domingo, 31 de maio de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
___________________

Reconhecimento internacional
Lançado recentemente pela FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – o primeiro relatório sobre Segurança Alimentar e Nutricional, envolvendo apenas um país (em meio a 180), o Brasil, como registra Najar Tubino, na Carta Maior (leia em Brasil, um país desconhecido pelos brasileiros).

A FAO destaca o país como referência internacional de combate à fome.

Os programas sociais (com destaque para o Bolsa Família) e as ações de apoio à agricultura familiar, como o PRONAF são contributivos para os resultados obtidos, com gastos que aumentaram 128% entre 2000 e 2012. 

Razão tem o autor do texto: Brasil, um país desconhecido pelos brasileiros.

Não se culpe os brasileiros, mas os que noticiam o país internamente. O que inclui a péssima comunicação do Governo Federal.

Tecnologia nas alturas
Assim que anunciada a ferrovia Transoceânica Brasil-Peru, com apoio da China, não faltou quem pusesse em dúvida a empreitada. 

Sairá, tenhamos a certeza.

Primeiro: no plano geopolítico  onde inserido o Brasil através dos BRICS – muito interessa ao gigante asiático ocupar espaço na América Latina, mormente abrindo caminho para baratear o acesso às riquezas aqui produzidas; segundo, assegurar ocupação para sua mão de obra. Não à toa, anuncia presença na construção nacional.

As dificuldades levantadas pelos críticos – em razão de altitudes etc. – apenas demonstra desconhecimento (ou má-fé) em relação à tecnologia desenvolvida pela China, como bem registra o NatGeo.



Desastre moral I
Não fora os desdobramentos no plano social e econômico – o primeiro por conseqüência do segundo; tudo em razão do primeiro – um fato é flagrante: o desastre moral. A diferença entre a remuneração básica de potentados do serviço público – considerando a magistratura como base, com piso em torno de 22 mil reais – encontra no STF o paradigma maior de R$ 33.7 mil, diante de um salário mínimo em R$ 788,00, o que significa aquele corresponder a 42,8 vezes o valor deste.

A diferença entre a menor e a maior remuneração no Brasil beira o surrealismo. Esta uma das causas da desigualdade social. Com a não distribuição de renda agravando a situação.

Não bastasse, o que em si já escandaliza, tramita projeto de lei oriundo do STF que assegura – caso aprovado – alguns avanços no bolso do contribuinte, onde se destaca, como denuncia Maricato no jornalggn:

Além da remuneração, o PL propõe: a- auxilio creche (5% do salário); b- auxilio para cada filho estudante (5%); c-planos de saúde para cada cônjuge (10%) ; d-para cada filho (5%); e- um salário por semestre como premio de produtividade; f- aumento de 5% da remuneração a cada 5 anos, até atingir 35% da remuneração (pelo Ministro Luiz Fux, deve ser a cada 3 anos até atingir 60%), auxilio moradia, auxílio deslocamento, auxílio funeral, auxilio transporte se não tiver veículo e motorista fornecido pelo Poder Público. Há ainda previsão do direito a ressarcimento integral se o juiz ou um dos familiares despender recursos com tratamentos não cobertos pelos planos de saúde.
Teriam continuidade os 60 dias de férias, 13º, 5% de auxílio alimentação, etc. Detalhe: como a remuneração mínima do juiz é de aproximadamente R$ 22 mil, cada 1% representa R$ 220,00, cada 5%, 1.100,00. Na prática, a remuneração poderá dobrar.”

Definitivamente o país vai assumindo a natureza da sociedade indiana, de castas.

Autoimposta. Legal  caso aprovada nos termos propostos , mas imoral.

Desastre moral II
Tamanha desconexidade com a realidade está amparada – conforme os que justificam a iniciativa – na premissa de “atrair os melhores”. Ou seja, aumentando as vantagens materiais a seleção traria “melhores” integrantes para o quadro da magistratura.

Tal justificativa torna-se irônica e desrespeitosa para com a sociedade que não integra a casta em movimento.

Afinal, estabelecer a presunção de que a péssima prestação jurisdicional decorre da falta de incentivo salarial beira o deboche. E depõe – como testemunha – contra os atuais integrantes da magistratura, visto que – ganhando o que ganham – não se constituem os melhores.

Outra falácia (a de que os melhores adviriam da remuneração) sustenta-se em premissa caricata, uma vez que passar em concurso não significa dispor de conhecimento pleno. Não só porque tais avaliações não refletem domínio de conhecimento geral (Sociologia, Filosofia, Geografia, História, Antropologia etc.) como decorrem muito mais do aprendizado de ‘pegadinhas’ desenvolvidas a partir de cursos preparatórios para concursos.

Desastre moral III
Toda a discussão aqui posta trilha pelo universo federal. A coisa se agrava em alguns estados de Federação que, através de legislação própria, transforma magistrados, promotores, procuradores.

Caso o leitor se debruce em buscá-los encontrará remunerações superiores a 80 mil mensais. A dificuldade reside em que estejam disponíveis nos ‘portais de transparência’ próprios.

Estão chegando
Um dos resultados (negativos) da Operação Lava Jato – desde que nela a ‘proibição branca’ de empreiteiras investigadas contratarem com o poder público – começa a aparecer: empreiteiras estrangeiras passam a ser contratadas para obras no Brasil.

Quando se deveria punir o agente criminoso (diretor, funcionário etc.) pune-se a empresa nacional. E com ela reduz-se a poupança interna.

Jabuticabas brasileiras.

Mais virão
Uma das tentativas – coerentes que seus propósitos neoliberais colonialistas – do senador Jose Serra é atingir o pré-sal. Vendê-los inviabilizá-lo e por aí.

Talvez não precise.

A Lava Jato anuncia analisar os contratos do pré-sal.

Os chineses – com altos interesses em energia e transporte – já anunciaram que entram de sola no processo de ocupação dos espaços. 

Sempre cobramos deles os prejuízos a nossa indústria. Agora estamos a convidá-los para ocupar outros espaços onde brasileiros fizeram nome.

Falando em PIB I
A queda do PIB brasileiro no trimestre chegou a 0,2% – que tende a se agravar com a política recessiva trazida no bojo da receita neoliberal para embalar o governo Dilma – leva a orgasmo cívico alguns comentaristas de economia da terra brasilis.

Não bastasse a política econômica em curso – por si mesma recessiva – outras vertentes contribuirão, como as dificuldades de compradores de nossos produtos lá fora, que não e recuperaram ainda da crise iniciada em 2007.

Falando em PIB II
A propósito de PIB, dificuldades na Suiça (!) e... nos Estados Unidos, onde o caiu a 0,7%.

O que a turma não comenta, tamanho o deslumbramento com a metrópole.

Vitoriosos
A manobra regimental de Eduardo Cunha transformou uma derrota em vitória. Saem vitoriosos o próprio Cunha – beneficiário emérito do financiamento privado de campanha – e o ministro Gilmar Mendes – que segurava a derrotada ação no STF com um pedido de vistas.

Na atual composição da Câmara – afirma-o o deputado Jean Wyllys – há (dos 513) 255 deputados que receberam recursos de empresas envolvidas na Lava Jato.

Nada a questionar. Ainda que enganado pelo sistema este é o congresso que o povo/eleitor elegeu.

Vitória de Pirro
Pode tornar-se de Pirro a vitória de Cunha e Gilmar Mendes. A manobra de Cunha – cunhada de vícios – feriu dispositivos constitucionais, fato levado ao STF por partidos com assento na Câmara.

Caminho aberto
Em defesa dos interesses escusos que orientam o jogo do financiamento privado de campanhas políticas – muito bem ensaiado na proposta do distritão – pode levar a que os senhores congressistas o aprovem futuramente.

Um outro interesse os regerá: a possibilidade de mudar de agremiação sem risco de perda do mandato para o partido.

Tornada majoritária a eleição parlamentar (hoje proporcional) encontraria apoio no STF, para quem na majoritária o mandato pertence ao eleito e não ao partido.

Reeleição I
O PSDB ser contra a reeleição é coerente com sua circunstância de oposição. Principalmente diante do sombrio futuro imediato: possibilidade, concreta, de Lula se eleger em 2018. 

Ser contra a reeleição é, portanto, estratégia política coerente com o instante. Caso não eleja alguém de suas hostes em 2018 fácil tentar em 2022. Difícil ficaria admitir a reeleição em 2022 com o risco concreto de ficar de fora mais quatro anos.

Ninguém imagine, no entanto, que algum viés de ideologia alimenta o comportamento tucano imediato.

Caso o fosse não estaria extinguindo o que ele mesmo criou – comprado a preço de ouro – para assegurar a reeleição do tucano FHC.

O que pode voltar a acontecer quando retornar ao poder.

Razão por que fica fácil entender: o PSDB é contra a reeleição... de Lula.

Reeleição II
O que é estranho mesmo é o PT ter votado agora a favor da eleição sem reeleição. Parecerá coerência. Mas tal o faz justamente quando poderia se beneficiar dela.

A não ser que Lula esteja se tornando inconveniente.

Tiro no pé
O que hoje é festa poderá se tornar velório. Imagine que Fernando Haddad se reeleja em 2016. O mandato vai a 2020. Lula no Planalto a partir de 2018 alimentando a gestão petista para fazer de Haddad a vitrine que ele mesmo pensou para 2018 caso não houvesse a manipulação político-eleitoral na Lava Jato. 

Haddad pode estar muito mais maduro para 2022. Com a vitrine de uma administração paulistana.

Lugar comum
Ainda que possa parecer fogo amigo a afirmativa de Goldman de que o PSDB não tem projeto para o país reflete análise de muitos cientistas políticos brasileiros.

E cutucou Aécio, responsabilizando-o pela circunstância na atualidade tucana.

Pelo andar da carruagem, apenas mais dos partidos brasileiros.

Futebol I
A indagação de muitos: por que o FBI investiga membros da CBF e não a Polícia Federal nossa.

Aqui – nos últimos 15 anos – foram instaurados cerca de 13 procedimentos contra a entidade. Nenhum resultado.

Por coincidência o então presidente Ricardo Teixeira destinou 400 mil reais para o 4º Congresso Nacional da Associação de Delegados da PF, em Fortaleza, em 2009, como denuncia a Folha. 

E ainda cedeu a Granja Comary para peladas dos meninos durante três dias.

Está explicado. A turma estava ocupada com futebol.

Futebol II 
Em rápida crise financeira Ricardo Teixeira pôs à venda a mansão de 600 metros quadrado em Miami.

Não sabemos se o iate de 60 pés que está por lá ancorado.

Ironia, que seja!
A oportuna ironia de Paulo Henrique Amorim vincula dois fatos, naturais à Globo: apoio à CBF e à ditadura.



Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
(recuperação do texto publicado em 24.05.2015)
__________________
Experiência
Na Coréia do Sul ciclovia é coberta com painéis solares. Experiência – para ser imitada – já ocupa 31 quilômetros da rodovia onde foi implantada. Leia nohttp://ecowatch.com/2015/04/16/solar-bike-lane/ e acesse https://www.youtube.com/watch?v=LuYsYLqjUtU  

koreasolarbikelane

Bancos multados
Por manipulação cambial. Lá fora. 

Os manipuladores JP Morgan, Barclays, Citigroup, RBS e UBS pagarão US$ 5,7 bilhões (R$ 17 bi em reais).

Os daqui aproveitam o laissez-faire e ainda sonegam impostos utilizando-se de propinas a membros do Carf, como flagrado na Zelotes.

Outra rota
A busca pela seda abriu a famosa ‘rota da seda’, marcando a comunicação comercial intercontinental muito antes das grandes navegações, quando entrou em declínio. 

Já nos anos 600 a.C. alcançara a Índia e no limiar da Era Cristã, comerciando com o Império Romano, chegou a Europa. O mercador, embaixador e explorador veneziano, Marco Polo teria sido o grande articulador, nos idos dos séculos XIII e XIV de nossa Era, da retomada do trajeto refazendo a interligação comercial Ocidente-Oriente.

Depois de expandir sua ação comercial até o extremo norte da Europa visa a China o que denomina a “Nova” rota da seda, alcançando a América do Sul, passando pela África. O Brasil torna-se ponto de referência para seus investimentos.

O aproveitamento do casulo do bicho da seda dotou a China de um produto ambicionado por todos: a seda. Outros ‘casulos’ estão sob controle da China contemporaneamente.

Outro tempo
A presença chinesa no país remete à compreensão – posta em prática pelo Itamaraty há mais de 60 anos – de que o Brasil concretamente adotou a visão de que múltiplos pólos comerciais devem ser incentivados. 

A dependência aos Estados Unidos deixa de ser a única linha no horizonte.

Parcela da oposição trabalha contra. Não se afirme que toda ela, haja vista que dentro da própria FIES  onde incrustado parte do pensamento opositor – há quem enxergue diferentemente.

 

A leitura necessária
A leitura da História é o instrumento natural que nos leva a evitar falar besteira. Há quem a leia. Compreendê-la exige atenção, que muitos não cuidam em dispensar.

Como está a ocorrer na risível posição dos críticos aos acordos comerciais ora celebrados entre Brasil e China. Não falta quem neles veja uma ocupação do dominador chinês sobre a combalida terra brasilis.

Descobrem a pólvora – coisa também de chinês – deduzindo as vantagens que a China pretende obter ao investir no Brasil. Como trabalham contra o desenvolvimento do Brasil preferem a subserviência absoluta aos Estados Unidos.

Afinal, caso lessem História encontrariam outras chinas em Portugal, Espanha – em tempos mais pretéritos – e Inglaterra e Estados Unidos – nos últimos dois séculos.

Precisariam entender que no sistema de trocas ninguém dá – em termos absolutos – nada a ninguém. 

O necessário é como situar-se no contexto geopolítico e estratégico para fazer o que seja melhor para o país. Sob pena do isolamento puro e simples.

O alerta
Há quem seja contra o Porto Sul. O anúncio da Transoceânica Brasil-Peru, com um porto no estado do Rio de Janeiro não deve assustar. São projetos distintos.

O que assusta mesmo é a atuação de órgãos do governo.

Este o alerta: caso não desejem a Oeste-Leste e o Porto Sul, na Bahia, não faltará estado brasileiro que o queira.

Comovente
De comover como a falta de senso político leva a oposição ao palco do teatro com sua ópera bufa do quanto pior melhor. O programa do PSDB é uma mostra disso. O mínimo que foi dito: a perda de credibilidade do Brasil.

Enquanto anunciavam o caos mais de uma centena de investidores chineses – que de idiotas não têm nada – anunciavam 53 bilhões de dólares em negócios no país. 

Eu não sabia
O povo brasileiro – como este escriba, que insiste em não esquecer os escândalos das privatizações, da compra de votos para a reeleição etc. etc. – não sabia que tanto fora feito pelo PSDB.

Disse o que não devia...
Deslumbrado com o título de ‘Homem do Ano” – que não mereceu uma mísera linha da imprensa estadunidense, ainda que Bill Clinton também fosse agraciado com a ‘honraria’ – FHC está se achando o rei da cocada. 

Talvez esteja até a imaginar possibilidade de candidatura presidencial em 2018. Faria melhor, pondo a cara no debate, do que servir de arauto pasquineiro contra o governo e Lula, particularmente.

Meter-se a paladino da moralidade é o que menos assenta em FHC. Bastam “O Príncipe da Privataria” e “A Privataria Tucana” para abaixar o fogo.

A sua sorte é que a imprensa o protege.

...ouviu o que não queria
“Se ele [FHC] quisesse falar de corrupção, ele precisaria contar para este país a história de sua reeleição. Eu espero que, com a mesma postura com que ele foi agredir o PT ontem à noite, ele diga – se não quiser dizer para mim não tem problema, eu sei como foi. Senta na frente do seu neto e conta pra ele. Seja verdadeiro” ”, disse Lula no Seminário Nacional de Estratégia para o Ramo Financeiro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do seguimento, a Contraf-CUT, em São Paulo.

Vídeo
Paulo Henrique Amorim – uma das poucas vozes em defesa do nacionalismo pátrio – expõe, com dados irrefutáveis, o que fez FHC com a Petrobras.

Histórico registro, pela importância da estatal que continua sendo o filé das galinhas dos ovos de ouro do entreguismo brasileiro.

Capitaneado por FHC e áulicos de matizes vários.


O cheiro
Na corrida por explorar o nome de Jesus vai dando de tudo. Uma bispa acaba de lançar uma linha de cosméticos cujo perfume "exala o bom cheiro de Jesus". Está lá  com todos os detalhes – no http://www.amigodecristo.com/2013/04/bispa-sonia-hernandez-lanca-perfume-com-cheiro-de-jesus.html 

Inovando
Considerando a forma como alguns evangélicos se autodeclaram arautos da pureza, da moral e dos bons costumes o comportamento de um par deles só pode nos levar à ironia de que descobriram uma nova forma de “orar”.
Visibilidade nacional
A visibilidade obtida pelo deputado Davidson Magalhães, como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, outorga ao itabunense uma dimensão nacional não alcançada por representante regional na história recente da política brasileira.


Prefeitura
Ocupar o gabinete de prefeito em Itabuna está gerando duas linhas de candidaturas: a de concorrer e a de participar (do bolo).

Tem mais gente participando do que possa imaginar qualquer analista.

Alguns nem chegarão à mesa do bolo.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um registro

“Seu” Netinho
Hoje sexta-feira, amanhã sábado. Dias de comprar farinha de mandioca, simplesmente farinha. A referência itabunense em farinha não mais atenderá. “Seu” Netinho morreu. Hoje sepultado com as honras do reconhecimento popular. Afinal, ‘Farinha de Buerarema” tinha um sinônimo: “Seu Netinho”.

Das priscas eras incrustadas no primeiro quartel dos anos 60 o jovem se enfeitou para o comércio. Lá no Bairro de Fátima. E fez história. Desde então marcou referência/marca: dos rincões de Buerarema a “farinha de Buerarema” era a farinha do rapazola ousado que se tornou “Seu Netinho”, que dela se tornara sinônimo.

Naqueles anos 60 na velha Macuco Paulo Portela ensaiava a vida política  quando Antônio Lopes ainda espreitava o texto e não imaginava conviver com Sérgio 'Stanislaw Ponte Preta' Porto  Vivi trabalhava o ‘pano verde’ enquanto não infernizava o lateral-esquerdo adversário, Alício ‘Peixe Louro’ traçava o meio-de-campo do Brasil para alimentar João Calça-Frouxa no ataque do ‘invencível’ até que jogasse com o 22 de Agosto de Waldélio Campos, em Itororó.

Buerarema era o Brasil. E a farinha de Buerarema com “Seu Netinho” ensaiava a marca que o faria famoso sem o saber, no Bairro de Fátima, em Itabuna.

Mas “seu Netinho” foi – antes de tudo – a certeza de que a credibilidade, a honestidade e o respeito pelo semelhante existiam(ram). O que o marcou não foi a qualidade insuperável da farinha que vendeu, mas a forma que impregnou ao negócio que fizera frutificar.

Neste anos de altos e baixos da economia regional, da insegurança precial, em “Seu Netinho” tinha-se a certeza do preço justo, relacionado entre o custo-produção.

Apenas à guisa de exemplo: a farinha de “Seu Netinho” chegara a R$ 8,00 por quilo, depois de saltar dos R$ 3,00.

Quando se imaginava que aquele seria o preço dali para diante eis que retornou a R$ 4,00.  Aritmética de custo de “Seu Netinho”.

Estamos aqui a lembrar de “Seu Netinho”. 

Antes de tudo, uma referência do Bairro de Fátima. Que não foi lembrado em vida por aqueles que tinham obrigação de fazê-lo.

Na falta do(s) depoimento(s) de “Seu Netinho” vai-se de roldão uma parte da história da Itabuna que amou e respeitou.

Resta a fotografia do Diário Bahia reproduzida no Pimenta com a exigência de a ele vinculada. 

Sem o depoimento.




domingo, 17 de maio de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
___________________

Ficção científica
Cientistas russos do Instituto de Física de Moscou puseram o teletransporte na ordem do dia de seus estudos. O que antes transitava no campo da ficção assume foro de realidade a partir da Física Quântica. Mais detalhes em Físicos russos fazem o teletransporte uma realidade no Voz da Rússia.

Em nível de Brasil alguns órgãos de imprensa há muito trabalham com outro viés de teletransporte: o da afirmação do que nem mesmo existe. Ou seja, põe na boca de entrevistados o que nunca disseram ou simplesmente afirmam por ouvir dizer.

Primeirão
A visita do presidente francês François Hollande a Cuba é apenas a de mais um país que, por chefe de estado ou por delegação diplomático-comercial, quer conhecer a ilha.

Empresários estadunidenses estão de olho no potencial que Cuba oferta para negócios. Chineses, ingleses, japoneses já investem ou se oferecem para investir na terra de Fidel. 

Visam a infraestrutura, navegação de passageiros e cabotagem, turismo, indústria, componentes de alta sofisticação etc.

Em terras tupiniquins alguns ilustrados da direita cultivam o chavão de mandar para Cuba quem pense diferente deles. A turma de lá parece havê-los escutado... em defesa de seus interesses nacionais.

O Brasil – primeirão (vide porto de Mariel) e a quem muito deve Cuba pela reinserção no cenário internacional, denunciando o embargo estadunidense – corre o risco de (caso atenda aos reclamos dessa gente) ficar de fora da partilha de um bolo que ajudou a fazer e crescer.

Paranoia, que seja!
Corredor Ambiental Triplo A é a nomenclatura para a atuação internacional se fazer presente na Amazônia. Para nós a repetição de um projeto de potências mundiais para dispor, com mais comodidade, de riquezas ali albergadas.

Ainda que seja novo balão de ensaio – mais um – não custa ficar de olhos bem abertos.




Comovente
Ele disse que estava havia 2 dias sem comer e tentou furtar carne para o filho.
Cena foi flagrada por câmera de segurança, e dono de mercado denunciou.

Observou o agente Ricardo Machado:

"Ele cuida da casa e do menino pela manhã e à tarde vai atrás de bicos, mas não conseguiu nada nos últimos dois meses. A gente sabe que o crime não é certo, mas eu me ponho no lugar. Imaginei a minha filha passando fome. O que eu não faria nessa situação?" 

Registramos o fato entre lágrimas e comoção. E uma certeza de que há quem veja no semelhante o alvo da ação humana, em todas as dimensões.

O inesquecível Dom Hélder Câmara não se furtava de repetir: “Um homem de barriga vazia não pode acreditar em Deus”. Para alimentar a si torna-se capaz de tudo. Imagine para alimentar a família!

Zelotes
Ainda que “estratosféricos” os valores envolvidos em sonegação a imprensa só se interessa pela Lava Jato. Não fora os mangangões naquela envolvidos.

A justificativa é simples: na Zelotes não tem petista. Pelo menos até agora!

Prefácio
Desviar-se da notoriedade simplista e fácil deveria nortear todo e qualquer magistrado. Não parece ser o caso do juiz Sérgio Moro. Que comparece – para incenso e holofotes – em noite de autógrafos e lançamento de livro que nem mesmo escreveu. Apenas prefaciou.

Pode-se especular que Sua Excelência prefacia uma candidatura. Repetindo Joaquim Barbosa.



Assim caminha...
O músico Marcelo Nova desmente categoricamente matéria da Veja que pôs em sua fala o que nunca disse: que Raul Seixas era irresponsável quanto a horários. E mais – disse Marcelo – puseram perguntas que não lhe fizeram e respostas “ficaram a cargo de vai se saber de quem”?

Amanda Oliveira – bolsista do Sem Fronteiras – desmente o jornalismo da Globo taxando-o de mentiroso. Ou seja, lá está o que não disse.

O jornalismo de ficção vai ocupando todos os espaços. Especialmente o político. Mormente quando o alvo é o Governo e o PT.

... o jornalismo tupiniquim
Ainda que Fachin tenha sido louvado pelos meios jurídicos, ministros do STF e mesmo por políticos que fazem oposição ao Governo (explicitamente, senador Álvaro Dias) a indicação de Dilma Rousseff vem sendo alvo da imprensa, que levanta ficções sobre a conduta do indicado.

Descrédito (da imprensa) será o resultado.

República de casuísmos
Mino Carta afirmou Cunha – em dimensão de ironia realística – como um dos Poderes da República. O que anda fazendo o ilustre Cunha não deixa dúvida. Tornou-se o ‘presidente’ de casuísmos.

PEC da Bengala – e na esteira dela nova sabatina de ministros do STF no Senado – supressão da recondução do Procurador-Geral da República etc.

É primeiro-ministro do Parlamentarismo inexistente no Brasil.

Falando mal
A premiação de FHC como “Pessoa do Ano” – lá em Miami – traz à tona uma imediata pergunta: o que fez FHC neste referido ‘ano’?

É muito mais provável que a premiação decorra da capacidade de falar mal do Brasil lá fora. O que acabou de fazer o ex-presidente.

Resultado: espanta investidores. Que o diga Alckmin, que foi lá vender seu peixe e voltou pescado.

Aroeira captou a mensagem.



Sobrou
Quem caiu no laço da campanha contra a Petrobras vinculando a Lava Jato à atividade da estatal e vendeu ações da empresa sobrou. Já neste primeiro trimestre o Lucro Líquido chegou a R$ 5,3 bilhões – ainda que 1% menor com referência ao mesmo período de 2014 – para um Lucro Operacional de R$ 13,3, que aumentou 76% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Lá fora, em Nova York, aumento de 4% na cotação das ADRs da Petrobras.

Ninguém diga que os arautos do caos não tentaram acabar com a Petrobras. 

O detalhe: não deu certo. Porque tudo que diziam em relação à falta de solidez da empresa era mentira.

Nas cordas
A situação de Eduardo Cunha é daquela que tipifica o boxeador acuado: nas cordas.
Yousseff continua afirmando que ele era o destinatário de propinas.

Nas cordas evidentemente o Presidente da Câmara está. 

Não sabemos se reagirá como Mohamad Ali na histórica luta com George Foreman, em 1974, no Zaire.

Mosca azul
Há gente picada pela mosca azul. No Centro Administrativo Firmino Alves. 

Não sabemos se a gastança que faz com a propaganda pessoal será mantida quando tiver que se afastar para assumir a candidatura. 

Para tanto precisa contar com a boa vontade de outros secretários.

Com os adversários de olho! Lá dentro e cá fora. 

Geraldo em campanha
Estar Geraldo Simões em campanha não é descoberta da pólvora. Os desdobramentos de suas caminhadas é que podem dar zum-zum-zum. Para o PT.

Caso GS apresente pontuação em pesquisas que possam assegurar-lhe uma vitória em 2016 o PT ficará nas cordas.

Carecendo a legenda de prefeituras como cartões postais para a presidencial de 2018 Itabuna não pode ser descartada do projeto.

O PT apoiar GS será imperativo. Ainda que correndo riscos. Melhor que terceiras siglas.

Candidaturas
Algumas vão-se consolidando. Mesmo que à guisa de vontade individual. A de Mangabeira é uma delas. Ainda que cedo para a reta final seu denodo e determinação afirmam-no na campanha de 2016.

Quem conhece o ilustrado profissional não discute seus méritos e suas virtudes. Cabe saber se o povo o reconhece nas mesmas dimensões e o tem como o oxigênio que faltava ao processo político local, que insiste em alternâncias entre os mesmos, ainda que trocada esta ou aquela peça no tabuleiro eleitoral.

Não fora o lado profissional Mangabeira acontece no jornalismo político também como mecenas futebolístico. 

Por este viés nada consideramos produtivo. Caso o fosse, João Xavier – no passado – e Ricardo Xavier – no presente – já seriam senadores da República.

domingo, 10 de maio de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
___________________

Dia mundial
Programada uma Marcha Mundial Contra a Monsanto no próximo 23 de maio. Responsável pela produção de uma gama de organismos geneticamente modificados a multinacional encontra nos críticos de sua atuação mais e mais razões para o que é visto como preocupante para o futuro da humanidade, como observa Luã Braga de Oliveira, em As razões do Dia Mundial contra a Monsanto, no Outras Palavras.

Destacamos:

Um estudo de 2009 do Journal of Biologycal Science¹ mostrou que o consumo do milho proveniente da semente geneticamente modificada pode produzir efeitos negativos em órgãos como os rins e o fígado. Outro estudo, publicado em 2012 na Food And Chemical Toxicology², constatou que ratos submetidos a uma dieta à base de organismos geneticamente modificados morrem mais rápido e são mais propensos ao desenvolvimento de câncer. Para chegar a esta conclusão, cientistas administraram em 200 ratos, durante dois anos, três dietas distintas: uma à base de milho convencional, outra a base do milho transgênico NK603 e outra a base do NK603 tratado com o herbicida RoundUp. Tanto o milho transgênico NK603 como o herbicida RoundUp (o mais utilizado do mundo) são pertencentes à Monsanto. O resultado foi a morte acelerada de parte dos ratos e o aparecimento de tumores enormes naqueles cuja base da dieta fora o milho transgênico NK603, da Monsanto.”


Novidade!
A revista Época mentiu sobre a existência de apuração criminal pela PGR em relação ao ex-presidente Lula. 

Novidade!

Considerando a regra geral, outra é a pergunta que cabe ser feita: quando a Época não mente?

Lula, ainda
Gostem muitos ou não Lula é a referência única neste instante para 2018.

Será o alvo de todos os ataques.

Em defesa da transgenia
A existência de símbolo “T” dentro de um triângulo amarelo sinalizando a existência de transgênico na composição – exigência legal no Brasil – acaba de sofrer derrota na Câmara dos Deputados. 

A bancada ruralista conseguiu aprovar no 28 de abril projeto que acaba com o símbolo "T" nas embalagens e rótulos (Folha).



Ebola
Há 42 dias – conforme declarado neste sábado 9 – não há registro de novos casos de ebola na Libéria. O país comemora o fato. A Organização Mundial de Saúde confirma o esforço internacional para conter a doença.

Esforço que também poderia ser posto em prática em outra seara: o combate à fome no mundo.

Da Zelotes, nada! I
Não fora o pronunciamento do senador Otto Alencar trazido a lume por Osvaldo Lyra na Tribuna da Bahia (Brasil: Grandes empresas sonegam e driblam o fisco) em mais uma semana passaríamos ao largo da indagação. 

Na tribuna do Senado o senador baiano denunciou a gravidade dos fatos, que o levou a propor a alteração da composição e mesmo a extinção do CARF, a quem cabe apreciar recursos, em última instância, daqueles que se sentem achacados pelo leão da Receita Federa.

Descobre o contribuinte a singular composição do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, do Ministério da Fazenda: 72 membros, dos quais a metade tem origem de empresas privadas, inclusive de grandes bancos.

A sonegação de 780 empresas brasileiras – denunciou a senador Otto – chega a R$ 377 bilhões.

Da Zelotes, nada! II
O que a Operação Zelotes apurou: grandes devedores pagam a conselheiros do CARF para redução de suas obrigações tributárias, a exemplo da RBS (afiliada da Globo no Rio Grande do Sul), Bradesco, Itaú, Santander, Ford, Chevrolet, Tim, Gerdau, e até mesmo o Partido Progressista, segundo a Folha, de 1º de abril deste ano.

Diante da composição não há dúvida de que raposa cuida do galinheiro.

Gilmar perdeu
Em primeira instância o ministro Gilmar Mendes perdeu a ação de indenização que move contra Rubens Valente, que o cita no livro “Operação Banqueiro”, obra que disseca a Operação Satiagraha. E condenado a pagar custas e honorários advocatícios de 5 mil reais.

Não custa lembrar que o principal acusado na Satiagraha – o banqueiro Daniel Dantas – foi beneficiado por dois habeas corpus, da lavra de Gilmar Mendes, em 48 horas, o que estarreceu o universo jurídico.

Supõe-se que Gilmar Mendes consiga recorrer para o próprio STF onde poderá pedir vistas do processo ou reverter a decisão com voto de sua relatoria.

Onde está Gilmar Mendes não se pode duvidar de nada.

Provado
Não só o depoimento do ex-servidor da Câmara. Também os dados eletro-eletrônicos – como a utilização do login de Eduardo Cunha – identificados na busca judicial autorizada pelo ministro Teori Zavascki.

Os elementos comprovam o achaque do atual presidente da Câmara contra empresas que prestavam serviço a Petrobras para beneficiar-se do esquema de propinas, fato denunciado pelo doleiro Yousseff.

As provas coligidas, confirmando os fatos denunciados pelo ex-diretor do Centro de Informática da Câmara, Luiz Antonio Eira, justificariam  pelo menos  um pedido de cassação do parlamentar junto ao Conselho de Ética.

Pensar em cassação fica somente no sonho do Bessinha.


Tô nem aí!
Considerando que estrangeiros (países e empresas) passam a investir pesado na Petrobras uma coisa fica clara: ou aquela parcela da imprensa brasileira – representante das elites que desejam a entrega da estatal – anda mentindo ou não é levada a sério. 

Ainda que as duas coisas se encontrem num ponto comum certo é que lá fora não valorizam o que nossa augusta mídia fala do país.

A conclusão é mais que óbvia: definitivamente nossa mídia – especialmente no que diz respeito a Petrobras – não é levada a sério lá fora.

A bengala de alguns
Demonstrado está que, sob a égide de interesses, servidores públicos se distinguem. Juízes de Tribunais superiores são mais que promotores, que servidores etc. 

Há quem possa estar lucidamente capaz aos 75 anos, reconheça-se. No entanto somente os eleitos pela PEC da bengala. 

Os demais... ah!, são os demais.

Cheiro de casuísmo
Uma das regras mais sadias e perenes no universo do direito diz respeito aos efeitos das leis. Todas elas – à exceção daquelas em matéria penal que beneficiem o acusado/condenado – entram em vigor a partir de sua publicação. O que quer dizer que seus efeitos o são para o tempo adiante de sua publicação.

A crítica levantada pelo ministro Marco Aurélio em relação à PEC da bengala faz sentido. Justamente por vir de um intérprete da lei. 

Para ele o mais recomendável seria que os efeitos da PEC fossem aplicados para os futuros ministros que nomeados o fossem depois da sua edição. Para não parecer casuísmo.

O que Sua Excelência não quis afirmar: onde residia o casuísmo.

Naturalmente se o dissesse afirmaria estar no conteúdo político. O de evitar nomeações futuras para o STF pelo atual governo petista. 

Às favas
Geraldo Simões tem cacife para enfrentar uma eleição. Em todos os aspectos. Transita neste ano-véspera por ver-se reconhecido no PT como o nome natural para 2016. Que terá que defini-lo até setembro deste 2015.

Está em campo. Sabendo que será candidato. Por qualquer partido. Isto acabou de deixar claro.

Assim como o conceito atual para ampliar o leque de alianças. À direita que seja.

O projeto é eleger-se prefeito.

Às favas os pruridos.

Duvide quem quiser!
Na busca por apoios ao seu nome GS pode ter ao lado um histórico inimigo: o jornal Agora.

Que não anda lá em céu de brigadeiro com o candidato natural do PSDB.

Duvidar ninguém pode. 

Principalmente em tempos de reformulação de conceitos.

Para ser visto
“A escravidão é uma história inconveniente para a elite brasileira, não há dúvida sobre isso. E eles não querem que esta questão seja discutida”. Este o depoimento que antecede a abertura de “Brasil: uma história inconveniente”. 

Toca na ferida. 

 E explica muito do que acontece atualmente no Brasil.