se necessário – é a confirmação da legitimidade e da democracia do voto. Alvíssaras ao Congresso por inseri-lo na reforma política. O lamentável veto de Dilma – dizem que sob pressão dos arautos do TSE – foi revisto. 

Felizmente!

Ao lado da proibição do financiamento empresarial de campanhas político-eleitorais abre-se um caminho por trilhar para aprimorar a lisura de pleitos.

Não faltarão – certamente – os que buscarão burlar os avanços. Com o risco concreto de cometerem crime.

Como registro histórico: uma vitória das propostas de Leonel Brizola e de Roberto Requião.

Kama Sutra
Para atender “às necessidades dos leitores e do mercado” a Abril anunciou o fechamento de mais três revistas, incluindo a Playboy.

Considerando a informação poderíamos deduzir que o brasileiro não gosta de mulher pelada.

Não falta gozador para dizer que a questão é outra: a exportação brasileira de jegues causa danos irreversíveis ao universo leitor da Abril.

Além de que não causa nenhum problema à editora, pelo fato de a Veja – outra revista da Abril – já andar expondo sexo explícito – sacanagem, mesmo – há muito.  

No mais, nada contra ao novo caminho para reformulação do nome de fantasia em relação ao objeto da natureza jurídica da editora.
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Antônio Lopes
Como não é texto para mísero rodapé – tamanha a magnitude do autor de “Com o Mar Entre os Dedos” dentre os luminares de nossa Literatura – traduziremos nossa impressão sobre o recém lançado trabalho de Lopes proximamente.

Registramos haver o pernambucano/macuquense brindado admiradores na última sexta 20 com lançamento da obra em Buerarema. 



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Império

Da ironia
Em sutil instante de sua verve Luiz Nassif inspirou-se em texto  que reputa como "crônica imortal publicado por Roberto Da Matta.

No seio dos comentários o hilário de Fábio SP, que trazemos ao espaço como contraponto – não menos irônico  à tendência posta por quem controla a informação ao seu talante maniqueísta, onde 'aos outros posso fazer; a mim, não façam' que bem norteia a tragédia que vivemos como Civilização, onde cultuado o ter como razão e o Ser como abstração intelectual, que alcançou o apogeu de não mais ter o Homem como sentido e destinatário daquela.  



Estado Islâmico queria explodir Cristo Redentor junto com ação terrorista na França.
(CNN Special)

Documentos descobertos e mantidos em sigilo pela Polícia Federal do Brasil, FBI e Polícia Francesa revelam que o Estado Islâmico (ISIS), teria ordenado a execução de um atentado no Brasil.

O alvo da ação seria a estátua do Cristo Redentor, um dos símbolos mais conhecidos do Rio de Janeiro. Foram enviados para o sequestro de um avião que seria lançado contra a "estátua-símbolo dos infiéis cristãos".

Os registros da Polícia Federal dão conta de que os dois terroristas chegaram ao Rio no domingo, 1 de novembro , às 21h47m, num voo da Air France.

A missão começou a sofrer embaraços já no desembarque, quando a bagagem dos muçulmanos foi extraviada, seguindo num voo para o Paraguai.

Após quase seis horas de peregrinação por diversos guichês e dificuldade de comunicação em virtude do inglês ruim, os dois saem do aeroporto, aconselhados por funcionários da Infraero a voltar no dia seguinte, com intérprete. Os dois terroristas apanharam um táxi pirata na saída do aeroporto, sendo que o motorista percebeu que eram estrangeiros e rodou duas horas dando voltas pela cidade, até abandoná-los em lugar ermo da Baixada Fluminense. No trajeto, ele parou o carro e três cúmplices os assaltaram e espancaram.

Eles conseguiram ficar com alguns dólares que tinham escondido em cintos próprios para transportar dinheiro e pegaram carona num caminhão que entregava gás. Na segunda-feira, às 7h33m, graças ao treinamento de guerrilha no Afeganistão, os dois terroristas conseguem chegar a um hotel de Copacabana.

Alugaram então um carro e se perderam no Rio, entraram para o lado da Rocinha e o carro foi totalmente metralhado, mais uma vez graças ao treinamento de guerrilha se safaram, voltaram para aeroporto, determinados a sequestrar logo um avião e jogá-lo bem no meio do Cristo Redentor. Enfrentam um congestionamento monstro por causa de uma manifestação de estudantes e professores em greve e ficaram três horas parados na Avenida Brasil, altura de Manguinhos, onde seus relógios foram devidamente roubados em um arrastão. Às 12h30m, resolvem ir para o centro da cidade e procuram uma casa de câmbio para trocar o pouco que sobrou de dólares.

Recebem notas de R$ 100,00 falsas, dessas que são feitas grosseiramente a partir de notas de R$ 1,00.

Por fim, às 15h45m chegam ao Tom Jobim para sequestrar um avião.

Aeroviários e passageiros estão acantonados no saguão do aeroporto, tocando pagode e gritando slogans e palavras de ordem contra o governo.

O Batalhão de Choque da PM chega batendo em todos, inclusive nos terroristas.

Os árabes são conduzidos à delegacia da Polícia Federal no Aeroporto, acusados de tráfico de drogas, visto que tiveram plantados papelotes de cocaína nos seus bolsos.

Às 18 horas, aproveitando o resgate de presos feito por um esquadrão de bandidos do Comando Vermelho, eles conseguem fugir da delegacia em meio à confusão e ao tiroteio. Às 19h05 eles se dirigem ao balcão da GOL para comprar as passagens.

Mas o funcionário que lhes vende os bilhetes omite a informação de que os vôos da companhia estão suspensos.


Eles então discutem entre si, pois começam a ficar em dúvida se destruir o Rio de Janeiro, no fim das contas é um ato terrorista ou uma obra de caridade.

Às 23h30m, sujos, doloridos e mortos de fome, decidem comer alguma coisa no restaurante do aeroporto. Pedem sanduíches de churrasquinho com queijo de coalho e limonadas. Só na terça-feira, às 4h35m, conseguem se recuperar da intoxicação alimentar de proporções equinas, decorrente da ingestão de carne estragada usada nos sanduíches. Foram levados para o Hospital Miguel Couto, depois de terem esperado três horas para que o socorro chegasse e percorresse os hospitais da rede pública até encontrar vaga. No HMC foram atendidos por uma enfermeira feia, grossa, gorda e mal-humorada.

Debilitados, só terão alta hospitalar no domingo.

Domingo, 18h20h: os homens de al-Baghdadi saem do hospital e chegam perto do estádio do Maracanã. O Flamengo acabara de perder o jogo . A torcida rubro-negra confunde os terroristas com integrantes da galera adversária e lhes dá uma surra sem precedentes. O chefe da torcida é um tal de "Pé de Mesa", que abusa sexualmente deles.

Às 19h45m, finalmente são deixados em paz, com dores terríveis pelo corpo, em especial na área proctológica. Ao verem uma barraca de venda de bebida nas proximidades, decidem se embriagar uma vez na vida (mesmo que seja pecado, Alá que se foda!). Tomam cachaça adulterada com metanol e precisam voltar ao Miguel Couto. Os médicos também diagnosticam gonorreia no setor retofuricular inchado (Pé de Mesa não perdoa!).

Segunda-feira, 23h42m: os dois terroristas fogem do Rio escondidos na traseira de um caminhão de eletrodomésticos, assaltado horas depois na Serra das Araras. Desnorteados, famintos, sem poder andar e sentar, eles são levados pela van clandestina de uma ONG ligada a direitos humanos.

Viajam deitados de lado. Conseguiram fugir do retiro da ONG no dia seguinte e perambulam o dia todo à cata de comida. Cansados, acabam adormecendo debaixo da marquise de uma loja.

A Polícia Federal ainda não revelou o hospital onde os dois foram internados em estado grave, depois de espancados quase até a morte por um grupo de mata-mendigos. O porta-voz da PF declarou que, depois que os dois saírem da UTI, serão recolhidos no setor de imigrantes ilegais, em Brasília, onde permanecerão até o Ministério da Justiça autorizar a deportação dos dois infelizes, se tiver verba, é claro.

Os dois consideraram desnecessário terrorismo no Brasil e irão sugerir na Síria um convênio para realização, no Rio de Janeiro, de treinamento especializado para o pessoal do ISIS, alegando que em matéria de terror e sofrimento imposto, estamos anos luz à sua frente."

domingo, 15 de novembro de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Califado(s)
O mundo vê-se estarrecido. O recente atentado em diferentes pontos de Paris (há uma unidade neles, em razão da fonte) – e o número de mortos – demonstra a insegurança do Ocidente diante de um fenômeno que – apesar de conhecido e vigiado – não consegue ser evitado. 

Para os que vivemos na banda ocidental do planeta  assim nos fazem crer  tudo cheira a uma descabida agressão aos valores construídos no curso de séculos onde inocentes são vitimados sem motivo aparente. Tudo visto como um ataque insensato de gente oriental à civilização de outro lado. 

As falas soam em torno de concreta guerra de infiéis contra fiéis, do Mal contra o Bem.

E tudo vem à tona – em nível de informação – como se brotado do nada, como se geração espontânea o fosse.

Ao largo a análise fria das causas. Em nenhum instante é posto na mesa do raciocínio se a casa de lá já foi ou não atacada. Se inocentes de lá (como daqui) foram vítimas de insensatez. De intolerante insensatez.

E muito menos se a razão maior – o interesse de alguém – não está por trás de tudo, como causa primeva do que acontece.

Talvez se entendêssemos como reação melhor ficaria encontrar uma explicação para o inexplicável. E caminhar para uma solução.

Triste – muito triste, mesmo – que vidas inocentes se esvaiam pelas mãos de interesses que as exploram.

Não que busquemos encontrar justificativas comparativas. Mas, se as explosões que geraram mais de uma centena de mortes em Paris fossem comparadas com as explosões causadas através de ataques do Ocidente ao Oriente Médio em guerras pré-elaboradas para corresponder aos interesses dos que dominam a ‘democracia ocidental’ teríamos um placar de goleada em favor desta.

Onde hoje o palco de um conflito maior (como já o foram – e ainda o são – outros pontos da região) existiu um secular Império Otomano (1299-1922), que chegou a 5 milhões de Km². Também denominado Califado ou Estado Islâmico a partir de 1517. Onde conviviam todos os diferentes que ora se conflitam (cristãos, xiitas, sunitas, curdos, muçulmanos vários), unidos em contribuir para o Sultão que os governava. Simplesmente foi destruído no imediato do pós-guerra e suas áreas de influência rateadas entre França e Inglaterra.

Desfizeram o cadinho da unidade. Dividiram para controlar.

Há um sonho de reunificação do Califado. Através dos meios de que dispõem os seus artífices. Fornecidos pelo próprio Ocidente, quando lhe interessou. Uma coisa assim como Bin Laden e a Al-Qaeda.

Vitimando, como vitimados.

Na esteira da lembrança do Califado os muçulmanos todos: do Oriente Médio e da África. Miseráveis ainda alguns milhões, enquanto saciados – às suas custas  os interesses de um milhar de ocidentais.

Aí as causas. Não tão remotas. Tampouco maniqueístas. Muito menos de luta entre Democracia e Tirania.

Nada pode justificar a morte de inocentes. Em guerras pré-elaboradas ou fora delas. Nada pode justificar a barbárie: causadora ou causa.

Mas – sinceramente – não fora a publicidade de quem controla a informação – este mundo tornou-se uma barbárie só. Em todas as dimensões.

Não custa rever o que pensamos e expressamos através deste espaço em A foto fala publicado neste espaço em setembro. Também ali o que denominamos de 'novos campos de concentração' (Refugiados). Também A Firmino Rocha no mesmo setembro. Ou, O sonho. Mais preteritamente Martírio I e II e De cortar o coração I e II e, para encerrar as presentes recomendações, Pesos  diversos e Limites I, II e III  

A tragédia de cada um I
A sanha capitalista é o centro das tragédias da Humanidade. Da ocupação pela hegemonia geopolítica à má utilização do meio ambiente.

Refletimos no rodapé acima em torno de uma das formas de tragédia.

Estamos vivenciando uma outra (não a primeira), em território brasileiro, decorrente da irresponsável conduta de empresas mineradoras em relação ao ambiente.

O desastre causado pela Vale do Rio Doce e a australiana BHP  docemente denominadas de Sanmarco  é de proporções inimagináveis. Populações afetadas em decorrência das regiões atingidas, economia regional destruída e sonhos levados no caudal da lama.

Cidade distantes de Mariana assustam-se com a extensão da tragédia, alcançadas pelos efeitos do rompimento da barragem de detritos. A ponto de um prefeito de uma delas, Neto Barros (PCdoB)  de Baixo Guandu-ES  promover a interdição da ferrovia Vitória-Minas, usada pela Sanmarco, até que venha o seu presidente explicar-se e ofertar concretas soluções para o drama. 

Para compreender a extensão e gravidade do ocorrido, veja o leitor (foto abaixo) o quadro com que se apresenta o rio Doce em Vitória.

Inundação causada pelo transbordamento do Rio Doce, em Vitória (ES). (AFP)
Se fosse isso não seria nada
A tragédia de cada um II
A recuperação da região levará décadas e o meio ambiente jamais será revertido em 100% do que fora.

Denuncia o prefeito Neto Barros no Site Barra que a lama contém 'resíduos de manganês, arsênio e alumínio', que estão na água e serão causa de doenças várias, inclusive o câncer.

Hiroshima, Nagasaki e Chernobyl em outra extensão. Como mostra o vídeo.

 

A tragédia de cada um III
Não falta quem afirme que tudo ocorreu em razão de catástrofe natural, depois tremores. Comuns estes no país (como recentemente em Iguaí, Nova Canaã, Ibicuí e Itororó e, nos anos 60, em Ibicaraí).

Deslavada mentira. Caso tal versão fosse verdade não mais teríamos uma só hidrelétrica em pé.

Quem defende a irresponsabilidade da empresa mineradora certamente mais está para manter ocupados espaços de publicidade para a Vale do Rio Doce. 

Que brevemente exibirá os benefícios que promove. Minimizando, ou anulando, os malefícios.

Repetindo o como age a imprensa mundial, pondo a democracia como álibi para a desmedida ambição de grupos capitalistas.

Vivemos, sim, a tragédia de cada um. Aqui e alhures.

Imediatamente
Cabia – para não afirmar “cabe” – ao Governo sustar a concessão da Vale e da estrangeira BHP, na Sanmarco.

Imediatamente. Não perdendo a oportunidade de mandar apurar em torno das autorizações para a liberação de funcionamento da barragem de resíduos

Caso precise de orientação, dispense a do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e mire no exemplo do prefeito de Baixo Guandu.

Crise
A estúpida postura das apurações na Lava Jato – ao que parece, voltadas para arrebentar a Petrobras e não punir criminosos – tende a um desdobramento de pior resultado: crise bancária, em decorrência da inadimplência dos que dependem da estatal e estão sem receber e não terão como honrar os compromissos, em razão dos impedimentos estabelecidos judicialmente. É o alerta de Luiz Gonzaga Belluzzo – entre outros.

Crise em banco – sabemos todos – não fica nos limites dos bancos. Nunca pagam a conta quando causam danos. Imagine quando vítimas!

Ferrovia
Há quem não acredite. Gente que brinca com a capacidade de outros interesses internacionais competirem na América Latina além dos estadunidenses.

A China já deu o primeiro passo; agora a Alemanha ensaia o mesmo bordão: ferrovia bi-oceânica.

Do Sputinik "Uma comissão especial da Alemanha chegará à Bolívia em janeiro do ano que vem para avaliar a construção da ferrovia bi-oceânica e chegar ao Peru através da Bolívia - garantiu o presidente Evo Morales".

Enquanto TCU e quejandos vão retardando a ferrovia Oeste-Leste - e sua ligação com o Porto Sul - o Brasil vai alimentando seus projetos. 

Os que atrapalham o Porto Sul não enxergam o mapa.

ferrovia

Sentados
É o que se presume que façam os advogados do filho de Lula, que protocolaram representação junto ao Ministério da Justiça para apurar vazamento em processo que corre em sigilo.

Aguardarão sentados.

Muito melhor acreditar em mula sem cabeça do que na atuação de José Eduardo Cardozo.

Perdendo utilidade
Há um cheiro de podridão no ar. Ao que parece, no instante em que começam a aparecer nomes do tucanato e quejandos na Lava Jato trabalha-se para aprofundar as nulidades. No fim, até Eduardo Cunha se beneficiará.

É o que se pode depreender (não pela primeira vez) do quanto exposto por Jânio de Freitas em Pendência inesperada, na Folha, a partir do protagonismo de Procuradores da República em busca de holofotes... e material para vazamentos.

De útil na Lava Jato restará sua manipulação político-partidária.

Da Câmara e de outras homenagens
O juiz Sérgio Moro atende a convocações de João Dórea Jr. – pré-candidato do PSDB à prefeitura paulistana – e da imprensa sensacionalista – Globo, Veja, Isto É, Época etc. –, sindicato de empresários da construção civil, expondo-se a situações que beiram o ridículo, como comparecer a um lançamento editorial onde foi ‘agraciado’ com a elaboração do prefácio.

Ao recusar homenagem da Câmara dos Deputados – sobejas razões quando a observa a partir de parcela considerável dos representantes da casa – assegura a certeza de que seus atos são de natureza político-publicitária.

Faz o jogo da mídia manipuladora.

Isto porque, a recusa atende ao jogo que faz com a mídia. Esquece de que a instituição tem representantes mas não se define por eles. A Câmara é expressão de uma instituição da República. Diferentemente de Veja, Globo, políticos e quejandos.

O juiz Moro – que se apresenta como paradigma institucional para eliminar a corrupção no Brasil – recebe homenagem de sonegadores (como a Globo) mas se recusa a receber de uma instituição da República.

Concordaríamos com a sua recusa se também já o tivesse feito em relação aos anteriores.

Mas, não é o caso.

Antônio Lopes
Clique para obter Opções No colo da irreverência com o cotidiano à sua volta o macuquense Antônio Lopes voltará a nos brindar com o lançamento de "Com o Mar Entre os Dedos" em sua Buerarema tolstóica, de onde brota a universalidade de seu texto.

Na próxima sexta 20, na Casa de Cultura Jonas & Pilar, praça Cristovaldo Monteiro, 21, às 18h30min.

Que será pequena para os tantos que admiram Lopes. 

a.M. – d.M.
O ex-superintendente da CEPLAC, Juvenal Mainart recebeu homenagem da Universidade Federal do Sul da Bahia por sua atuação, à frente do órgão que dirigiu, em relação ao que estabeleceu de vínculo entre a UFSB e a CEPLAC.

Certamente um ponto para aquele por nós aventado a.M - d.M.

Leitor de muitas histórias
Gervásio Santos descansou deste mundo. Cansou dele, melhor diremos. De tempos outros fez histórias e sua vida é uma história por contar.

Itabuna vai perdendo sua história viva a cada Gervásio que se vai. Sem registro, como a sua arquitetura histórica.

Em Coimbra
O professor José Orlando de Carvalho tem hoje as suas obras no catálogo da Universidade de Coimbra, em Portugal.

Certamente não as tem na Universidade Estadual de Santa Cruz, onde lecionou por mais de 20 anos.

Mais fácil por a sua marca/mão na Faculdade de Direito da secular Coimbra que na UESC, marco físico da inspiração que o eleva ao panteão dos maiores processualistas brasileiros vivos, tamanho o conteúdo revolucionário de seu pensamento jurídico.




Apenas para lembrar
Enquanto o mundo se constrói em tragédia ficam-nos os poetas que musicaram os seus sonhos de vida planetária, aqui expostos através de "Brothers in Arms" e "Imagine".