sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Serra abaixo

E la nave va
IBOPE desta sexta 31 anuncia Serra com 20% e Haddad com 16%. Russomano adiante, com 31%.

Tempestade de verão, com chuvas torrenciais. E como diz a sabedoria popular, água de morro/serra abaixo ninguém segura!

Juçara não está morta

Tapete exposto
A iniciativa do Ministério Público em véspera de eleição beneficia a candidatura de Juçara Feitosa. Ao intentar ação de improbidade administrativa contra todos os vereadores de Itabuna - o que para o imaginário leigo facilmente será divulgado como sinônimo de roubo - o MP dá uma mãozona ao PT.

Que corre o risco de enfrentar uma contracampanha tipo "PT do tapetão".

Sob nossa avaliação Geraldo Simões descobriu, ou encontra, o caminho das pedras: a Justiça como aliada.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Lá e aqui

Permuta
Há análise de observadores e especialistas em eleições paulistanas apostando que José Serra alcançará 12% das intenções de voto ao final do primeiro turno.

Não faltam, em Itabuna, especulações de que há uma troca de favores entre PSDB e PT. 12% lá por 12% cá.

Essa gente!

Confissão

Da especulação à profecia
A especulação em torno dos conflitos internos na coligação em que Vane encabeça a majoritária pode constituir-se matéria plantada por adversário. Defendem-se os que estão vinculados ao candidato.

Esta conclusão alimenta somente uma fonte: a candidatura de Juçara, uma vez que a de Azevedo, em princípio, não temeria Vane (o que vemos com ressalva).

A ser essa a verdade, veneno petista, não deixa de ser uma confissão de a quantas anda a campanha petista em Itabuna. 

O que escrevemos nesse espaço, no entanto, contém dimensão profética.

Disputa

Despencando
Por ser emblemática - envolver o futuro do PSDB em nível nacional, além de testar a capacidade de transferência de votos pelo ex-presidente Lula - as eleições paulistanas apresentam mais um capítulo, uma semana depois de iniciado o programa eleitoral: a disputa pelo segundo lugar, ou seja, quem vai para o segundo turno.

A disputa está entre José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). O primeiro, com 22%; o segundo, alcançando 14%, com o detalhe de que a rejeição a Serra sobe aos 43%. 

Pelo andar da carruagem a se manter a tendência, Haddad vai para o segundo turno.



Contra Golpes

Faltou no tempo certo
Registro na coluna "Rosa dos Ventos", assinada por Maurício Dias na última edição de Carta Capital, trata de uma publicação do Exército: Guia de Orientação e Prevenção a Golpes.

Em que pese dizer respeito àqueles promovidos contra os seus aposentados e pensionistas e voltado contra  ação de estelionatários,  deixou-nos o quê de quanto retardada foi a edição do "Guia...".

Poderia tê-lo sido antes de 1964, destinado a manter as instituições e respeitar a Constituição e o Estado Democrático.

Outras formas de avareza
Sinalizam aos tímpanos do escriba que mais coisa pode andar acontecendo para os lados da campanha de Vane, além de aventado conflito entre PCdoB e PR.

Há mais gente insatisfeita.

Coisa assim de "O Avarento", de Moliére. Só que não pelo risco de roubarem um pote de ouro. Mas, o direito de participarem da partilha das moedas.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Prematuro

Proridades sendo antecipadas
Especulação que seja, onde há fumaça há fogo, afirma-o a sabedoria popular.
A se materializar o que circula em conversas, de possível desentendimento entre PCdoB e PRB, expressões da majoritária encabeçada por Vane, duas coisas ficam patentes: 1. o PCdoB continua o mesmo; 2. Vane tem possibilidade de vitória.

A estrutura militarista na organização do PCdoB, em razão da hierarquia que privilegia líderes, coisa assim meio ou muito stalinista, conflita com outros pensares político-partidários.

Com o detalhe bastante particular: para o PCdoB a prioridade é ele e os seus.

Difícil de entender é que esteja antecipando a apresentação da fatura.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Comissão da Verdade

Sucedâneos
Começam a ser criadas e instaladas Comissões da Verdade Brasil a fora. Em vários estados brasileiros as Assembleias Legislativas as instalaram, para colher depoimentos a elas particularizados. Seguem-lhe os passos algumas Câmaras Municipais. (O coronel Brilhante Ustra, de codinome nos porões da ditadura "coronel Tibairiça", acaba de ser convocado pela Comissão da Câmara de São Paulo).

Universidades também começam a enveredar pelos caminhos da catalogação de "informações" sobre os anos de chumbo. Afinal, do mundo universitário muitos foram presos em suas dependências e alguns nunca mais encontrados.

Os resultados começam a aparecer. Em texto neste espaço (""Verdade vindo à tona", postado no dia 15 de agosto) tratamos da revelação ocorrida durante a instalação da Comissão da Verdade da Universidade Nacional de Brasília, quando o professor da UFBA, João Augusto da Rocha Lima, revelou que o professor Anísio Teixeira fora assassinado em quartel da Aeronáutica no Rio de Janeiro, revelação que lhe fora feita pelo ex-governador Luís Viana Filho.

A busca pela verdade torna-se inexorável e irreversível.


"Crônica de uma morte anunciada"

Luta intestina
Não fora as dificuldades que alcançam as candidaturas todas pela ausência de recursos para esbanjamento, habituadas que estavam os candidatos a gastos desmesurados e incompatíveis com a realidade em passado não tão distante, a do PT sofre um desgaste em pleno curso da campanha: a saída de um de seus coligados, Fábio Lima (PHS), que sai chutando o pé da barraca e pedindo de volta os seus "40 segundos" de fama.

Que as más líguas não outorguem ao seu PHS o estigma "de aluguel". A coisa deve ter descambado para a impossibilidade de uma solução a contento, pois falta de esforço certamente não faltou.

No entanto, o título da obra de Gabriel Garcia Marquez se ajusta ao fato, uma vez que entre as partes em conflito nunca se poderia dizer que houvesse afinidades de cunho idealístico ou ideológico.

Mais que o fato isolado em si o desentendimento ora revelado traduz o que temos sabido ao pé do ouvido: não anda em calmaria a campanha petista, tampouco o céu lhe é de brigadeiro.

Quando alguém se propõe a afastar-se de uma campanha uma coisa pelo menos é certa: não acredita na possibilidade de vitória do candidato.

Afinal, uma vitória acalma os nervos, suprime desavenças. E não conhecemos ninguém, que o podendo, venha a dispensar cargos que o beneficiariam numa administração futura, o cala boca natural.

Náufrago em busca de um barco seguro
Para onde rumar o insatisfeito pode ser sinal de que este destino é o que melhor está situado no atual processo eleitoral.

Certo é que em política e eleições SOMAR sempre foi melhor que DIMINUIR. Uma lógica que parece não existir nas quatro operações fundamentais de Geraldo Simões.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eleições

Aqui e lá
As eleições despertam em nós atenções em nível local e em relação a lugares aos quais não estamos vinculados diretamente, seja a cidade onde um amigo milita em campanha, ou mesmo uma distante São Paulo.

Nestas eleições São Paulo chama a atenção, não pela dimensão de seu eleitorado, o maior do país, mas por uma indicação que desafia o observador: Lula indicou o ex-Ministro da Educação, desconhecido politicamente, para disputar a eleição paulistana quando tinha um José Serra disparado nas intenções de voto pré-campanha.

Viu-se, o ex-presidente, alcançado por críticas internas (PT) e externas e mesmo fez/faz a festa da imprensa que não o analisa.

Nesse instante, mal começado o programa político no rádio e na televisão há sinais do inacreditável, caso não seja revertida a tendência, que se apresenta estabilizada: José Serra amplia a rejeição, enquanto cai nas intenções de voto, e o candidato de Lula, o até então desconhecido Fernando Haddad vai ocupando espaço.

O que pode levá-lo ao segundo turno com Celso Russomano.

Diziam que Lula indicara um poste, quando o fez em Dilma. Imagine o leitor se elege o "poste" Haddad!

Rezam os daqui tornar-se um "poste" de Lula, porque de Geraldo Simões e Jacques Wagner...

Entre ver e enxergar

Humor ou preconceito?
Não assistimos a grande parte da programação da TV aberta, mas nos debruçamos, en passant, no sábado passado no Zorra Total da Globo justamente por aquilo que nos deixou pasmo: personagem negra, estreotipada, para fazer rir.

Meio assim como o mordomo em histórias policiais aquela personagem, que não buscamos identificar pelo nome, desdentada e sempre exibindo o que ocupa o vazio que "oferta" à câmara não para melhorar a imagem mas para gerar riso, porque sempre carregado o gesto de uma expressão jocosa, nos pareceu preconceituosa e inconveniente. E de muito mau gosto!

Não sabemos a quanto tempo o quadro está no ar. Mas, onde estão os tantos movimentos em defesa da afrodescendência que pululam Brasil a fora?

Psicólogos

Bodas de ouro
Em 27 de agosto daquele 1962 foi regulamentada a profissão de psicólogo no Brasil, através da Lei 4.119/62.

Em que pese como Ciência se fazer presente na vida do país. Mas faltava o reconhecimento.

A importância da profissão começa a alcançar reconhecimento do público. Não à toa nossa região oferece mais de um curso de graduação.

Lula em campanha

Esperança
No programa eleitoral do PT começam a aparecer inserções que apresentam o ex-presidente Lula pedindo votos para Juçara. Antes tarde do que nunca.

O teste será avaliado brevemente. Hoje, em todos os cenários de que dispomos, a candidata petista patina nem patamar nada desejável.

Como a Presidente Dilma certamente não se fará presente em Itabuna, como o próprio Lula, é hora de conhecermos a força do ex-presidente para melhorar a imagem da campanha de Juçara-Acácia. Ele, Lula, é o único homem que interessa à dupla feminina.

Outros dois, Geraldo Simões e Jacques Wagner, estão causando um estrago daqueles! 

domingo, 26 de agosto de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS- Dia - 26 de Agosto de 2012

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                           

Estadista

Se na quarta 22 completaram-se 36 anos da morte de Juscelino Kubitschek, nesta sexta 24 vão-se 58 do suicídio de Getúlio Vargas, presidente democraticamente eleito que se viu encurralado por denúncias que alimentaram contra seu governo a partir da crise desencadeada pela morte do Major Vaz, no início do mês, onde pessoas a ele ligadas estavam envolvidas.
A História traduz no fato, mais que a possibilidade de punição das irregularidades, a destituição de um projeto nacionalista que incomodava interesses estrangeiros capitaneados internamente por políticos como Carlos Lacerda, expressivo líder da UDN.
getulioPropostas recém-nascidas como a Petrobrás, a Eletrobrás, o BNDS, o Banco do Nordeste, são as últimas ações de quem já havia criado a Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce nos anos 40 do século passado que consolidavam a passagem de um país agrícola do século XIX para um país industrializado, moderno e avançado, que o visionário Getúlio enxergava deixar para as futuras gerações.
Pelo que fez (ainda que em questionados instantes, como o do Estado Novo) torna-o o maior estadista do Brasil do século passado, se ainda não o for neste limiar do novo milênio.
O gesto extremo de Getúlio, dando um tiro no peito naquela manhã, desnorteou a oposição e desarticulou o golpe ensaiado e posto em movimento, que começava pela proposta de afastá-lo do poder.
O golpe foi retardado por dez anos. O que salvou muito do conquistado por Getúlio.

A raiz

Para o baiano Jorge Hage, da CGU, “Corrupto rico não vai preso no Brasil, ou a pena prescreve, ou quando sai a condenação, dez, vinte anos depois, o sujeito já morreu…”. Melhor ilustra o caminho dessa tragédia nacional quando indagado sobre a principal causa: “Não tenho dúvidas. O financiamento de campanhas políticas e de partidos políticos… é feito de vereador para cima, feito por todos os grandes partidos e por quase todos os partidos, e em todos os estados do país…”.
Falou Hage a Bob Fernandes, do Terra Magazine. Uma lição didaticamente exposta em tempo de eleições municipais. Onde tudo começa e para onde vão todos os resultados, quando o exterior não os atrai.

Verdade vindo à tona I

Ainda que venha a ocorrer uma decisão que contrarie o voto do Ministro Lewandowski, no somatório dos demais nove ainda não proferidos, a tese da defesa que negou as acusações da existência de compra de votos alimenta a ocorrência de caixa 2 de campanhas.

Verdade vindo à tona II

A decantada tese do “Mensalão” começa a fazer água. Em nível de grande imprensa – a que só falta dosar as penas para a condenação antecipada – os primeiros sinais foram dados: editorial de O Estado de São Paulo da última sexta 24 reconhece a existência de “pagamentos prometidos pelo PT a políticos de outras legendas ainda na campanha presidencial, em troca de apoio a seu candidato”.
E mesmo chega a admitir que os recursos obtidos por Marcos Valério seriam destinados a pagamento de despesas de campanha e não para remunerar deputados em votações que interessariam ao governo.
Não se diga que este reconhecimento eximirá os correspondentes responsáveis da prática de crimes, pelos quais serão condenados.
Coincidência, ou não, o editorial vem a público depois do voto do Ministro Lewandowski. Ou seja, não só os advogados falavam a verdade em torno desses fatos em particular.

Ninguém se retrata

Ainda que provado, em sede de julgamento pelo STF, o que todos sabiam desde que Pizzolato (seu acusador da CPI dos Correios), depondo na Justiça afirmara que mentira sob medo e pressão perante a CPI (e a imprensa sabia disso) não se vê uma linha de retratação em relação a Luiz Gushiken.
Quando a defesa protestava por falta de provas a saída dos jornais inquisidores era afirmar que se inocente fosse seria absolvido no julgamento. Ou seja, o inocente que prove sua inocência e não a acusação, a quem compete por lei tal mister (ao autor o ônus da prova; quem prova a culpa é a acusação e não o réu sua inocência).
Mas, para a acusação midiática Gushiken era do PT. Então, pau no PT. Ainda que no lombo do inocente Gushiken.

Paulo Preto I

Com Paulo Preto depondo na CPMI do Cachoeira a coisa pode ficar preta, ou branca, para José Serra e o PSDB. Diz o ex-diretor da estatal paulista Dersa, Paulo Vieira de Souza, que abrirá as informações que tem para a CPMI do Cachoeira que dizem respeito a Construtora Delta, empresa da qual Carlinhos Cachoeira é sócio oculto, segundo suspeita a Polícia Federal.
A Delta, líder do consórcio que ampliava a marginal, está envolvida em irregularidades e desvios, decorrentes de superfaturamento. José Serra era sua bússola, dirá Paulo Preto, e tinha conhecimento de seus atos praticados à frente do Dersa. E diz ter documentos.
Detalhe singular: Paulo Preto poderá contar que se valeu do trânsito que o cargo lhe permitia para arrecadar para a campanha de Serra à presidência em 20010.
Nitroglicerina!

Paulo Preto II

Detalhes a serem acrescidos. Ou a razão por que Paulo Preto está indo à CPMI: “Há dois meses, petistas propuseram acordo pelo qual votariam contra a convocação de Paulo Preto desde que a oposição desistisse de chamar Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), rechaçou a oferta, segundo tucanos, sob orientação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), desafeto de José Serra.
Informado da disposição do ex-homem-forte da Dersa, emissários tucanos tentaram reabrir as negociações com o PT. Mas já era tarde”. (Da Folha de São Paulo no Luiz Nassif Online em www.advivo.com.br deste sábado 25).
Dessas informações não sabemos se há alguma coisa que corresponda a deputados denunciados por vender emendas parlamentares.
Nitroglicerina pura, se disser tudo o que sabe!

Brasil mais urbano

Como não bastasse a concentração atual, precipitada nos últimos cinquenta anos, dados da Organização das Nações Unidas sobre o Brasil afirmam que o país será 90% urbano em 2020 (o era 20% nos anos 50). O que significa aumento das preocupações em torno de políticas públicas a serem aplicadas e fato que afeta em muito e mais diretamente as administrações municipais.

40 milhões de motos

Alarmantes os dados do aumento de veículos a motor, com destaque para o número de motos, que ultrapassará a casa dos 40 milhões em 2022.

Vanusa

Nossa querida Vanusa de Jesus colará grau em Administração no dia 8 de setembro, às 19 horas, na 2ª Igreja do Evangelho Quadrangular. No dia 6, agradecimento em Culto Ecumênico no auditório da Unime, também às 19 horas.
Nossa alegria se estenda à vitoriosa Vanusa.

Lançamento

Ocorrerá na próxima terça 28, a partir das 19 horas, no Teatro Sala Zélia Lessa, o lançamento em Itabuna de “Pequenas Histórias do Delírio Peculiar Humano”, do grapiúna Antônio Nahud Júnior, acompanhada de outros eventos como a exposição fotográfica “A Face Oculta”, de Morvan França, inspirada na obra de Francis Bacon e nos contos do livro de Nahud.
“Pequenas Histórias...” traz prefácio de Jorge de Souza Araujo e apresentação de Ruy do Carmo Póvoas e Danielle Carvalho Crepaldi.
O evento dá continuidade à agenda do Zélia Lessa em programação da ACATE e AGRAL sob produção de Ari Rodrigues e Eva Lima.

Festival

Salvador sediará, entre 1º e 9 de setembro, a quinta edição do Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia, incluindo a 1ª Mostra Internacional de Teatro Baiano, promoção de curso gratuito de crítica teatral e um Colóquio Internacional de Recepção das Artes.
O FiteBahia reunirá trabalhos da Colômbia, México, Chile, Argentina, Bolívia, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, não fora anunciadas participações de Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul etc.
Desdobrar-se-ão em 33 espetáculos e 65 apresentações em espaços e praças públicas de Salvador e cidades do interior como Feira de Santana, Santo Amaro, Ilhéus e Lauro de Freitas.

Itabuna de fora

A FICC, a instituição itabunense criada para desenvolver as artes, dirigida pela poeta que não poeta, bailarina que não baila, advogada que não peticiona e pedagoga que não pedagoga anda perdendo até para Santo Amaro.
O que a salva (a poeta), por enquanto, são as fotos da casa de Jorge em Ferradas, projeto oriundo da luta da ACCODEC, assumido por Azevedo e capitalizado por Jorge Tomate e a ilustre bailarina.

Barril de pólvora

Atraso em pagamento de salários e fornecedores transforma em inferno astral campanhas políticas que se apresentavam tranquilas.
Em Itororó a grita vem de fornecedores e funcionários. A alegação é que o prefeito gastou mais do que dispunha no último São João. É o que está na boca do povo.
Em Firmino Alves a excelente gestão do padre Agnaldo não convence o eleitor em favor de seu candidato. Não pelo padre, mas pelo candidato, que anda pendurado em dívidas, como nos revelou um morador. Perdeu credibilidade.
Em Itabuna reclamações de atraso nos salários. Não fora a sanha de algumas figuras de proa da administração, que resolveram atrapalhar a caminhada de Azevedo à reeleição.
Tudo pode transformar o cenário eleitoral. Funcionário sem receber ou recebendo mal é cabo eleitoral em potencial. Atuação indevida de assessor instala o desconfiômetro.
Contra o prefeito.

Tempestades

Azevedo está, com sua imagem pessoal, aparentemente imune a ovos e tomates podres. Tudo que se disser de sua administração é repetição, é chuva no molhado. Não há o que surgir no curso da campanha que não se saiba nos mínimos detalhes. A não ser algum vídeo montado para oferecer material digno de tabloide britânico.
No entanto tem gente ao lado de Azevedo trabalhando como em fim de governo, com ação de quem só dispõe de terra arrasada porque nada mais resta. De aproveitar meu pirão porque não terei de onde tirar depois que sair.
Paralelamente, uma apropriação de tudo que de certa forma foi realizado sem lembrar que fundamental é o prefeito reeleger-se.
Assomam a campanha de Azevedo fortes ventos prenunciando tempestades, com ventos fortes e granizo.
Outras de eleições e da política local em Rastilhos da Razão Comentada no http://adylsonmachado.blogspot.com

Digitais

“Variações sobre um tema de Haendel”, de Mauro Giuliani, Opus 107, em execução da guitarrista romano-canadense Ioana Gandrabur.
Algum curioso leitor escutante, encontrando um acorde em nona ou verso sonoro típico de nosso cancioneiro nordestino ou mesmo um lundu maxixado... poderá afirmar que erudito é nosso popular. Em que pese trabalharem contra esse reconhecimento muitas gravadoras e divulgadoras e a maioria das programações rádio-televisivas.




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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

Cenários, mazelas e destinos


“Sofrendo mais que sovaco de aleijado no caminho da Lapa”
A expressão posta no título tem origem no velho Sertão onde nascemos e traduz o sofrimento de pedinte deficiente físico, sustentado em muletas, a caminho de Bom Jesus da Lapa em tempo de romaria.

O sofrimento de Azevedo começa com as eternas atribulações quando depende de uma “muleta” chamada atuação jurídica. Não sabemos se os problemas derivam de incompetência ou da gravidade dos fatos. Interna e externamente.

Tem-lhe faltado o mínimo: orientação.

Eleições
Cenários oferecidos por uma das sondagens eleitorais em Itabuna, afastadas aquelas que estão voltadas para o oba-oba-obá, alimentam a perspectiva de derrota de Azevedo em dois dos três cenários avaliados. Ganha somente se tiver Juçara como adversária direta.

A valorosa atuação de sua tropa de choque eleitoral faz despencar eleitores de seu universo, que ainda é significativo. Os erros ocorrem a partir da qualidade questionável do programa eleitoral e a desastrada ocupação de espaços por alguns auxiliares próximos, que na ambição e no individualismo estão destruindo a imagem do que realizou a administração e levando a desgaste a do prefeito.

PTdoG
A situação da candidatura petista, agravada pela repercussão que lhe dão as imagens de Geraldo Simões (local) e de Jacques Wagner (estadual) não é das melhores neste instante. 

Mais se agrava com a certeza de que a presidente Dilma Rosseff não se fará presente no palanque da campanha.

Caso não reverta o quadro tende a uma decepcionante atuação e não seria surpresa, mantido o atual andar da carruagem, que Juçara venha a pontuar 15%, 14%, 13%... em 7 de outubro.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Adivinhando

Lula sugere o que havíamos precipitado
Vinícius Carioca, do Último Segundo, no Luís Nassif Online desta quinta 23, informa que em visita à sede nacional do PT (São Paulo) o ex-presidente Lula "descartou a possibilidade" de Dilma Rousseff fazer presença nas campanhas petistas no primeiro turno. 

Para não melindrar companheiros.

Como Itabuna não tem segundo turno o anúncio do comando da campanha de Juçara de que Dilma estaria em Itabuna vai por água abaixo.

Já havíamos antecipado. Nem Lula vem!

Tributo

D. Iná
Anunciada em necrológio como "mãe do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna", falecida nesta quinta 23, vemos em D. Iná a "mãe de Tarcilo Fontes" (um dos irmãos de Eduardo) e "ex-mulher de Tarik Fontes".

Não fora a personalidade ímpar, exemplo de cidadã que não se curvou aos caprichos do colunismo social.


Demais para o babado

Dispensável
Descubro, custeando minha informação pelo universo internético itabunense, que o "Itororó: 4ª edição do Estudante Fest atraiu milhares de pessoas" (Políticos do Sul da Bahia). Como a matéria está datada de 23 de agosto e a fotografia exibida reflete fato ocorrido à noite temos que tudo decorre de evento desdobrado do aniversário de emancipação do município,  celebrado neste 22 de agosto (quarta-feira).

Em que pese as línguas ferinas (obrigado Tormeza) andarem divulgando que o município anda inadimplente (deixando de cumprir os compromissos imediatos, inclusive para com setores do funcionalismo) não misturamos alhos com bugalhos: o prefeito Adroaldo tem manancial para exibir como gestor.

Que dispensa apelações como a apresentada através da imprensa.

Detalhe: estivemos em Itororó nesta quarta 22. Não à noite. Mas quando de lá saímos (início da tarde) um trio elétrico aguardava a oportunidade de se apresentar. O que atrai gente. Mormente a juventude!

Só gente maldosa dirá que o texto divulgado tem finalidade eleitoreira!



Itabuna no noticiário

Nomes estranhos
Para o noticiário em geral Itabuna não tem se apresentado como uma referência de coisas boas. A dengue e a violência têm sido nossa mais visível expressão. Agora, por ser a terra onde nasceu Jorge Amado, fato que vem encontrando no imaginário uma tomada de consciência a partir da iniciativa de abnegados, em particular, e pela atuação da ACCODEC, associação de Ferradas que desenvolve ações de resgate da verdade histórica.

Neste processo eleitoral o berço do "Menino Grapiúna" já aparece na mídia nacional, através de sites e blogues. E não por mazelas e virtudes dos candidatos, mas por integrar o universo da "criatividade" na categoria "Celebridades" do www.kibeloco.com.br, que entre seus 14 destaques nos dispensou atenção com um dos três baianos nelas presentes.

Trata do que considera nomes estranhos para candidaturas Brasil a fora, como Odete Roitman, Pedro de Lara, Batman, Tufão, Barata Obama, Pelé Problema, Zeca Diabo ou Sílvio Santos.

A contribuição itabunense para o elenco se faz através de "Irmã Xana".

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Incerteza

Pode surpreender
Até o momento não se percebe programa eleitoral com presença da presidente Dilma Rousseff. Com invejável popularidade para início de mandato é paparicada por todos os candidatos e candidatas. Estas espelhando-se na sua imagem pelo gênero, para despertar o eleitor no sentido de votar em outra mulher, aquela de cada município onde ensaia ser prefeita.

Não há sinalização de que Dilma Rousseff pretenda abrir o sorriso presidencial. Muito menos que o espalhe em todos os rincões.

Muitos terão de se contentar com a tradicional montagem fotográfica. Afinal, a imagem marca. 

Em que pese sua presença ser "ouro em pó". Que estará onde seu peso implicar em eleitores para definir eleições em favor do PT.

Em família

Onde entra a Ética
Há partidos políticos em Itabuna sem se entenderem dentro das coligações que compuseram. O conflito de interesses eleitorais de candidatos à vereança  está se refletindo nas correspondentes candidaturas a prefeito.

Tempos em que a ideologia e os programas partidários nada valem. Muito menos o Código de Ética que os alimenta. Uma vaga na Câmara fala mais alto.

A maioria pensa em conquistá-la menos para servir e mais para ser servido. Fazem a conta para a futura legislatura menos pelas propostas em favor do povo e mais pelos cargos que conseguirão para familiares e cabos eleitorais, porque sabem que é desta forma que se deu de construir a base de sustentação de prefeitos por este Brasil a fora. E orações subirão ao Altíssimo, para que a sorte grande venha a bafejar o eleito: apreciar uma conta com parecer prévio do TCM pela rejeição.

Mas, em Itabuna há algo mais: o racha interno, a insatisfação não superada, as imposições aceitas para o público externo e queimando como fogo de monturo internamente.

Por causa disso alguns deram de pegar na contramão os "infieis". Para lançá-los no fogo eterno dos Conselhos de Ética dos partidos.

Ao que parece, a Ética está servindo para alguma coisa. Pelo menos para caçar/cassar companheiros.

Propaganda eleitoral

Se depender...
Vimos, nesta quarta 22, uma parte do programa eleitoral das chapas majoritárias de Itabuna. Parte, porque não alcançamos o de Vane, tampouco o de Zem Costa.

Analisando tecnicamente o que assistimos podemos afirmar que se depender do programa eleitoral Azevedo está derrotado em sua pretensão.

A ideia até que é boa. No texto. Quando na tela beira o amadorismo mais amadorista que já se viu. Inteira ausência de direção, e por aí vai...

Um programa que mostra um Azevedo "afobado", muito mal orientado. Chegam ao absurdo de editar o candidato lendo e gaguejando, não fosse a constante falta de pontuação em relação ao texto oferecido.

Só inimigo e adversário elogiarão o programa. 

Competição
No de Juçara, mais leve, bem melhor dirigido, deixou, no entanto, uma imagem em depoimento que nos custou identificar a autora do testemunho, tão escura e mal iluminada estava sua face.

Quem viu Acácia naquele momento não acreditou que era ela!

Chegamos a imaginar se aquilo tinha alguma ligação com disputas femininas!


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Não viveu para ver

Dona Dolores I
Entusiasmada com o trabalho que se desenvolvia, servindo cafezinho e água para os que trabalhavam e oferecendo sua própria casa como espaço para depósito do material para a obra, não cansava de repetir: "Agora sim, vou poder dizer que sou vizinha de Jorge Amado. Com muito orgulho!"

Foi das primeiras a internalizar a ideia de que o ferradense ilustre nascera realmente ali e era um conterrâneo muito especial. Podemos afirmar que nela estava representada a mudança da consciência que norteou um novo comportamento dos moradores de Ferradas para com Jorge Amado.

As ações positivas do município, revitalizando com a construção da casa onde residiu o "Menino Grapiúna" a memória local, abrindo espaço para que Ferradas venha a ser efetivamente ocupada no imaginário itabunense como uma das "Terras do Sem Fim", encontrou nela a melhor expressão do reconhecimento pelo que então se fazia.

Inaugurada a casa, faltou a Dona Dolores ver a promessa de que a vizinha ilustre pertenceria à comunidade, que seria nela referida e valorizada.

Morreu antes. Apenas viu a casa construída, não o ideal que a norteou, como aos demais ferradenses.

Dona Dolores II
Maria Dolores da Silva, simplesmente Dolores - como era conhecida - passou mal durante a madrugada de domingo 12, sendo levada para o Hospital Santa Cruz no dia seguinte. Cobraram-lhe, através dos parentes, 20 mil reais para garantia do internamento e outros 15 mil para a do tratamento enquanto estivesse internada. 

Dispondo de apenas 500 reais para a consulta (assim o disseram os parentes) e outros 300 para cobertura de exames, não tinha como permanecer na entidade filantrópica e foi encaminhada para o São Lucas, onde recebeu o tratamento possível.

Faleceu neste domingo 19, sepultada nesta segunda.

O legado de Dona Dolores
Não fora o entusiasmo e alegria com que via Ferradas tornando-se referência, Dona Dolores nos deixa um legado: de nos permitir registrá-la em texto, como mais uma, dos incontáveis que buscam o Hospital Santa Cruz para tratamento e se veem tornados inúteis trapos humanos se não dispõem dos recursos financeiros para assegurar o "negócio/empresa da saúde" em que se tornou o espaço sonhado por pioneiros para cuidar dos que carecessem de uma "Santa Casa", que por "Misericórdia" encontrassem.

Ainda que custeada com recursos públicos, que fizeram de suas instalações e equipamentos o primor que são e a tornaram referência em Medicina no estado da Bahia, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, por sua estrutura original - o Hospital Calixto Midlej - é hoje um rendoso negócio para os profissionais privilegiados por nele trabalhar. Tanto que não largam o osso!

Nele não há "misericórdia".

As "Marias Dolores da Silva" que o digam. Se pudessem dizê-lo!


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Casa do estudante

Apropriação
Há no Jardim Baiano, em Salvador, uma residência estudantil, destinada a estudantes do município que estejam cursando na Capital e não disponham de recursos financeiros para custear aluguel.

Adquirida pelo município de Itabuna há anos, para atender a um projeto visando dar oportunidade aos que estudem em Salvador, hoje é alvo de graves denúncias. Dentre elas, a de que muitos apossaram-se da residência estudantil, ainda que não estejam cursando em Salvador. Mais objetivamente: nem mesmo estudantes são. Adiantam, que há pessoas até de outros municípios vivendo no espaço como se "donos" fossem.

Muitas famílias carentes, com filhos que estudam na Capital, nem mesmo sabem da existência da Casa do Estudante que a Prefeitura mantém em Salvador.

Ao que parece, caso confirmada a denúncia, o Município não tem fiscalizado a contento o equipamento (o que vem ocorrendo há décadas), a ponto de sua destinação estar inteiramente desvirtuada.

Que a sociedade e as autoridades tomem uma providência. Até porque corre o risco de outros "destinos" serem dados ao lugar que deveria ser estrada para o saber.


DE RODAPÉS E DE ACHADOS- Dia 19 de Agosto de 2012


AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                           

 

JK

Na próxima quarta-feira 22 completam-se 36 anos da morte de Juscelino Kubitschek, decorrente de acidente na rodovia Presidente Dutra.
Nosso necrológio não passa por quem tenha sido e o que representou JK. Mas, por insistirmos numa indagação: foi natural o acidente que causou a morte de Juscelino?

Esperança

Na fila do banco nos despertamos para a vida. O futuro dela. Um jovem gastava o tempo da espera lendo Os Irmãos Karamazov, de Dostoiévsky.
Certamente leu ou lerá Recordação da Casa dos Mortos, Crime e Castigo, O Jogador. Como descobrirá Leon Tolstói e Guerra e Paz, Ana Karenina, Os Dezembristas, Ressurreição, Cossacos. Não dispensará o francês/inglês William Somerset Maughan de Um Gosto e Seis Vinténs, de O Fio da Navalha, de Servidão Humana, de Histórias dos Mares do Sul.
Paralelamente estará debruçado sobre a brasileira. E não esquecerá de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, José Lins do Rego, Jorge Amado, José Américo de Almeida, Guimarães Rosa, Jorge Medauar, Machado de Assis... e, quem sabe? um dia lerá Amendoeiras de Outono, para matar de orgulho este escriba.

 

Nióbio em Itambé

Biodiesel de origem mineral, já testado; substância para revelar resquícios de sangue lavado (da cena do crime), mais barato e vantajoso que o luminol americano; prótese de quadril fabricada com liga metálica, inteiramente biocompatível (imune à rejeição) são algumas descobertas da pesquisa brasileira aguardando comercialização.
Todas contendo nióbio, “terra rara” em abundância no Brasil (95% das reservas mundiais), utilizado em larga escala nas indústrias espacial, aeronáutica, nuclear, de petróleo e gás, bélica, equipamentos médicos, construção pesada etc.
Mais um crime de lesa-pátria quase ocorreu no governo de FHC, quando a reserva de São Gabriel da Cachoeira (AM), a maior, estava nos planos de privatização/doação para ser vendida por 600 mil dólares. A reserva é suficiente para abastecer todo o consumo mundial por mais de mil anos.
Dentre as principais reservas do minério no Brasil a de Itambé, na Bahia.

 

Falta pouco

O ministro do STF Gilmar Mendes – por nós nominado “nosso Fanfarrão Minésio”, porque partimos de algumas de suas intervenções não-jurídicas para remetê-lo a personagem de Tomás Antônio Gonzaga nas “Cartas Chilenas – anda anunciado para assumir programa televisivo na TV Senado, que versará em torno da história e bastidores da Assembleia Constituinte, da qual resulta a Carta de 1988. O programa teria sido imaginado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual Gilmar é sócio (e em defesa do mesmo recentemente indenizou um sócio pela humilde quantia de 8 milhões de reais).
A informação está registrada no Luís Nassif Online deste sábado 18 – “O charme sutil do Supremo” – no www.advivo.com.br originado da coluna de Felipe Patury na Época, sob o título “O Supremo é pop: Gilmar Mendes será apresentador de TV”.
Estranhamos a proposta para a TV Senado, quando existe a TV Justiça. A coluna informa que o contrato ainda não foi assinado (cremos que não o será) e que o programa estrearia ainda este ano.


 A continuar

Naturalmente que sobre bastidores da Constituinte Nelson Jobim se sairia melhor, inclusive relatando como inseriu disposições para beneficiar o sistema financeiro sem conhecimento dos demais pares. Mas, como ainda há tempo, Jobim pode ser um convidado especial.
De nossa parte todo o sucesso ao Ministro, pela carreira que abraça. Mas, com tanta simpatia para dar e na insistência por holofotes não tardará a chegar a João Plenário, aquele deputado do humorístico a Praça é Nossa, do SBT, se levarem a sério aqueles 185 mil reais do valerioduto “mensalão” mineiro.

 

A dieta de Gurgel

Nada a comentar. Dele, além de sua atuação questionada, a informação de que tem ligações afetivas com Itabuna.

Deu no A Região

Na Malha Fina desta semana, sob o título “Balcão Aberto”, acrescendo à malha que se referia à determinação de advogado de Azevedo junto ao TRE de que suas contas fossem levadas ao plenário da Câmara de Vereadores: “Isso bastou para que os vereadores que fazem parte da batucada do prefeito começassem a sonhar com dinheiro alto para suas campanhas. Dizem que a negociação com a batucada fica mais barata que as negociações no TJ.”
Nada a comentar!

 

Reversão I

Já escrevemos que há em doações entre o poder público e particulares, ou vice-versa, uma cláusula condicionante que permite a reversão – o desfazimento do negócio jurídico/doação – em favor do doador caso o donatário não realize no prazo previsto a obra que lhe caiba ali realizar.
Ocorre para assegurar que o donatário realize o prometido, comumente a edificação, no prazo nela contido. Isto constitui uma salvaguarda para os interesses comuns, especialmente quando o doador é o Poder Público, cujos bens pertencem, de fato à sociedade.
Nesse particular, quando a doação é do Poder Público Municipal, acontece somente com autorização da Câmara de Vereadores. E a cláusula de reversão é o meio assecuratório de que o particular beneficiado com a doação não a torne um “negócio da China”: vender por fortunas o que recebeu de graça.

 

Reversão II

Em Itabuna já aconteceu um fato inusitado, lá se vão 48 anos: o Município desapropriou uma área hoje central da cidade e três anos depois a doou para o antigo proprietário, sob a promessa de ali desenvolver um projeto industrial. Veio a se tornar terreno de engorda.
Cabe à sociedade acompanhar tais doações para que não se tornem “presentes”. Nos últimos anos o Município tem doado muitas áreas para particulares e mesmo para o Estado. Algumas até compradas a terceiros, como no caso daquela destinada para o presídio.
Outras esperam a edificação prometida (maioria doada a particulares), que ainda não aconteceu.
Detalhe: como estão em áreas altamente valorizadas despertam a cobiça imobiliária.

 

Fernandismo rateado

A democracia fernandista se apresenta de forma singular nestas eleições. Fernando Gomes decidiu-se por apoiar Azevedo, depois de paparicado por Geraldo Simões. Alguns de seus seguidores, no entanto, optaram por trilhar carreira solo. Uns com Juçara; outros, com Vane.
Dos três beneficiados fica a indagação: quem leva a maioria dos votos de Fernando?

 

O maior adversário

A rejeição à administração é, hoje, o maior adversário de Azevedo em sua busca pela reeleição. Se contornada em parte e reduzida a patamares toleráveis caminhará leve, livre e solto para o segundo mandato.
Àquela (rejeição) está em muito vinculada a “ambições” desmedidas de auxiliares diretos (alguns) e indiretos (muitos) dos que foram “convocados” para trabalhar pelo bem de Itabuna ao lado do Prefeito e se tornaram, uns, em confraria de Ali Babá; outros, em papagaios de pirata na defesa de suas sofríveis imagens. Para fazê-lo esquecem de que suas ações geram rejeição à administração.

 

IDEB

A propaganda oficial realça o resultado do IDEB como conquista do projeto educacional aplicado no município Brasil a fora. Em Itabuna não é diferente. Não entramos em detalhes técnicos sob abordagem estatística. (Ignacy Sacs – polonês naturalizado francês – afirma que a estatística não atende aos reclamos do cientista social).
Falamos do que vemos: conhecemos alunos de sexta série, oriundos da rede municipal em Itabuna, que não sabem ler e escrever. Alguns têm dificuldade para assinar o próprio nome.

 

Termômetro

Um morador da URBIS IV observou um fato interessante durante o “corpo a corpo” de Juçara no bairro, neste sábado 18. Na maioria das casas onde haviam sido coladas propagandas da candidata o “descolamento” se deu imediatamente à saída da candidata.
Como o problema não é de retina, fica nossa sugestão para uma nova forma de amostragem a ser realizada pelos institutos de pesquisa (já que o fato deve ocorrer com todos os candidatos): acompanhar a reação do povo logo depois da passagem do “corpo a corpo”.

 

Naturalidade

Desandaram como grosseira a intervenção de Juçara durante gravação de material de campanha com Lula, em São Paulo. Não vimos nada de mais em pedir para “sair da frente”.
Não se muda a forma de falar das pessoas. E Juçara era e estava Juçara. Naturalmente.

 

Do discurso à confissão

Distante do discurso anterior, que justificava a ausência de um Governador de Estado e de um Deputado Federal de sua propaganda pelo fator gênero, a gravação de Juçara com Lula traz uma confissão: a de que a presença masculina na propaganda da petista é bem vinda, desde que produza dividendos.
Lula não é qualquer um. Diferentemente de Jacques Wagner e Geraldo Simões, que andam com um “carma” daqueles!

 

Conceição Benigno I

Benigna foi a atuação de Dra. Conceição à frente do Hospital Manoel Novaes, tornando-o referência. Seus méritos são muitos, conhecidos por aqueles que conviveram com ela e com seu vigoroso trabalho, pautado na competência e compromisso.
Sabendo-a assim nos trouxe uma profunda tristeza a manchete no Diário Bahia de terça 14: “Morre a esposa de Davidson Magalhães”. Desrespeito a quem tanto fez pela saúde infantil em Itabuna e região ao vinculá-la tão somente ao esposo e companheiro.

 

Conceição Benígno II

Missa de 7º Dia. Em Salvador e em Itabuna. Alguns que estiveram ao seu lado, que a tiraram do lar para torná-la política, não se fizeram presentes.
Talvez, na esteira da manchete, rei morto, rei posto.

 

Leninha

Superando a pressão que a levou à casa de Geraldo Simões às vésperas de definições que antecederam as convenções partidárias, Leninha Alcântara definiu-se por uma candidatura.
Ela, que não encontrou o apoio que esperava no PMDB, leva seu legado político-eleitoral para a campanha de Vane.

 

Onda azul

Não faltará quem diga que o presidente nacional do PT, Ruy Falcão, propaga a onda azul. Afinal, ainda que em evento do Partido dos Trabalhadores, dispensou o cor famosa e “vestiu azul”.
Talvez para reconhecer o que diz a composição de Nonato Buzar (“Vesti Azul”, sucesso de Adriana e Wilson Simonal, nos anos 60): “minha sorte então mudou”! 

 

Homenagem a uma época

A propósito da circunstância em que Ruy “vestiu azul” enquanto estava em Itabuna, uma viagem aos anos 60 com Wilson Simonal e a composição de Nonato Buzar.


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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sábado, 18 de agosto de 2012

Difícil de entender

Natural
"Justiça solta PM que atirou em preso rendido". Trata-se de decisão do juiz Marcius da Costa Ferreira, da Justiça Mulitar do Rio de Janeiro,  na última terça 14. (http://noticias.r7.com)

O caso tornou-se conhecido a partir da divulgação de um vídeo amador que flagrou um policial atirando na perna de um perseguido, em 31 de julho, que se encontrava rendido (mãos na cabeça). A versão do policial falava em troca de tiros. Mas a gravação o desmente.

Nos ficara a indagação de como estão sendo formados muitos policiais nas academias de polícia por este Brasil a fora, a ponto de atitudes como a denunciada.

Por outro lado, para o cidadão fica difícil ter como natural - ainda que venha a se revestir de formalidade legais - a soltura de um agente público, responsável pela defesa da lei e das instituições, preso justamente por violá-las.


Outro mensalão

Bahia presente
Considerando que deram de denominar de mensalão os famosos e tradicionais caixa 2 de campanhas políticas, em raro e significativo momento recursos oriundos da campanha de Collor (1989), administrados por PC Farias, irrigaram campanhas Brasil a fora, inclusive pela Bahia.

O fato, descoberto a partir do que ficou famoso como a "pasta rosa", documentação encontrada em poder de Ângelo Calmon de Sá/Banco Econômico, está de volta com a decisão da juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara Federal de Brasília, que acatou denúncia fundada no escândalo. 

Da Bahia, mortos e vivos estão presentes em grande estilo (como registraremos neste fim de semana).


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O que fizeram de Jorge

Apelação
Temos ouvido o que se torna lugar-comum: a retomada de Gabriela pela Globo mais está para porno-chanchada. Todos reconhecem que a obra encontra-se tomada por alguns personagens da obra de Jorge Amado, assegurada a audiência pela imagem do escritor ferradense e o momento em que se celebra o seu centenário de nascimento.

A deturpação do texto amadiano é flagrante e sub-enredos de forte conteúdo folhetinesco vulgarizam a história e violentam o original. Tenha-se como original não só o romance de Jorge mas a própria primeira versão de Gabriela na Platinada, efetivamente um monumento da novela brasileira.

Parodiando "Alegre Menina" (Jorge Amado-Dori Caymmi: O que fizeram de Jorge!


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Verdade vindo à tona

Anísio Teixeira
A Comissão da Memória e Verdade Anísio Teixeira, da Universidade Nacional de Brasília, criada para resgatar a memória de acontecimentos ocorridos durante o regime militar envolvendo pessoas a ela vinculados, como os desaparecimentos dos alunos Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino ouviu, estarrecida, na cerimônia de instalação, o relato inesperado do professor João Augusto de Lima Rocha, da Universidade Federal da Bahia.

Afirmou o professor ter ouvido de Luís Viana Filho (governador da Bahia quando Anísio Teixeira foi encontrado morto), que lhe confessou com base em fontes militares de sua confiança, que o emérito baiano foi preso no dia 11 de março e levado para o quartel da Aeronáutica, em operação que teve como mentor o brigadeiro João Paulo Burnier, que tinha como plano "matar todos os intelectuais mais importantes do Brasil à época". 

Anísio Teixeira foi encontrado morto no poço de um elevador, dois dias depois, e foi divulgado que sofrera um acidente. No entanto, afirma o professor João Augusto, pelos relatos de policiais, AT estava "de cócoras, com a cabeça junto aos joelhos, sob um platô de cimento armado, meio metro acima do fundo do poço" e seus ossos estavam todos quebrados. A pasta de documentos do morto estava ao lado, assim como seus óculos, inteiramente intactos.

Os médicos Afrânio Coutinho e Clementino Fraga Filho (único vivo), presentes à necrópsia, também revelaram ao professor João Augusto sobre os fatos. Mais detalhes em Luís Nassif Online no www.advivo.com.br desta quarta 15.

Dúvidas pairavam sobre o que ocorrera com Anísio Teixeira, o criador da Escola Nova. Ninguém acreditava que sua morte tivesse sido acidental.

A verdade começa a vir à tona.


Surrealismo à brasileira

Recebi, não nego...
Matéria veiculada no Estadão informa que o ministro Gilmar Mendes, do STF, promoveu junto a Procuradoria-Geral da República a abertura de inquérito por calúnia, difamação e injúria contra a revista Carta Capital (e seu editor Mino Carta), que afirmou, na edição 708, haver o ministro recebido 185 mil reais do valerioduto mineiro em março de 1999, quando advogado-geral da União.

O argumento de Mendes é de que àquela época (o do recebimento) não era Advogado-Geral da União (o que ocorreria a partir de janeiro de 2000), e sim subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Não fora isso, alega que é falsa a lista onde aparece seu nome como beneficiário do “mensalão” do PSDB mineiro (que espalhou dinheiro para políticos e personalidades de vários estados brasileiros).

A matéria não explica se Gilmar Mendes, na condição de “subchefe” para Assuntos Jurídicos da Casa Civil podia exercer a advocacia privada. (Aqui não entramos no mérito de que tal advocacia o era para um esquema criminoso).

...Mas foi legal
O que está claro: Gilmar Mendes não nega haver recebido o dinheiro.

Entende, no entanto, que comprovada está a falsidade da acusação pela circunstância de nela ser afirmado que ocupava o cargo de Advogado-Geral da União, o que ocorreria somente um ano depois.

Ou seja, se fosse o Advogado-Geral da União não podia (ilegal), mas como era “subchefe” para Assuntos Jurídicos da Casa Civil estava amparado (não sabemos em quê!).

Brasil singular. O ministro do STF – nosso “Fanfarrão Minésio” – recebeu recursos de um esquema criminoso enquanto servidor de alto escalão do Governo Federal ao tempo de FHC (que o indicou para o Supremo) e parece demonstrar que isso é normal.

Tanto que pretende processar a Carta Capital não pelo conteúdo (a denúncia do recebimento) mas pela “falsidade” de que não era Advogado-Geral da União e sim mísero subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Detalhe para fechar o pano: certamente pretende julgar a ação, para que não falte mais nada neste teatro do absurdo do surrealismo tupiniquim do século XXI.

Para sabermos onde pisamos
O senador Fernando Collor, na reunião da CPMI do Cachoeira desta terça 14 apresentou uma grave denúncia que leva ao descrédito a atuação de membros do Ministério Público federal. Ou, quando nada, ao envolvimento de alguns com irregularidades outras, além das por eles praticadas.

Revelou o senador que, exatamente em 2 de março de 2012, procuradores que se constituem braço direito do Procurador-Geral da República Roberto Gurgel (Leia Batista de Oliveira, Daniel de Resende Salgado e Alexandre Camagno de Assis) se encontraram, por orientação de Policarpo Júnior, com outros repórteres da Veja, Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel. Deles receberam documentos de inquéritos protegidos por “segredo de Justiça” que resultaram nas operações Monte Carlo e Vegas.

Para Collor, a Veja e o Procurador-Geral estão num mesmo barco, altamente suspeito de transporte de material nada regular.

Afinal, a transferência de material sob responsabilidade da PGR, amparado em “segredo de Justiça”, para a revista dos escândalos, onde o mais recente é o envolvimento com o crime e sob comando de um criminoso (Carlinhos Cachoeira) abala os pilares da respeitada instituição republicana denominada de Ministério Público Federal.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tirando o sofá

Combate à violência, modelo Wagner
Veiculando matéria divulgada pelo sítio BahiaTodaHora o Pimenta na Muqueca nos traz o primor da reação do Governo da Bahia à violência: como no bairro Arenoso, em Salvador, ocorrem constantes tiroteios, e o indigitado bairro caiu na besteira de abrigar uma creche que atende 151 crianças de 1 a 6 anos, a pretensão das autoridades beira o inusitado: retirar as crianças e manter o tiroteio.

Enquanto isso a Polícia permanecerá nos quarteis e as empresas de segurança aumentarão sua receita. 

À população uma recomendação: rezar!

Razões...

Vermelho em baixa
Diante das quase certas ausências de Lula e da Presidente Dilma dos palanques do PTdoG, o presidente nacional da sigla, Ruy Falcão, veio ajudar a campanha petista, ainda em agosto.

Em meio à dupla bangu Ruy se fez vestido de azul.

São razões que a própria razão desconhece!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Olimpíadas

Legado
Evidente que no "país do futebol" o Brasil continuar sem medalha de ouro remete a uma frustração coletiva. Tínhamos uma seleção invidualmente apta à conquista. Parece-nos ter faltado o que continua a ocorrer: decisão técnica na hora necessária.

Mas, o Brasil está entre os países que conquistaram medalhas: 15º no cômputo geral e 22º em relação às medalhas de ouro.

Ainda que vejamos nossas deficiências sob seus vários vieses uma coisa está clara: superamos muitos países de primeiro mundo, dentre aqueles com alto padrão de renda, que nem chegaram a 10 medalhas conquistadas, a exemplo de Suécia, Dinamarca, Noruega.

Das 204 bandeiras presentes 120 retornaram a seus países de mãos abanando, como o Chile e a Áustria.

Um alento!

Não deu

Estourou o dique
O Jornal Nacional desta segunda, ao noticiar a possível convocação de Policarpo Júnior e Roberto Civita pela CPMI do Cachoeira, demonstra não mais ter como blindar (como vinha blindando) a Veja e a Editora Abril por possível envolvimento em práticas criminosas do contraventor.

(Registre-se que a CartaCapital vem denunciando os fatos há meses, inclusive a evidência de prática de sequestro por Cachoeira, fato também hoje noticiado no JN).

Cabe-nos aguardar os desdobramentos. Anunciados por nós há meses. Esperamos que não busque transformar a apuração de crimes em censura à imprensa.

Há muita água para rolar, de fazer inveja a qualquer cachoeira.

Quanto custará

Para refletir
Não temos valores exatos em relação a cada Câmara de Vereadores das mais de cinco mil espalhadas pelo Brasil. A do Rio de Janeiro, por exemplo, remunera cada vereador com 15 mil reais. Mas há milhares que podem estar abaixo dos 3 mil.

São 5.070 as vagas criadas para vereador a partir da Emenda Constitucional 58/2008, elevando o número de cargos para 56.818. Se tomarmos como média a remuneração de 4 mil reais custarão ao povo brasileiro mais de 220 milhões mensalmente, superando os 2,7 bilhões anuais.

Se acrescermos as despesas somente com assessoria, na ordem de igual quantia, temos a bagatela de 5,4 bilhões de reais esvaídos do erário público. Valor que se aproxima do orçamento da Câmara Federal e do Senado, que ultrapassa, cada um, os 2,7 bilhões anualmente.

Neste ano de eleições voltaremos ao tema, em busca de mais reflexão.


domingo, 12 de agosto de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS- Dia 12 de Agosto de 2012


AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.
  

Adylson Machado

                                                                           

Grandeza



As imasolgens têm por fundo o Sol. Focadas na Atlantis a uma distância de 180 milhões de quilômetros do Astro Rei, quando se dirigia ao telescopio sol1Hubble, segundo a NASA. Na foto da esquerda é um pontinho insignificante, mais detalhado, pela aproximação, à direita.
Alguém precipitado imaginaria que a Atlantis está próxima do Sol.

 






Dois instantes de insensibilidade

Neste ano completam-se 67 anos (agosto) das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Holocausto inominável. Um crime de guerra exercitado quando o Japão partia para a rendição. Ceifou milhares de civis e mutilou irreversivelmente outras centenas de milhares.
E ainda se disseram heróis, os criminosos. Da única nação a despejar propositadamente bombas atômicas em civis: Estados Unidos.
E para não esquecê-los, outros 40 anos de quando Kim Phúc viu coberto pelo napalm o vilarejo de Trang Bang (junho). Ela e outras crianças expressam o inominável da estupidez humana.

bombanapalm

 

 

 

 

 

 

 






Negação

A práxis do Cristianismo, se a tomamos pela atuação de seus representantes nas diversas expressões, é a negação de Marcos 10:21.
Não que radicalizemos em torno do Evangelista. Mas, pelo menos, distribuir o excesso agradaria ao Mestre.

Novos tempos (o que fazem)

A despeito da massificação promovida por jornais, revistas e telejornais – de estrepitosa à sensacionalista, às vezes exagerada no tempo e espaço dispendidos para um tema quase recorrente, tanta a insistência, beira até mesmo a propaganda partidária – a resposta do povo não corresponde ao que imaginavam os propagadores. Vemos isso como resultado da forma como tudo se encontra encaminhado.
Evitando ou fugindo deliberadamente de uma análise técnico-jurídica do julgamento sob a égide do STF restou à imprensa, pela maioria de seus órgãos, buscar o caminho mais fácil: tratar de forma dicotômica uma matéria altamente complexa.
Houvesse de reconhecê-la pela complexidade não alimentaria o noticiário de bandido-e-mocinho, de culpado-ou-inocente, de condenação-absolvição.

Novos tempos (o que se perde)

O mais importante do julgamento, evidentemente uma oportunidade para escancarar uma prática rotineira no mundo político brasileiro (a pratica do caixa 2, que é crime eleitoral), está jogado no limbo pelo sensacionalismo que alimenta o noticiário, mais atento ao marketing eleitoral de partidos políticos em ano de eleições, quando alguns deles caminham sobre fio de navalha para assegurar a sobrevivência.
A postura do noticiário, pelo que temos visto, é por sua parafernália para noticiar, não o julgamento, mas o dia a dia da condenação. Esta como favas contadas, antecipada.
A intervenção opinativa e não informativa da imprensa, voltada para ver condenado, custe o que custar, o ex-ministro José Dirceu (este, o alvo maior) busca até influenciar no sentido de definir os ministros que devem ou não votar.
Temos que o jornalismo dispensou a função que lhe é própria para tornar-se, e produzir, uma faceta do que pretende ser no futuro: não tão disfarçado agente de interesses. O que nunca deixou de ser. Apenas assume mais escancaradamente.

Novos tempos (a lição que fica)

Restará ao observador isento a imagem de que querem fazer do Supremo Tribunal Federal palco e coxia de uma ópera bufa.
Para a democracia brasileira, considerando a importância das instituições que a materializam – onde o Judiciário, presente na mais alta Corte do país, a realiza como expressão do equilíbrio entre os demais poderes – o dano será maior que os benefícios. Nunca imaginamos que tivéssemos ministros escancaradamente definidos, a ponto de anteciparem voto, como o caso de Gilmar Mendes; o mesmo Gilmar que recebeu dinheiro do “mensalão” tucano-mineiro e julgará um réu que lhe passou dinheiro. Que a Procuradoria-Geral da República traduzisse absurdas teses para manter algumas acusações que não se sustentam em provas. Que a Corte tenha dois pesos e duas medidas diante de fatos idênticos.
E que, o mais doloroso, ministros batam boca diante das câmeras, como duas crianças birrentas.

Verso e reverso

A politização e o espetáculo deixarão sequelas. Dizia-se de Átila, o huno, que onde passava não nascia grama. O julgamento do denominado “mensalão” como solução político partidária, a envolver os mais variados segmentos da sociedade brasileira na defesa de particulares interesses político-eleitorais causará danos a muitos que se imaginavam imunes e paladinos da moralidade. De políticos e governantes à imprensa.
Um vendaval de apequenar Átila.

O Globo e a Globo

Os repórteres Amanda Almeida e Thiago Herdy, de O Globo, lembram que “14 anos depois de supostamente ter ocorrido, sete anos após ser descoberto e quase cinco anos depois de ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República, ainda não foi julgado o mensalão tucano — chamado de ‘origem e laboratório’ do mensalão petista pelo ex-procurador Antonio Fernando Barros e Silva de Souza – ainda não foi julgado”.
Diferentemente do esquema do PT, pelo qual todos os réus respondem no Supremo Tribunal Federal, o processo do mensalão mineiro foi desmembrado entre STF e a Justiça em Minas.
http://extra.globo.com/noticias/brasil/apos-7-anos-mensalao-tucano-ainda-nao-foi-julgado-5698785.html#ixzz22rRFRk24
Não é esse o tratamento editorial da televisão dos Marinho.

“Efeito Jorge Amado” – I

Registramos em Rastilhos da Razão Comentada (http://adylsonmachado.blogspot.com) um fato significativo a partir das comemorações do centenário de nascimento de Jorge Amado. Destacamos ali circunstâncias de grande importância, não ainda suficientemente percebidas pelo itabunense.
Ainda que não corresponda ao ideal que a comemoração exigia, o centenário de Jorge Amado deixa um legado para Itabuna, centrado em alguns aspectos: a construção da casa onde viveu o escritor em Ferradas e nela a agregação de equipamentos que contribuirão para desenvolver a cultura local, como a instalação de um teatro dentro do Projeto Galpão Cultural e uma biblioteca; obras de urbanização, à entrada de Ferradas, onde erigida uma estátua do ferradense ilustre como a afirmar o que até pouco tempo negávamos reconhecer: aqui nasceu Jorge Amado. E, para nós o mais importante: a inserção de Jorge Amado como filho de Ferradas no imaginário de seus habitantes, que começam a descobrir o que representa ser conterrâneo de tão ilustre filho.

“Efeito Jorge Amado” – II

Dentro do espírito que norteou os que se mobilizaram para a defesa do centenário de Amado (ACCODEC e a ONG ACARI), tudo começado nos idos de agosto de 2010 quando lançado em Ferradas o projeto “Irmão Jorge, 100 anos Amado”, desdobramentos ocorreram de singular significação, como a luta pelo revigoramento do espaço denominado Sala Zélia Lessa à sua destinação original de centro vocacionado às artes.
Não bastasse essa vitória, consumada com a entrega do espaço aos artistas locais, simbolizada no recebimento das chaves pela ACATE-Associação Cultural Amigos do Teatro, neste mês de julho, já na última sexta 10, a extensa programação de “Jorge, o Amado filho de Itabuna” trouxe ao Teatro Sala Zélia Lessa música, dança, poesia, depoimentos, com destaque para as apresentações do Coral Cantores de Orfeu (regido pro Zélia Lessa) e do Duo Bem-Te-Vi, que reúne holandeses residentes no Brasil.
Foram quatro horas de intensa programação, para um público que lotou as dependências do Teatro Sala Zélia Lessa.
Para nós um legado de Jorge Amado, dádiva aos que o reconhecerão na valorização de outros tantos grapiúnas que embalam e realizam sonhos de ver esta Itabuna forte e vigorosa econômica e culturalmente.

Marketing piegas

Não falta mais nada. Em política a apelação é a palavra da vez. Tempos houve em que fazer romaria a Bom Jesus da Lapa dizia respeito a promessas por curas amparadas na intercessão do padroeiro do oeste sãofranciscano. Contrição e fé moviam o deslocamento. De material as rapaduras no embornal quando do retorno.
Nas campanhas de Fernando Gomes havia uma senhora chamada Maria Rezadeira. Na campanha de 2012 temos duas, ainda que não Marias: Juçara e Acácia. É um rezar sem providência. Até a Bom Jesus da Lapa foram buscar amparo do Alto.
Os mais provocadores perguntam se tanta reza é contrição e fé ou seria pedido de intervenção do Altíssimo em relação a achados e perdidos?

Tomada de três pólos

Temos sido indagado, quando o assunto gira em torno das eleições municipais itabunenses, sobre o clima da campanha. Para muitos está em pleno andamento, com a energia motivadora suficiente.
Particularmente, temos que o processo eleitoral está morno. E provavelmente assim permanecerá, limitando-se o seu efervescimento mais no aguardar o programa eleitoral que nos humores naturais.
Para nós isso se explica por uma razão simples: acostumou-se o eleitorado à convivência com uma polarização Geraldo-Fernando, PT-PTB/PFL, nas duas últimas décadas.
Em que pese estes elementos polarizadores se fazerem presentes, não se apresentam na ponta do processo e sim como coadjuvantes. E, para complementar o que se ensaia para o futuro, uma nova força política surge no horizonte imediato, enquanto caminham para o ocaso algumas lideranças tradicionais, ainda que presentes no palco do espetáculo.
A tomada de dois pólos da política local (se tomamos para metáfora aquela que configura ramificação de uma instalação elétrica) ficou antiga e nesta eleição foi substituída por uma de três pólos. Com possibilidade de o terceiro deixar de ser neutro para tornar-se positivo.

Sindicância

A quantas anda a apuração daquela sindicância disparada através da Portaria 4.518/2012, de 04.05.2012, do Secretário de Educação da Bahia, que de imediato estabelecia responsabilidade sem determinar fatos e tempo de apuração?
Dissemos neste espaço (“Cheiro”, no DE RODAPÉS... de 6 de maio) que a indigitada peça feria os manuais de Direito Administrativo e mais voltada estava para “enxovalhar a reputação da sindicanda” antes mesmo que ocorresse a conclusão dos trabalhos.
Como perguntar não ofende, passados 90 dias de sua instalação, como andam os trabalhos e quais as suas conclusões?

Juracy

Roberto Silva – o Príncipe do Samba – marcou gerações. Sambista elegante e compositor, de cadência singular, era marca na discografia dos serviços de alto-falantes deste universo provinciano que alimentou nossas existências.
Aqui trazemos uma de suas pérolas “Juracy” (Antônio Almeida-Ciro de Souza) em dobradinha com o setentão Caetano Veloso.


Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum