terça-feira, 31 de julho de 2012

Baiano na França

Jorge Araujo
Desloca-se em outubro para a França o Professor Jorge de Souza Araujo, a convite da Universidade de Rennes.

O baiano pronunciará conferência de abertura no Colloque International Le Brésil de Jorge Amado, que ocorrerá nos dias 11, 12 e 13 de outubro, discorrendo sobre o tema “Representações identitárias e memoriais na obra de Jorge Amado”.

Estudioso da obra amadiana, sobre a qual publicou Dionísio & Cia na Moqueca de Dendê (Relume Dumará; Rio de Janeiro-2003), onde aborda o desejo, a revolução e o prazer na obra do itabunense de Ferradas, o Mestre, Doutor e Pós-doutor em Literatura pela UFRJ, também poeta, ficcionista, dramaturgo e ensaísta, atualmente professor dos cursos de pós-graduação da Universidade de Feira de Santana, continua a receber o reconhecimento internacional, onde pesquisa para muitas de suas obras, que hoje supera uma trintena.

Partido à vista

Mais um
Vem aí o Partido Pirata Brasileiro, fundado formalmente no último fim de semana em reunião ocorrida em Recife. As pouco mais de 100 pessoas de 15 estados brasileiros subscreveram o programa, o estatuto e elegeram a direção nacional.

Repercute no Brasil o ideário internacional imaginado pelo sueco Rick Falkvinge, que envolve ativistas da tecnologia e defende a bandeira da inclusão digital e do uso de softs livres, não fora a construção de políticas públicas colaborativas.

Mais um a engrossar o caudal da representação partidária. Não tarda haver mais partidos que adeptos.

Desdobramento

Sobrando para Policarpo
Há uma certeza - diante da chantagem denunciada pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, que preside o processo contra Carlinhos Cachoeira, tentada pela atual companheira do bicheiro, Andressa Mendonça - de que se torna imperativo a convocação de Policarpo Júnior, da revista Veja, para depor na CPMI que apura o caso no Congresso.

A matéria do noticiário da Globo blindou a revista da Editora Abril, ao não fazer referência a Policarpo, o que não ocorreu em outros noticiários televisivos. Declarou a chantagista dispor de um dossiê oriundo de Policarpo Júnior, correspondente da Veja em Brasília.

Nossa esperança é que tudo possa alcançar os "abutres" que se utilizam dos próprios meios de comunicação para fins escusos. 

Engrossando o raciocínio do Ministério Público, de que Andressa (mulher de Cachoeira) é membro da quadrilha, o deputado Paulo Teixeira, vice-presidente da CPMI, declarou:

“Com os acontecimentos de hoje, está colocada a relação do jornalista com a organização criminosa. Já iremos discutir a convocação na primeira reunião da CPMI”.

“Isso demonstra que esta organização criminosa está ativa, buscando corromper e constranger autoridades públicas. E que Andressa não é apenas esposa de Cachoeira, mas um membro atuante desta quadrilha, que precisa ser desarticulada."

Jogo sujo II

Requentando
Como de sua verve a Globo repetiu a matéria do JN de ontem no Bom Dia Brasil desta terça 31. Escancarada pressão sobre o STF.

Não fora jogar, de antemão, o telespectador de encontro à Corte. Prevenindo-se caso não lhe corresponda o julgamento do denominado "mensalão" aos termos de suas conclusões. Que não são nada jornalísticas.

Jogo sujo

A Globo não perdoa...
A partir do faroeste a que se oferta a Globo como referencial de justiça, o que vimos na edição desta segunda 30 do Jornal Nacional nos remeteu, de imediato, à edição de triste memória realizada em 1989 depois do debate entre Lula e Collor.

Para tristeza vemos que nada mudou na platinada quando há oportunidade de efetivar um golpe, seja ele através de uma bolinha de papel transformada em torpedo - como na campanha de 2010 - ou ativar o ânimo da sociedade na pressão conservadora sobre o STF para que realize um julgamento político em vez de técnico para o denominado “mensalão”.

Nenhuma palavra sobre o “mensalão” do PSDB mineiro, que está a envolver até transferência de recursos pelo mesmo Marcos Valério para o ministro Gilmar Mendes, tampouco o do DEM de Arruda, em Brasília. Sobre esses tem o álibi de que não estão em julgamento. Mas, se houvesse isenção, tratando-se de fatos idênticos em sua origem, caberia registrá-los pelo menos com referência de que virão a julgamento.

...manipula
Há manipulação explícita de fatos reportados à época, destituídos das informações recentes envolvendo o denominado “mensalão”.

Edição voltada para desgastar a imagem de Lula, praticamente vinculando-o aos fatos do processo, em que pese não estar o ex-presidente sendo julgado.

Absurdos postos, como o de incentivar o afastamento do ministro Dias Tófoli, sem qualquer referência à nefanda postura de Gilmar Mendes, que mesmo ferindo o dever funcional, já antecipou voto.

Assim como negar a recente manifestação, unânime, do Tribunal de Contas da União inocentando Marcos Valério quanto à origem dos recursos, à época (que a Globo insiste em tornar presente) considerados de origem pública.

Blindando a Veja
Em outro momento da mesma edição, tratando do escândalo da companheira de Cachoeira tentar subornar um juiz, a edição do JN negou referência a Policarpo Júnior, da Veja, autor, segundo ela, de dados que alimentariam um dossiê contra o juiz.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Boca no trombone

Do queixar-se ao bispo para o Bispo que se queixa
Célebre a provocação “vá se queixar com o bispo”, quando não havia saída para alguma coisa entre os que discutiam ou desapareciam os argumentos de um deles.

Presente no imaginário do povo, de tempos imemoriais, a expressão encontra apoio no tempo em que a Igreja Católica exercia tão profunda influência no poder do Estado que a intervenção de um prelado, ainda que não tivesse força de lei, quando nada fazia corar de vergonha os governantes.

Em tempos mais pretéritos os Tribunais Eclesiásticos conviveram concorrentemente, em certas searas, com os Tribunais estatais durante parte da Idade Média e o Absolutismo Monárquico até mesmo encontrou uma teoria para legitimar o monarca a partir da intervenção divina, sustentada por Jacques Du Bossuet, que afirmava ser o rei um representante de Deus na terra, razão por que da interferência e poder exercido pelos Richelieu da vida, exemplo clássico de representação d’ Aquele por essas bandas.  

O Estado laicisou-se, separou-se da Igreja, tornando-se oficialmente neutro em relação às questões religiosas e, para uma definição mais precisa, não prega nenhuma religião, destinando ao cidadão a plena liberdade de livre escolha da fé religiosa.

O prelado perdeu, assim, aquela força institucional de ser uma peça dentro da organização política (ainda que não correspondesse a um caráter administrativo), quando sua força moral, do alto do púlpito, curvava o poder temporal aos ditames do espiritual, do qual era o representante na terra.

No Brasil, a partir da Constituição Republicana de 1891 o Estado “separou-se” da Igreja, circunstância que se repete em todas as Cartas que lhe sucederam.

No entanto, o exercício da crítica cidadã não ficou alheia a representantes do Clero, ainda que correntes conservadoras da Igreja entendam não caber a qualquer deles dirigi-las ao poder temporal constituído.

Exemplo desta postura crítico-cidadã ocorreu a partir do púlpito da Catedral de São José, no último 28 de julho, durante a missa solene pela passagem dos 102 anos de emancipação política de Itabuna. O Bispo Dom Ceslau Stanula não suportou a inércia do governador Jacques Wagner na busca de uma solução para a greve dos professores da rede estadual e desancou Sua Excelência.

O mesmo Dom Ceslau, não nos esqueçamos, também desancara, ano passado, do mesmo púlpito, o poder público municipal cobrando mais eficácia na atuação em relação à saúde, fazendo-o na presença do próprio prefeito.

Os tempos mudaram, amado leitor. É o que podemos concluir. Antes, mandava-se o insatisfeito “queixar-se ao bispo”; hoje, quem se queixa é o Bispo.

domingo, 29 de julho de 2012

Impugnação

Por que não confiar
Será o assunto da semana e de todos os próximos dias. A candidatura de Azevedo impugnada em sede local. Recurso(s) para instâncias superiores, a começar pelo Tribunal Regional Eleitoral, a primeira etapa; depois, para o Tribunal Superior Eleitoral. Uma das razões, ou qualquer delas, pode remeter a decisão ao Supremo Tribunal Federal.

Particularmente aprendemos a não confiar em decisões da Justiça Eleitoral, até que difinitivas. As interpretações são construídas e alteradas no curso do périplo das várias decisões, até que alcançadas pela irreversibilidade.

Muitas vezes pouco conta o Direito em si, mas o jeito de expor as razões do Direito. E todos morrem como carneiro: sem um gemido.

Já vimos situações irreversíveis serem revertidas. E soubemos da reversão com antecedência, e mesmo do placar da votação, vazada a informação por gente da cúpula do candidato impugnado, que anunciava o benefício que lhe traria a "derrota" até então. Melhor coisa que lhe acontecia era sair-se de vítima.

Em Itabuna muitos não esquecem o "PT do tapetão", nas eleições de 2004. Ajudou a liquidar a reeleição de Geraldo Simões. 

DE RODAPÉS E DE ACHADOS-Dia 29 de Julho

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                             

Olimpíadas

A festa de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos tem conseguido surpreender a cada edição. Desde aquele humanizado Misha vertendo lágrimas na despedida nos Jogos de Moscou (1980) temos tido verdadeiros espetáculos de criação, resgatando a história e as tradições de cada povo.
A abertura dos Jogos de Londres, na sexta, conseguiu trazer novidade, depois de imaginarmos que tudo havia se esgotado nos Jogos da China de 2008.
Marcou, na mensagem, a história da contribuição inglesa para o mundo a partir da industrialização como grande foco, não afastando a literatura e a música. Nem mesmo dispensou Mr. Bean.

Compradores em potencial

cadilacEis o famoso Cadillac Town Sedan 1928 que pertenceu a Al Capone, levado a leilão neste domingo 28.
Bem que poderia ser arrematado por algum brasileiro de casta muito “ilustre”.

Onde a isenção?

cartaO ministro Gilmar Mendes, ainda que luminar do Direito, no plano ético não nos traduz credibilidade e isenção. O que significa dizer: decisões suas podem estar eivadas de menos defesa do Direito e mais dos interesses à sua volta.
Declarações estapafúrdias e ameaças a membros de outros Poderes da República fazem-no, para nós, um ator bufão em busca de aplausos. Particularmente sabemos de quem espera aplausos, ou mesmo para quem atua no tablado.
Não fora a manifestação funcional em favor de poderosos, onde o exemplo mais imediato está nos habeas corpus para livrar Daniel Dantas da prisão (não pela concessão da ordem em si, mas pelo atropelamento ao ordenamento jurídico pátrio, ultrapassando instâncias), tem se portado em certos instantes como panfletário político-partidário.
Do ministro Gilmar Mendes não podemos duvidar nada. Mas nos faltava algo além na sua capacidade de inovar. E a revista Carta Capital traz então a última pérola do fanfarrão Minésio: recebeu dinheiro do “mensalão” do PSDB de Minas Gerais, através do mesmo Marcos Valério, que ele julgará, a partir de agosto.

Inédito

Estranha essa greve de caminhoneiros. Param para pedir o “direito” de continuar a trabalhar mais com menos descanso. A lei que os beneficia e os humaniza está sendo questionada pelos próprios beneficiados.
Mais nos parece locaute, a greve dos patrões. Os que teriam de assegurar jornada de oito horas, com intervalo de descanso de meia hora a cada quatro viajadas.

Preservação

A mãe morrera logo depois do parto, deixando quatro gatinhos a miar por alimento. O leite de gado, desdobrado com água, não lhes faltava. Faltavam mamas. Que lhes foram ofertadas por Primavera, uma cadelinha poddle. Que brigava com todos que se aproximassem de “sua” ninhada.
Aconteceu ali em Itororó, no início dos anos 60. Testemunhas vivas do fato. Eu e minhas irmãs Eva, Aidil e Nancy.

Diplomacia

Há uma insistência do conservadorismo nacional em criticar a política externa brasileira e em particular a atuação de sua diplomacia. O aprofundamento da aproximação com a África, Oriente Médio e a América Latina sofre na língua viperina de parcela da imprensa como nordestino em tempo de estiagem.
Evidente que este país, para pensar mais em seu futuro (ainda que não se afaste em termos absolutos, inclusive pela impossibilidade geopolítica), não pode estar atrelado, sob a égide da submissão, aos ditames do interesse dos Estados Unidos.

Diplomacia e subserviência

Nossa subserviência recente, no período FHC, nos levou a absurdos como prometermos entrega da Base de Alcântara sem que mesmo tivéssemos, os cientistas brasileiros, possibilidade de lá entrar sem autorização estadunidense. A ALCA eram favas contadas, a partir de janeiro de 2003. E não se fale na vergonhosa postura de um chanceler tirando sapatos em aeroporto como se reles mortal portador de artefatos capazes de destruir o Pentágono ou a Casa Branca.

Diplomacia que não perdoam

No caso recente, do golpe perpetrado no Paraguai, a diplomacia brasileira tem comido o pão que o Diabo amassou. E mesmo escrevem os arautos da conservadora elite nacional – mais afeta ao entreguismo que ao nacionalismo – de que estaríamos intervindo em assuntos internos do Paraguai, ainda que reagindo nos termos contidos nas declarações que alimentam o Mercosul.
Muito diferente dos Estados Unidos (santo do pau oco, como diria  Tormeza), que não fazem outra coisa nesse mundo a não ser promover belicosas intervenções em negócios alheios. (E estamos aqui para ajudar a não esquecer sua participação na nefanda ação na América Latina, derrubando governos eleitos democraticamente em defesa da democracia contra o comunismo, o que particularmente nos deixou um legado difícil de triste memória).

Diplomacia de lá para cá

De Cláudio Humberto não podemos esperar outra coisa além do que faz. É da ideologia dele, é compromisso dele e para com os dele. Respeitamos. Mas, até que nos seja ofertada uma explicação convincente, ficamos sem entender o por quê de o Diário do Sul publicar texto de Humberto criticando a diplomacia brasileira.
Nosso espanto não decorre do texto em si. Mas porque o Diário do Sul não tem tradição de enfrentar temas polêmicos locais, estaduais ou nacionais. Muito menos temos conhecimento de que na sua editoria haja alguém que se debruce em suas páginas para lidar com o melindroso tema que é a diplomacia.
A não ser que tenha tomado essa iniciativa. O que muito louvamos.

Guerra de números I

Pesquisas de intenção de voto pululam para consumo interno, vazadas conforme o interesse da encomenda ou por quem se vê beneficiado por elas. Estudos há, em relação a reeleições, municipais em particular, de que não são os indicadores de intenção de votos o grande referencial para definir a comodidade ou não de candidato que está no poder.
Os estudos analisam em torno de exemplos concretos, onde ponderado o peso e a influência de um dado pouco apresentado por muitos candidatos à reeleição: a imagem da administração na avaliação do conjunto da obra (administrativa), que pode influenciar no resultado se este indicador apontar um percentual em torno de 25% de ruim.
Isto acontecendo, ainda que na dianteira das intenções de voto, pode o “eleito” perder a eleição em consequência de como é visto o seu gerir a coisa pública.

Guerra de números II

Levantamos essa discussão – inclusive já a levamos a debate em programa de rádio do qual temos participado (o Bom Dia Bahia, comandado por Ederivaldo Benedito, na Rádio Nacional AM, aos sábados) – diante da circunstância de tomarmos conhecimento do resultado de pesquisas não levadas a registro na Justiça Eleitoral onde estão apontadas apenas as intenções de voto da estimulada, o que inviabiliza análise mais aprofundada dos dados coletados por não estarem disponíveis aqueles acima referidos.
Tudo que nos tem chegado ao conhecimento gira em torno de certa vantagem de Azevedo, dele se aproximando Vane, que se encontraria empatado, ainda que na dianteira, com Juçara. Ou de que a realidade não é bem essa: Juçara lideraria, com Azevedo escorregando na folha de bananeira e Vane sem sair do lugar.
Mas, diante do esconde-esconde dos dados preferimos ficar com o raciocínio de que em andamento está uma “guerra de números” aguardando as urnas. Que passam pelo horário eleitoral no rádio e na televisão.

Campanha pela “princesinha”

princesinha
Por demais louvável a iniciativa dos que convocam a comunidade uesquiana em torno da preservação da velha fobica
Certamente a Professora Adélia Pinheiro desconhecia a situação e compreenderá a mobilização em favor de um dos poucos ícones materiais da Universidade.
O pombal se foi, a planta baixa do projeto original foi alterado. Que a “princesinha” não continue a enferrujar.

Peças trocadas I

Fomos a Ferradas ver o que se passava por lá. Ainda que náuseas nos alcancem quando se trata de evento ligado à administração municipal. Não porque realizações da administração local não mereçam nossa atenção e respeito, mas por ver, em meio a homens de bem, uns tipos asquerosos e nauseantes, inexpressivas figuras, carimbados papagaios-de-pirata de eventos que possam lhes garantir uma fotografia para um álbum particular onde só resta a foto e nada de feito.
Mas para lá nos deslocamos, neste sábado, porque temos acompanhado, desde meados de 2010, a atuação de alguns abnegados em defesa do resgate de Ferradas a partir do filho ilustre – que nunca negou ter ali nascido, em que pese os saudosistas e pessimistas desta terra se utilizarem dessa afirmação negativa, que desconhecemos como nascida de Jorge Amado.
Visando transformar aquele espaço da geografia urbano-itabunense num centro cultural para Ferradas trouxeram, inclusive, um evento internacional – a XI Edição do Mercado Cultural, em novembro de 2011.
Para tanto, revitalizar a casa onde viveu Jorge Amado parte de sua tenra infância integrava o propósito. Adicionaram os idealistas transformá-la também num espaço de ações culturais concretas, onde instalado um Galpão Cultural.
Lutaram e conseguiram do prefeito Azevedo o compromisso de verem inaugurada a casa do escritor ferradense, onde só havia terreno e mato, e nela acrescer Galpão, biblioteca e museu. Não se negue: o prefeito cumpriu e a obra foi inaugurada neste sábado 28. Como também um símbolo do resgate que o idealismo almejou, com a estátua do ferradense no trevo recém-construído na entrada do bairro.
Peças trocadas II
Para lá nos deslocamos, esperando ver autoridades ao lado do povo de Ferradas, representantes da ACCODEC (a associação local) em festa todos para lembrar Jorge Amado. No entanto, visualizamos um punhado de pessoas para momento tão nobre, numa Ferradas onde muitas portas estavam fechadas como gesto mudo de repúdio.
Tudo precedido de propaganda eleitoral indevida e ilegal. Não fora o repertório brega que o mesmo veículo decidiu tocar.
Para coroamento, não podia faltar um símbolo amadiano: uma Gabriela. Que parecia em fim de carreira. Como a imagem de muitos que integram a administração de Azevedo e se faziam ali presentes.

Dinheiro do Santander

Uma placa do Santander enfei(t)a a parede lateral direita na sala de entrada da casa de Jorge Amado em Ferradas, acima de cópia da certidão de nascimento do ferradense. Não está de graça.
Não temos a razão imediata, mas sabendo que onde há nome de banco há sinal de dinheiro circulando, como cidadão gostaríamos de saber quanto o Santander andou distribuindo para ter o nome na parede da casa do ferradense ilustre.
E mais: se houve autorização da Câmara Municipal para tanto. Afinal, a Casa de Jorge Amado em Ferradas é espaço público, por integrar o patrimônio cultural do município.

Juçara está certa I

Melhor assumir a realidade e afastar, de logo, imagens que possam prejudicar a sua campanha. Assim, defendemos a posição de Juçara/Acácia no que diz respeito a desvincular Jacques Wagner e Geraldo Simões de sua propaganda eleitoral. Hoje mais pesadas do que chumbo lançado em piscina.
Como desculpa, no entanto, afirmar que a razão de exibir material de propaganda onde só apareçam mulheres (Dilma, Juçara e Acácia) está vinculada a legitimar a chapa local como força eleitoral feminina, dá para enganar alguns, mas não convence.
E não convence por uma razão elementar: não se dispensa em processo eleitoral apoio, muito menos se ele vem de imagens já vinculadas no imaginário da sociedade. Não se pode dizer que um Governador de estado reeleito e um deputado federal em terceiro mandato e ex-prefeito por duas vezes – não fora o distante mandato de deputado eleitoral – não teriam peso em sua campanha pela circunstância de serem homens/masculinos (preconceito de gênero).

Juçara está certa II

Ocorre é que grande mesmo é o peso de qualquer candidato em Itabuna – para não dizer da região – dizer que tem o apoio de Jacques Wagner. Pior, no caso particular, dizer que o tem de Geraldo Simões, imagem desgastada e sofrível (ainda que seja injusta a afirmação, para alguns), hoje às voltas até com uma denúncia junto ao Conselho de Ética da Câmara Federal.
Juçara está certa mesmo. Basta o peso de uma imagem que lhe outorgaram e que lhe pode ser cara: a de ausente da realidade do povo e de ser candidata imposta ao PT por ser mulher de Geraldo Simões.

E por falar em Olimpíadas

Porque é tempo de confraternização olímpica trazemos o tema principal da trilha de Carruagens de Fogo, de Vangelis, posto na abertura do filme que aborda a luta e determinação para superar dificuldades e alcançar vitórias. Com um detalhe particular: serviu de mote para o humorismo de Mr. Bean na abertura dos jogos de Londres, nesta sexta 27.

Cantinho do ABC

caboco28 de julho de 2012. Dia, mês e ano do Jubileu de Ouro do ABC da Noite. Fomos visitar o filósofo do Beco do Fuxico na antevéspera da efeméride histórica. Meu filho André acompanhando. Cumprimentos rolaram. E provocamos a verve alencarina:
– Cabôco, 50 anos na cacunda do ABC não é pouco para você!
– É, Cabôco – investe o filósofo – pelo menos você tem idade para tentar outro cinquentenário. Eu não.
– Certo que não dispensamos você por companhia, que tem vocação para Matusalém – dissemos. E prosseguimos no mote:
– O que não lhe falta é mato para percorrer.
– É, Caboco, muitos matos além! – fechou a cena o filósofo do Beco.
Só nos restava anotar mais uma. Para a segunda edição de O ABC do Cabôco.

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Olimpíadas

Nadia Comaneci
O périplo olímpico, ora sediado em Londres, tem início oficial nesta sexta. Em que pese de fato já haver começado, especialmente para nosso futebol feminino e masculino.

Nestes anos todos, desde que nos foi possível acompanhar a competição diretamente, não nos sai da mente a impecável apresentação da romena Nadia Comaneci, com quinze anos por completar, nas Olimpíadas de 1976.

A elegância e perfeição fazem dela uma figura difícil de ser superada. A apresentação na trave continua irrepreensível, assim como nas barras transversais e no cavalo. O que dizer da ginástica artística, que a brindou com a nota máxima? Ainda nos impressiona a saída em todas as competições.

Inesquecível!

Academia de Letras Garrafais

Cinquentenário
Neste sábado 28 completam-se 50 anos de existência de o ABC DA NOITE, sede da primeira academia itabunense: a Academia de Letras Garrafais. Despretenciosa, aceita todos os que lutam por seu lema de nela "entrar para trocar ideias e sair com as ideias trocadas".

À frente do comando da sede o famoso Cabôco Alencar, nascido Alencar Pereira da Silveira, que, sabendo quão difícil é a sobrevivência com a Literatura neste país, pensou uma saída: um botequim para servir batidas ao qual deu o nome de ABC da Noite.

Em respeito ao feriado municipal do dia 28, aniversário da cidade, o filósofo Cabôco Alencar decidiu antecipar as comemorações do cinquentenário para a sexta 27, sem nenhum óbice dos confrades de academia.

Afinal, eventos distintos e inconciliáveis, dado o que motiva cada um a manter sua identidade.

Ganhos e perdas

Convocação
Geraldo Simões convoca a militância que, para a cúpula da campanha, não entrou ainda no rítmo. A coisa parece não andar bem a ponto de o próprio deputado, líder máximo, assumir a convocação.

Tempos outros, bem diferentes daqueles de antanho, quando a turma ansiava por uma eleição para desfraldar bandeiras e agitar a cidade.

Hoje. anda um tanto borocoxô (em todos os significados) a ponto de influenciar atitudes. Como a de um candidato a vereador de um partido coligado à majoritária, trabalhando só por seu nome.

O de Juçara... que se vire!

Desconvocação
Uma das muitas frentes atraídas por Geraldo para a campanha petista está indo por água abaixo. Fernando Gomes anuncia apoio a Azevedo.

Não sabemos se por convicções ideológicas ou se a pedido de um fiel companheiro que se encontra magoado com o descumprimento do prometido por Geraldo Simões quando da compra da Difusora.

GS perdeu companheiros por causa da busca por fernandistas, a ponto de dizer que compensaria as perdas com as novas conquistas, oriundas de FG.

Pedeu dos dois lados!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Socializando o espaço e construindo razões

Alquimia
Demos de enveredar - este neófito e primata em tecnologia de rede - no acolhimento de textos de amigos que integram a confraria dos que querem, de uma forma ou de outra e dentro da liberdade do livre pensar, construir Itabuna.

Recebemos de Antônio Nunes de Souza parte de sua ironia em relação ao nosso cotidiano, a partir da defesa de Leahy, docemente alcunhado pelo autor de Vida Louca de "Charles Lee", o Gafanhoto do Shaolin tupiniquim-grapiúna, dado a recente defesa em torno do que dissera nosso alcaide a um jornalista.

Como não dominamos a tecnologia exigiremos do leitor o trabalho de buscar/abrir a janela "Artigos e Crônicas dos Amigos do Blogue" para dispor da íntegra do texto, até que aprendamos a remetê-los através da tecnologia que pretendemos absorver no mais breve espaço de tempo.

Abaixo, a amostra do que encontrará:


                                      "O que será que ele disse?

Mediante a polêmica atitude do meu querido amigo Carlos Leahy, secretário municipal, com relação a sua reação a negativa do repórter de entregar o conteúdo da entrevista do Capitão Azevedo, não querendo fazer análises comportamentais d’ele ter se transformado em "Charles Lee" o Gafanhoto do monge "Shaolin" e, num movimento de um perfeito e bem treinado ninja, apoderou-se do pequeno aparelho, só devolvendo tal equipamento horas depois já com as gravações apagadas, não deixando nem rastros para que possamos ter uma idéia do que teria dito o nosso sapeca e falador alcaide que, nós munícipes pobres mortais, não tenhamos o direito de saber!

Lógico que, mediante tal alvoroço causado no meio da solidária e corporativa mídia, nos deixou curiosos em saber que declarações foram feitas pelo nosso administrador (?), que poderiam ir de encontro a sua campanha de reeleição ou incriminar alguém da sua diversificada e semi-eficiente estafe aninhada nos aconchegos do paço municipal, abrigada pela força dos políticos que apoiaram sua eleição e, conseqüentemente, têm interesses que sua reeleição seja uma realidade para a continuação das benesses existentes!

Infelizmente, só nos restou fazer algumas conjecturas e, mediante as circunstâncias existentes, algumas deduções dentro das nossas imaginações, tomando por base tudo que ocorreu e vem ocorrendo nessa desastrosa e inusitada gestão (?) municipal, já classificada pelo povo como a mais denunciada das últimas quatro décadas!

Será que ele disse(?):

Estou trabalhando para poder, se reeleito, fazer uma administração igual a essa nos próximos quatro anos!"

Acesse a janela para ler a íntegra.

A que chegamos

Queda e coice
O noticiário local anuncia mais uma expectativa/certeza de uma epidemia de denque - evoluindo para tipos mais graves como o 4, inclusive - e a ordem da bandidagem de determinar o fechamento de colégios no Santo Antônio, submetido a toque de recolher.

Na sabedoria popular a expressão quando não é queda é coice se aplicava à circunstância de azaração de um indivíduo ocorrida em sequência; mal saía de uma caía em outra. Esta vertente parece estar se tornando lugar comum em Itabuna.

A coisa por aqui não mais está nem para a alternativa é queda ou coice, sucessivamente. É queda e coice; ao mesmo tempo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vitória

Outros caminhos e parcerias
A retomada da gestão plena da Sáude pelo município de Itabuna retira do candidato Azevedo uma de suas estratégias de campanha: a de que a culpa pelo estágio degradante em que se encontrava a saúde pública itabunense decorria de perseguição do Governo do Estado.

No entanto, mais ganha do que perde. Não são somente os recursos. Reforçará o seu discurso pelo viés de que, na visão republicana posta à luz pelas administrações de Lula e Dilma Rousseff, não cabe ao PT o privilégio ou o monopólio da intermediação real e natural de transferências governamentais. Ou seja: com o PT no governo federal todos são iguais e igualmente atendidos, basta que "tenham projetos", argumento que já andou ensaiando. 

No entanto, se quiser beneficiar-se terá que aplicar os recursos ampliados para mostrar que a afirmação anterior era verdade, o que justificava até sua busca por uma intervenção judicial para solucionar o problema.

A Resolução n. 4, consolidando o "Pacto pela Saúde", novo sistema de gestão do SUS, demonstra cabalmente que a ação do Governo Federal está voltada mais para soluções e menos para politizações. Tempos bem diferentes de uns ainda vivos em nossa memória.

Basta, de ora em diante, a renovação anual do TCG (Termo de Compromisso de Gestão), que substitui o anterior processo de habilitação, para que ocorra a transferência de recursos para a Atenção Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde. Em linguagem simples: pactuação direta entre o Município e o Governo Federal.

Por outro lado, para Azevedo, como candidato, está aberto um caminho para ampliar a estratégia da campanha, partindo do mote de que "ele" é também parceiro do Governo Dilma, parceiro da seriedade.

Se o povo acreditará é outra coisa! 

A pomba e o porre

Nem Dom Eugênio admitiria
Anunciaram como manifestação divina em torno de um santo que se encontrava velado. Uma pomba - sempre ela, desde Noé - sofre mais uma vez. Nas mãos de uma provável manipulação. Trata-se da que pousou sobre o caixão de Dom Eugênio Salles.

Exibido o fato como um fenômeno da presença de algo extraordinário para traduzir a importância do falecido, a televisão (a Globo, com detalhes) mostrou a "insistência"  da columbídea em buscar o espaço sobre o qual repousava o corpo de Dom Eugênio. Voara da mão de quem a amparara como porto primeiro e a portara até a cerimônia fúnebre para posar ao lado do exemplo de vida que aguardava ser levado à tumba.

Claro que tudo poderia ter ocorrido de forma natural e mesmo uma ave de estimação, criada e educada para conviver com o grande número de pessoas presentes, a ponto de não fugir delas.

Sobre o episódio até um respeitado teólogo e parapsicólogo mineiro, José Reis Chaves, se desincumbiu de ofertar uma explicação "científica" (afinal, os parapsicólogos expõe em torno dos fenômenos espirituais como se o fizessem com regra, compasso e esquadro, para delimitar-lhe uma precisão tal, que só a Ciência se permitiria fazê-lo), saindo-se com a pérola de que "no citado episódio, não é Deus que desceu em forma de pomba, mas um espírito de Deus, falando em nome de Deus".

E, admitindo a "incorporação": "Trata-se da manifestação de um espírito que gosta dele e de suas ideias, e que, por isso, se manifestou daquela forma".

Mas como não falta incrédulo que assuma a responsabilidade e o dever social de combater quem explora a parvoíce humana, alguém resolveu estudar o fenômeno utilizando-se simplesmente da íntegra do vídeo (essa internet torna-se às vezes inconveniente) onde parte fora exibida na televisão para os quatro cantos do universo. E descobre que a pomba não apareceu por lá; fora levada por um funcionário da Cruz Vermelha que, piedoso, procurou o cinegrafista e combina com ele o voo da columbidae.

Em seguida, o que foi editado: ave presa nas mãos lançada sobre o caixão, que estava a um metro (afirma-o o desmistificador). A pomba lá pousou e lá ficou. Corte.

Observa ainda Carlos Newton, em texto publicado no Tribuna da Imprensa on line desta segunda 23, que, não tardou, a pomba voou para o teto da catedral e ficou por lá, parada.

A propósito - aventa Newton e com ele concordamos e acrecentamos -, a pombinha bem podia ter sido levada a comemorar alguma coisa e ficou lesa, como aqueles canários, papagaios, sofrês e cardeais mansinhos apoiados no dedo do vendedor em feira-livre ou beira de estrada e que logo que passava o porre (já no dedo do comprador) davam de reencontrrar a liberdade.

De nossa parte queremos entender que a pomba preferiu a catedral, lugar mais sagrado. Não porque não visse méritos no falecido. Mas não gostou coisíssima nenhuma de vê-lo sob um necrológio que lhe outorgava a "salvação" física de milhares de perseguidos pelas ditaduras latinoamericanas.

Afinal, tinha programa dominical na Globo, escrevia n' O Globo e, para completar, tanto Hildergard Angel como Sebastião Néry testemunharam em texto que Dom Eugênio Salles podia ter todos os méritos, menos aqueles que lhe punham quando não mais podia desmentir.

Ou, ainda especulando, considerando o caráter conservador de Dom Eugênio Salles, não gostou nada daquela ideia que alguém poderia aproveitar: de ser ela, doce pomba, "manifestação de quem gosta" das ideias do falecido.

domingo, 22 de julho de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS-Dia 22 de Julho


AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Silêncio de convento

demosAssim podemos metaforizar o simbólico silêncio dos pares de Demóstenes Torres no Senado da República assim que as denúncias contra ele se transformaram em espuma de sabão na folha de bananeira que lhe deram a pisar a caminho do cadafalso que preparara para si.
Dos 80 senadores em plenário no 11 de julho 56 votaram pela cassação e  24 transitaram pela absolvição (19) e pela abstenção (5). “Apoio” muito diferente do ocorrido da sessão da Casa, de 14 de março, quando discursou o hoje ex-senador negando as denúncias de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, encontrnado apoio de 44 dos pares presentes, dentre eles Marta Suplicy e Eduardo Suplicy (PT), que rasgaram seda para enfeitar o denunciado.
Mas não estavam sós: outros senadores, dentre eles Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Roberto Requião e Luís Henrique (PMDB) Randolfe Rodrigues (PSOL), Cristóvam Buarque e Pedro Taques (PDT), Carlos Valadares (PSB), Inácio Arruda (PCdoB), Mozarildo Cavalcanti (PTB), Paulo Paim e Jorge Viana (PT), Francisco Dornelles (PP), João Ribeiro (PR) reconheceram os “valores” de Demóstenes, ainda que arrasador fosse o peso das denúncias. Muitos falaram em nome de seus partidos. Dispensamos citar nomes do PSDB e do DEM por razões óbvias.
Hoje todos juraram voto de silêncio.

Terrorismo

Alguém, no teatro, sentiu algo cutucando o seu assento e ao buscá-lo percebeu que se tratava de uma agulha acompanhada de pequena e mortífera nota: “Você acaba de ser infectado com HIV”. Agulhas infectadas já foram encontradas em caixas eletrônicos e outras máquinas públicas.
Os detalhes acima os recebemos através de correio eletrônico e os fazemos circular e recomendar aos que nos lêem a transmissão das cautelas compatíveis.
Exagero que fosse, mal nenhum causa redobrar a atenção. Não custa ficarmos atento – diria  Tormeza

Até que enfim

Com alegria vemos, a partir das últimas edições da CartaCapital, que as regras do bem escrever e redigir começam a ser plenamente respeitadas. O quase nunca levado em conta hífen dobrado começou a merecer a atenção dos redatores da semanal.
A utilização do hífen dobrado se torna imprescindível para permitir ao leitor diferenciar o que é uma separação silábica (hífen simples, no fim da linha superior, dividindo a sílaba) do símbolo que representa a separação de palavras compostas (o primeiro, na linha superior; o segundo, “no início da linha imediata”).
Perguntaria o leitor desacostumado com a regra (que sempre constou dos Acordos Ortográficos) a razão por que da exigência. A resposta é simples: separar as sílabasda palavra me-ni-no remete a compreender que menino é uma palavra única; diferentemente de separar as palavras da composta rosa-dos-ventos.
Neste último caso, se a separação for das sílabas de rosa – hífen simples – mas se derosa-dos – hífen dobrado. É a regra posta na Base XX, Da Divisão Silábica, item 6º, do Novo Acordo Ortográfico: “Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-emos, vice- -almirante”.
Parece complicado, mas é que falta escola para ensinar e textos para ler. Os livros didáticos respeitam a lição. Que levamos a sério, ao pé da letra, em nossos “Amendoeiras de Outono” e “O ABC do Cabôco”. E a CartaCapital começa a fazê-lo.

Chamando às falas

alpinoNão há dúvida de que a Presidente Dilma vai dando a cor que pretende a alguns temas brasileiros, tradicionalmente acomodados no bem-bom de viverem eternamente na rede sem incômodo. Nem o futebol escapou, quando o que dele afeto ao Governo justificou a pressão para aproveitar a oportunidade trazida por denúncias do exterior e a CBF – mesmo remunerando mensalmente o ex – substituiu seis por meia dúzia, afastando Ricardo Teixeira.
De maio para cá já percebemos nitidamente sinais desses tempos: pressão sobre o sistema bancário, que resultou na redução de juros; ações do Ministério da Saúde suspendendo a venda de novos planos de saúde, alcançando operadoras que não correspondiam ao que prometiam e, recentemente, a suspensão da venda de novos planos pelas teles.
Não sabemos se alcançará todas as metas que tenha em mente.

Eleições de ontem

Todo cuidado é pouco. Está vindo à tona a armação muito bem elaborada, envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o ex-policial e araponga Dadá, Mino Pedrosa (da Istoé), Vedoin Trevisan (dos sanguessugas), em torno do que ficou famoso como “escândalo dos aloprados”.
Fica muito claro, através de gravações da Operação Monte Carlo, que tudo foi armado contra o PT, para atingir o então candidato a reeleição Lula. Mino Pedrosa chega a falar que tem a “bala de prata” para “matar o barbudo”. O PT caiu como um patinho.
Tudo na CartaCapital desta semana.

Eleições

A eleição para a prefeitura de São Paulo torna-se alvo de atenção. Não pelo fato de ser o maior centro urbano do país, mas por dispor de dois elementos de significação específica: a candidatura de José Serra, que já foi de prefeito e ex-candidato a presidente da República por duas vezes (participando de quatro das cinco últimas eleições) e o apoio de Lula a Haddad.
A última pesquisa de opinião divulgada pelo Datafolha mostra a dificuldade que Serra enfrentará: continua patinando em 30% das intenções de voto, ainda que conhecido por 99% da população, que tem 37% que o rejeitam.
Celso Russomanno, do PRB, alcança 26% das intenções de voto e Fernando Haddad, do PT, chega aos 7%.
Detalhes: 55% dos paulistanos não conhecem Haddad e 60% tendem a se deixar influenciar pela indicação de Lula.

Novo partido

Não se afobe o eleitor. Teremos mais um partido, provavelmente, disputando as eleições em 2014: o PEN-Partido Ecológico Nacional, com o simbólico número 51.
Oficializado no último 19 de junho, ligado a evangélicos, já contaria com 30 deputados estaduais e 2 federais, pretendendo alcançar outros 18 na Câmara Federal dentro em breve.

Julgamento abalado

A decisão do Tribunal de Contas da União, reconhecendo validade dos contratos celebrados por Marcos Valério e o Banco do Brasil pode ser uma reviravolta no julgamento da Ação Penal 470 no STF, no particular da alegada “compra” de parlamentares para votar com o Governo.
Comprovado que o dinheiro das empresas de Marcos Valério era legal fica afastada a hipótese de que recursos públicos irrigaram o denominado mensalão.
Recursos privados, quando muito, ajudam, e ajudaram, a formar Caixa 2.

Chegando a hora

mensaLevada ao pé da letra a fala do próprio Presidente do STF, Ministro Ayres Brito, da necessidade de um “julgamento técnico” para os envolvidos na famosa AP 470, significa dizer (avaliando com isenção técnica a prova dos autos), que é palpável a absolvição para os acusados pelo denominado “mensalão” (tradicional Caixa 2 que alimenta campanhas políticas que a imprensa em geral insiste em dizer que foi compra de votos de parlamentares para atender aos interesses do Governo e do PT).
Para quem teve acesso aos termos do relatório do processo não encontra uma mísera linha que justifique a existência do “mensalão”, a não ser pelos desdobramentos políticos através da imprensa que tal expressar remete.
Mas o circo está armado e o balcão apto a receber o quem dá mais para divulgar a inverdade tornada axioma.

Rsrsrsrsrs

Tem gente entendendo que o prêmio Kluge recebido por FHC nos Estados Unidos equivale ao Nobel na área das ciências humanas. Ainda que manifestação da apaixonite aguda reconhecemos e respeitamos o direito inalienável de quem assim veja.
Só falta enxergar.

Triste realidade

violenciaAo tempo em que escrevemos estas mal traçadas linhas Itabuna estava a caminho de ultrapassar o centésimo homicídio, no imediato de uma caminhada pela Paz acontecida na Cinquentenário na quinta 19.
Os jovens alimentam a fatídica estatística com um índice percentual alarmante. A puberdade para algumas camadas da população tornou-se “zona de risco”.
A charge de Duke parece dirigida para quem lê e ouve o noticiário policial de Itabuna.

Leninha

Análise de fatos políticos não exige lógica, se a buscamos com régua e compasso, cientificitude. A não ser quando traduz informação. Mas, para isto, a palavra já o afirma: informação. Daí porque especular é a lógica do que opina ou analisa.
Reencontrando espaços no noticiário local, Leninha afirma que pretende apoiar alguém nas próximas eleições, não tendo ainda se decidido.
Cremos que terá dificuldades de acompanhar o PMDB, diante do que viveu no partido. Assim, difícil entrar na campanha de Azevedo.
Muito possível que venha a apoiar Juçara. Cremos nisso considerando as razões por que da visita de Leninha à casa de Geraldo. Razões fortes.
Caso supere o trauma Leninha escolherá outro caminho. Mas o trauma pode persistir.

Josias x Geraldo

Observadores e analistas políticos sabem que as eleições municipais tornaram-se importante instrumento para a formação das bases que alimentam as eleições majoritárias e proporcionais estaduais e federais. Sob este prisma acompanhar os passos das alianças entre deputados estaduais e federais nesta municipalizada possibilita verificar a formação do mosaico de cada um para 2014.
Neste particular, observando os dois federais mais próximos de nós, considerando Ilhéus e Itabuna, em nível de espaços locais, Josias Gomes está se arrumando melhor que Geraldo Simões.
Cabe verificar a dimensão das conquistas. No quesito aritmético nos parece Josias melhor. Geraldo está perdendo.

Onde há fumaça há fogo

Dia desses o DEM baiano negou a possibilidade de se fundir ao PMDB. Para nós não haverá surpresa caso o resultado eleitoral/2012 não seja o esperado pelo Democratas. Ainda que não seja a extinção do partido na Bahia ocorrerá certamente uma defecção significativa de quadros renomados para unir forças para derrotar Wagner.
Inspirado em  Tormeza, diante da alusão, ficamos com a sabedoria popular: onde há fumaça há fogo.

Para o anedótico

Nos primeiros passos da campanha eleitoral os mais aquinhoados vão botando as mangas (carros de som) de fora. Os candidatos em igual condição (financeira) inaugurando comitês de campanha com o tradicional foguetório. Caminhadas de menor dimensão, chamadas corpo a corpo, vão testando a imagem dos candidatos e a reação da população, não tão exaltada ainda.
Na semana morna de inauguração de comitês e de corpo a corpo dos candidatos pela cidade restou o hilário acontecido na instalação do reduto de Azevedo, na Mário Padre. A militância ativada pelos interesses vários (afinal, no caso específico, muitos carecem de defender a manutenção do pirão) ouvia discursos quando a presidente da FICC, ex-bailarina, advogada, poeta e pedagoga, não se conteve e buscou capitalizar o momento para melhorar a sua imagem (assim deve ter pensado) e foi anunciada ao microfone.
Não será esquecida, não só por desconhecer o ritmo da retórica da tribuna (ainda que advogada) e lascou (eis um verbo com caráter adjetivo) fala: “Oi, gente! Falar de Azevedo? Azevedo é uma delícia!”
Se a estrepitosa vaia interrompeu o discurso muitos viram no olhar de Azevedo um brilho, de estranheza ou alegria, por tal elogio em plena praça pública.

Sala Zélia Lessa

Evento ocorrido na última quinta 19 marcou a entrega da Sala Zélia Lessa ao mundo artístico itabunense. O espaço estivera desativado de sua função durante duas décadas e ensaia retomar sua vocação.
Desde julho de 2011 alguns artistas e pessoas ligadas aos movimentos culturais tomaram a iniciativa de recuperar junto ao Município de Itabuna a destinação original da Sala Zélia Lessa (inaugurada em 1986 pelo então prefeito Ubaldo Dantas, atendendo aos reclamos da classe artística da época), conseguindo da administração o compromisso de entregá-la neste julho de 2012, o que acaba de ocorrer.
A cerimônia, de especial significado para o mundo artístico itabunense, contou com presença da Professora Zélia Lessa, do vice-prefeito Antônio Vieira, de secretários da administração municipal, de membros da ACATE-Associação Cultural Amigos do Teatro, do Clube dos Poetas, da Academia dos Pensadores, da AGRAL-Academia Grapiúna de Letras, do diretor da FTC, Cristiano Lôbo, de escritores, de jornalistas.
A primeira e entusiástica reação dos muitos artistas que não puderam se fazer presentes coube ao ator Jackson Costa – um dos muitos que tiveram no espaço da Sala Zélia Lessa o primeiro palco para desenvolver sua arte – enquanto de Itabuna apenas seis atores e atrizes marcaram presença, uns poucos de uma categoria que chora e lamenta a ausência de um espaço para suas realizações. 
Tais ausências, no entanto, não escondem o brilho e a histórica retomada do espaço, que já começa a ser preparado para a agenda que será em breve anunciada para este semestre.

Lembrança e História

Em homenagem ao retorno da Sala Zélia Lessa para o convívio artístico itabunense trazemos uma pagina musical que integra a trilha de Calabar, peça de Chico Buarque e Ruy Guerra, ali montada nos anos 80 com participação dos muitos ex-alunos de Mário Gusmão, como Jackson Costa, Carlos Betão, Eva Lima, Adriana Dantas, Marcos Cristiano, Ramon Vane, com música ao vivo da Banda Energia Azul (João Veloso, Zé Henrique, Jefferson Blue, Joan Nascimento), coreografia de Iranto Quadros e direção de Roberto O’Hara (também ator), de Belo Horizonte, que trouxera texto, figurino e cenário, selecionando o elenco na região. As apresentações aconteceram na Sala Zélia Lessa, em Itabuna, e em Ilhéus e Ibicaraí.
Para registro musical da histórica oportunidade, “Tatuagem”, de Chico-Guerra, em visceral interpretação de Elis Regina.


Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sábado, 21 de julho de 2012

Antes que o mal cresça...

Não é paranoia
Alguém, no teatro, sentiu algo cutucando o seu assento e, ao buscá-lo, percebeu que se tratava de uma agulha acompanhada de uma pequena e mortífera nota: “Você acaba de ser infectado com HIV”. Agulhas infectadas já foram encontradas em caixas eletrônicos e outras máquinas públicas.

Os detalhes acima os recebemos através de correio eletrônico e os fazemos circular e recomendar aos que nos leem a transmissão das cautelas compatíveis.

Exagero que fosse, mal nenhum causa redobrar a atenção. Não custa ficarmos atento – diria Tormeza.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Coincidências

Pode não ser, mas...
Pode não haver nada entre si. Mas há uma certa e suspeita coincidência em ameaças a um promotor, amedrontamento a uma juíza e a recente morte de um policial .

Todos diretamente ligados às apurações e decisões em torno do caso que envolve Carlinhos Cachoeira e a Operação Monte CArlo. 

Ainda que não seja, vai dar pano para manga.

Chamando às falas

Sinais
Há poucos meses (maio) inciativas contra o sistema bancário que influenciaram na baixa dos juros; recentemente ações concretas do Ministério da Saúde contra as operadores de Planos que não correspondem ao que vendem; agora, a suspensão de venda de novas linhas para as teles.

Nos parecem sinais evidentes de que o Governo começa a pensar nos interesses do povo e não nos dos bancos, dos planos de saúde e das teles.

Dia do Amigo

Parodiando Vinicius
Como disse o poeta Vinicius de Moraes, " A gente não faz amigos, reconhece-os".

Assim, não pense em fazer amigos; reconheça-os.

Nossa homenagem e abraço aos amigos todos que nos acompanham.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Estranho

Razões
Há profissionais na advocacia cujo nome e fama asseguram vultosa remuneração para que se ponham a serviço deste ou daquele cliente.

Estranho que, sem patrimônio e renda que demonstrem suficiência, alguém contrate sem dispor de recursos ideais.

Das duas uma: ou tem poupança ou alguém lhe transfere os meios materiais.

Ou outras duas: a preocupação pode ter razão ou pode ser terceirização da preocupação alheia.

Onde mora o perigo

Mais proveitoso
O deputado Luciano Simões (PMDB) representou contra o Governo do Estado junto ao Ministério Público Eleitoral pretendendo apuração em torno do que considera muito estranho: o repasse de cerca de 16 milhões de reais para ONGs neste período eleitoral.

Os recursos - amparados em contratos/convênios firmados com a Secretaria de Agricultura da Bahia, publicados no Diário oficial de 30 de junho - alcançam o universo de 44 ONGs, para promover atividades que órgãos como o EBDA podem realizar.

O deputado poderia ir mais adiante: acompanhar a prestação de contas destas ONGs. Inclusive de recursos transferidos nestes últimos anos, àquelas que os tenha recebido. Pode encontrar surpresas.

Muitas utilizam de um expediente ainda mais estranho: pagar a terceiros quase a totalidade dos recursos recebidos. Aí mora o perigo.

E há risco de cheirar mal.

O verdadeiro prêmio

Obstinação
O retrato da premiação divulgada no Dia do Cacau, comemorado na sede regional da CEPLAC no último domingo 15, traduz vitórias individuais que repercutem positivamente na retomada da cultura cacaueira como referência para o produtor rural.

Do "Cacauicultor do Ano", Jorge Roque Carilo Pinto e sua Fazenda São Jorge, em Rio do Braço, em Ilhéus, que ofertava 100 arrobas/ano quando da aquisição, em 2001, e viabiliza a possibilidade de 2.200 para a safra 2012, a lição de que técnicas bem aplicadas, a proteção ao meio ambiente e investigar experimentos (como o fez com o uso da Sacarose) premiam e mostram que há esperança para a região.

Do "Agricultor Familiar Destaque", Manoel Ismael de Jesus, e suas pequenas São José, com 20 hevtares, e Nova São José, com, 7,5, na região do Tatu, distrito de Guerém, em Valença, apoiado na diversidade de culturas (cravo, guaraná, urucum, cacau), a tradução e a plenitude do conceito de agricultura familiar, sustentando seus oito filhos, seis netos e treze irmãos.

No fundo, assim vemos, são exemplos dignificantes de que a mãe Terra, mais tratada e menos explorada, sob a obstinação de produtores como Jorge Roque e Manoel Ismael, constitui o verdadeiro prêmio: para o cacau e o homem que dele cuida, praticando a virtude da esperança.

Perdendo o senso do ridículo

Da FICC fiasco...
A FICC marcou no então presidente Cyro de Mattos a síndrome do NA (necessidade de aparecer), um mal que acomete àqueles que carecem dos espaços que ocupam mais para aparecer que para expressar os méritos que possuam. Cyro, pelo menos, tinha méritos próprios, já que consagrado poeta e contista.

Não é o caso da atual ocupante do cargo, que se anunciou poeta, pedagoga, ex-bailarina e advogada sem que conhecêssemos uma só de suas apresentações de dança, uma só de suas petições, qualquer poema seu ou exercício da atividade ou trabalho acadêmico em torno da Pedagogia.

Famoso ficou, dentre suas portentosas "ações" - que caiu no anedotário pela tremenda barrigada (expressão do jornalismo para uma notícia fundada em premissas falsas) - o anúncio de que a FICC, por ela gerida, custeou um veículo para o envio de uma caravana de artistas itabunenses à Ilhéus para a "seleção" de atores para a série Gabriela e a não menos famosa promoção de "caldo" regado a "bebida" custeados pela instituição, onde não faltavam homenagens à "mãezinha da classe artística".

Não fora isso, se não possui méritos literários (como os tinha o antecessor) os tem à forra como papagaio de pirata e não perde oportunidade para apresentar-se.

Ainda que não tenha a virtude de perceber o senso do ridículo a que se expõe.  

... para o mundo do ridículo  
Sob esse viés, a sua última manifestação de NA ocorreu durante evento político da campanha de Azevedo, quando da inauguração do comitê do candidato, na quarta 18.

Não sabemos se falando em nome próprio, do PR (partido do marido, Roberto de Souza) ou da FICC, não perdeu a oportunidade e ocupou o microfone para defender os derréis de mel coado que recebe da municipalidade.

Espetáculo hilário. Basta que percebamos a retórica da ilustre senhora, na íntegra, antes de receber estrepitosa vaia:

- Oi, gente! Falar de Azevedo? – e fechou com uma resposta inusitada:

- Azevedo é uma delícia!

Muitos perceberam nos olhos de Azevedo um brilho especial. Afinal, ninguém de público já lhe fizera tamanho elogio!

Para acessar

Lavando a alma
Sempre um prazer descobrir o que traz a orientação apurada do poeta alagoano radicado na Bahia, José Inácio Vieira de Melo, pela rede. Seu http://www.verbo21.com.br/ reúne entrevistas, ensaios, comentários e resenhas, traduzindo o que de melhor o mais recente universo da cultura vem realizando em nosso meio.


Acesso e leitura obrigatórios para lavar a alma.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Há de tudo

Da abordagem ao assédio
Não que pretendamos enveredar pelos caminhos da literatura menor, mas a abordagem de Jonah Falcon (alardeado como detentor da maior expressão física do planeta em termos de órgão reprodutor masculino) pela segurança do aeroporto de San Francisco, nos Estados Unidos, nos permite ironizar o espetáculo do instante da abordagem.

As autoridades policiais duvidaram que o que Falcon portava na região pélvica lhe era afeto por natureza e presumiram fosse perigoso artefato metálico.

Naturalmente buscaram conferir e mesmo chegaram a “apalpar com as mãos” o perigoso instrumento de possível atentado terrorista (O TROMBONE, a partir do sítio Planeta Bizarro, do G1) que portava por graça e dom da natureza.

E ficamos a imaginar, diante do inusitado desdobramento da atuação policial, se ocorreu abordagem policial ou assédio sexual.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Sala Zélia Lessa

Uma boa notícia
Em 1986 o então prefeito Ubaldo Dantas construiu a Sala Zélia Lessa, para corresponder às cobranças da emergente classe artística por um espaço que lhes permitisse por em prática o verdadeiro laboratório em que se tornara Itabuna a partir do trabalho desenvolvido pelo consagrado ator Mário Gusmão. Por ele passaram, dentre outros, Jackson Costa, Carlos Betão, Eva Lima, Emiron.

A partir de 1993 tornou-se espaço auxiliar para cursos da Escola Profissionalizante, e até abrigou o Conselho Tutelar do Município.

Em julho de 2011 algumas pessoas ligadas direta ou indiretamente ao movimento cultural, diante da iminência de perda definitiva daquele espaço, já histórico, mobilizaram-se pela manutenção de suas instalações conseguindo da administração municipal o compromisso de devolvê-lo à sua finalidade original – o teatro – dentro de um ano.

Aliado a isso, também assumido o compromisso de elaborar projeto e construir um Café Teatro ao lado da Sala Zélia Lessa, como espaço destinado ao encontro e convivência de artistas, escritores, poetas e músicos.

A proposta e compromisso assumidos serão consumados nesta quinta-feira 19, com a solenidade de entrega do espaço, às 16 horas, o que significa a retomada plena da Sala Zélia Lessa pela classe artística.

Na oportunidade será lançada a pedra fundamental do "Café Teatro Zélia Lessa", que já tem projeto arquitetônico concluído. 

Recuperado para o fim a que se destinou originalmente é de se esperar que a sociedade cobre a plena inserção do espaço à dimensão que o fez reconhecido nos anos 80.

Alvíssaras

Importância e reconhecimento
De significatiava importância a notícia de que o Governo Federal determinou a criação de um sistema de Assistência Técnica e Extensão Rural, que sinaliza um novo paradigma no atendimento aos segmentos produtores do país.

O Diário Oficial da União publicou na sexta passada 13 a Portaria nº 642, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assinada pelo Ministro Mendes Ribeiro Filho, criando um Grupo de Trabalho destinado a elaborar os estudos para formação desse novo sistema, fazendo incluir (além de órgãos e secretarias do MAPA) a CEPLAC no grupo de estudos. 

Essa circunstância - a CEPLAC incluída no Grupo de Trabalho - sinaliza a retomada da importância do órgão regional no contexto do planejamento de políticas públicas para a agricultura em geral e no fortalecimento da cacauicultura como centro de atenção, retomando a vocação diluída no curso da crise que atingiu a região.

Não deixa de ser alvissareira a notícia para a CEPLAC, que se vê novamente no centro da atenção nacional pela importância e reconhecimento à sua história.

Quadrilha

Estarrecedor
Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada desta segunda 16 (“Extra! 73 ligações sobre e com Policarpo. A CPI vai começar”), publicou a íntegra de 73 ligações telefônicas entre figuras chaves da quadrilha chefiada por Carlinhos Cachoeira, onde expressamente se destacam, pela intimidade das relações mantidas e dos interesses em jogo, o ex-senador Demóstenes Torres, o próprio Carlinhos, Policarpo Júnior (da Veja), Dadá, Cláudio Abreu.

O conluio deixa perceber que está voltado inclusive para desestabilizar o Estado, uma vez que a Veja “planta” informações às vezes tão absurdas que nem mesmo o Cachoeira admite.

Tal circunstância evidencia que a Veja tem interesses ainda mais escusos a ponto de fazer divulgar o que não existe, desde que tal envolva José Dirceu, PT, Governo Federal.

Flagrante que entre os alvos está José Dirceu e a ocupação do Estado pelos interesses do grupo, que atua de forma a fazer inveja a quaisquer das máfias mundo a fora apoiado solidamente em órgão da imprensa (de imediato, a Veja).

Não é possível que tais fatos não sejam apurados. Muito menos que o Procurador-Geral da República Roberto Gurgel tenha sobrestado o andamento de tais investigações.

Estarrecedor!

Na defesa

Deu xabu
A “bombástica” entrevista da ex-mulher de Fernando Collor ao Fantástico, anunciada como revelação de segredos impensáveis ao saber do vil mortal, não passou daquilo que qualquer criança nordestina, iniciante no soltar fogos juninos, aprende quando o artefato falha e não corresponde à propaganda: deu xabu.

Não fora apelação, diante de nenhuma novidade – nem mesmo superando o que Rosane Malta ex-Collor afirmara à Folha Universal em janeiro de 2008 – a entrevistada quando muito “avançou” o foi no terreno do “eu acho”.

Em causa própria
Fica-nos a certeza de que a Globo estava muito mais para a defesa da Veja, que Collor quer ver chamada para responder e explicar à CPMI do Cachoeira suas relações com os crimes vários perpetrados através de Policarpo Júnior.

E defesa dos outros sem procuração pode ser considerada defesa própria. Ou confissão antecipada de que tem também culpa no cartório.

Por outro lado, cristalino que o senador Fernando Collor está incomodando ao pretender apuração, através da CPMI do Cachoeira, de abusos cometidos por "sacrossantos" símbolos da imprensa. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

De Rodapés e de Achados dia 15 de Julho

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
adylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Não estamos sós

docÓbvio para os que dialetizam a realidade que o fator corrupção nunca poderia ser atribuído isoladamente à realidade brasileira. No caso específico desta augusta Terra de Santa Cruz (de onde saiu o primeiro pedido de emprego assim que "descoberta", inserto na famosa e estudada Carta de Caminha ao rei Dom Manuel), a corrupção tem alimentado vezos de moralismo comandado por setores os mais vários da sociedade, capitaneados por parcela considerável da imprensa, mais amparada em objetivos (podemos afirmar) nada recomendáveis.
Ainda que não possamos atribuir qualquer vínculo ao conceito do "complexo de vira-lata", trazido ao universo por Nelson Rodrigues, de que sempre nos sentimos humilhado diante do estrangeiro, fosse o que fosse que fizéssemos, fica-nos a rodrigueana conclusão como antítese do que já ocorre lá fora em sede de imoralidade.
Todo o dito volta-se para recomendar o documentário "Trabalho Interno" (2011), de Charles Ferguson, que nos deixa uma certeza de que "nossa" corrupção é café pequeno perto da de países de primeiro mundo (nada que a justifique). Capitaneada pelo sistema financeiro, onde nem o representante do Vaticano escapa, o documentário expõe as vísceras do espúrio relacionamento entre representantes da política, da justiça e do mundo acadêmico a partir da crise de 2008.
Ou aperfeiçoaram nosso modus operandi ou, quem sabe(?) estejamos chegando lá: no primeiro mundo.

Planos de saúde

Os denominados planos de saúde (que alguns preferem dominar “de doença”) tornaram-se nas últimas décadas o contraponto crítico para a saúde pública como maravilhas. Óbvio que o ideário (neo)liberal, de que quanto menor a presença do Estado melhor para a sociedade, tais planos são o ovo de Colombo.
Desenvolveram a idéia, para eles axioma, de que dispor de assistência médico-hospitalar é sinônimo de dispor de um plano de saúde. E na esteira desta “perfeição” a saúde foi mercantilizada, o ser humano tornou-se unidade estatística para corresponder ao lucro.
Não poderia dar em outra: começam a mostrar sua verdadeira face. Apesar de disporem de uma agência governamental que os redime de muito do que de ruim cometam, o Ministério da Saúde não resistiu a dimensão de abusos que vêm ocorrendo e denunciou um universo de 268 planos comercializados por 37 operadoras, por desrespeito aos prazos máximos de atendimento aos usuários. (Agência Brasil). Em poucas palavras: não entregam o que prometem.
Dentre os alcançados 5 planos da operadora Unimed.

Estiagem e propaganda

Matéria de José Raimundo para o Jornal Nacional deste sábado 14 tratou da estiagem na Bahia, realçando a circunstância de que até mesmo poços artesianos estavam secando.
Não fora a crueza traduzida pela matéria – afinal, água é vital para a sobrevivência – ficou-nos uma reflexão: onde está a política de combate ao secular drama, alardeado pelo governo da Bahia através do “Programa Água Para Todos”?
Ao que parece, não resistiu à primeira estiagem prolongada. E, para os que somos de região afetada por estiagens, sabíamos que em muito demagógica a forma desenvolvida pelo projeto: reservatórios e cisternas de até 10 ou 15 mil litros para aproveitamento da água de chuva.
Caso os reservatórios tivessem capacidade maior de armazenamento o drama seria retardado, se não plenamente aliviado. Explicamos: um reservatório poderia chegar a armazenar de 50 a 100 mil litros, o que significa proporções em nível de ocupação de espaço, para fins do cálculo do volume, em torno de 2x5x5 ou 2x5x10.
Se existissem cisternas pelo menos em tais dimensões, o aproveitamento da água da chuva (apenas a partir da captada do telhado) cuidaria de ofertar o precioso líquido por espaço de tempo muito maior, que poderia superar um ano, considerando o uso de 200 l/d por família de quatro pessoas (50.000 : 200 ou 100.000 : 200).
O que falta para construir armazenamento em tal dimensão são recursos financeiros. Que o “Programa Água Para Todos” não soube administrar.
A não ser em nível de propaganda oficial.

Seca

No Sul e no Nordeste a seca assola a sua gente. O problema da seca não está somente na inclemência da temperatura, mas na falta de água.
O que fazem dos aquíferos existentes no Sul e no Nordeste, não fora outros espalhados pelo território nacional?
Os Estados Unidos os utiliza para consumo humano direto e para irrigação.
Óbvio que sua exploração demanda investimentos, em muito diversos de um simples poço artesiano, que busca lençóis próximos à superfície.

Reposição

Há quem queira radicalizar em defesa do governador Jacques Wagner, criticando-o por pretender pagar pelos dias parados no curso da greve dos professores. Desconhecem tais críticos uma realidade: para retomar o ano letivo – fixado em 200 dias por imposição da legislação educacional, que no caso específico não corresponderá ao ano civil – o professor ministrará aulas.
O que não é justo – a não ser pela ótica fascista – é que o faça sem receber a correspondente remuneração. Caso contrário seria trabalhar de graça, financiando a sobrevivência com recursos pessoais sem a contrapartida do Poder Público. Punição de fazer inveja a Torquemada.
Menos paixão, minha gente! E menos servilismo!

Ficou mal

Não se houve bem o secretário Carlos Leahy, para não reconhecermos que ficou muito mal, diante da ação perpetrada contra a atuação do Pimenta na Muqueca, que acabara de entrevistar o prefeito Azevedo. Forçou a entrega da gravação e a devolveu sem a entrevista, apagando o registro de áudio.
A indecorosa atitude, em instante de servil comportamento, nem mesmo se justificaria caso a entrevista fosse do prefeito assumindo alguma das irregularidades que são atribuídas a alguns de seus auxiliares.
Figura afável, cordata, com trânsito em todos os segmentos sociais e político-partidários – tanto que secretariou Geraldo Simões e agora Azevedo – jogou fora a biografia de anos ao tornar-se cão de guarda adivinhador do que imaginou agradar ao chefe.
Não foi esta a imagem que construiu nestes anos em Itabuna.

O trivial

É lei da Física eleitoral. Do registro de candidaturas pode-se esperar impugnações. Basta que haja evidências que alimentem o pedido. E, principalmente, que a densidade eleitoral do impugnado reflita risco à eleição do impugnante ou, em outras palavras, que seu afastamento (do impugnado) viabilize espaço para o que impugnou.
É tão antigo como o próprio processo eleitoral moderno.
O risco é repetir um novo “PT do tapetão”, como ocorreu em 2004, ação da mente pensante do departamento jurídico da campanha de Geraldo Simões que transformou Fernando Gomes em vítima e muito contribuiu para a derrota de GS.

Biografia

Transitando por novo viés literário o itabunense Antônio Nahud Junior lançará no próximo 16 de julho, às 19 horas, no Palácio da Cultura de Natal-RN, a biografia “Agnelo Alves – 8 Décadas”.
O trabalho aborda a trajetória do jornalista norteriograndense, irmão de Aluízio Alves, trazendo introdução do jornalista Cassiano Arruda Câmara, do escritor Diógenes da Cunha Lima e do senador José Sarney.

Indagar não ofende

A artista plástica Conceição Portela anuncia exposição no Teatro Municipal, em Ilhéus. De Itabuna parece que todos estão a correr.
E não são somente as goteiras do Centro de Cultura Adonias Filho.

Doação de livros

livrosAri Rodrigues, um dos responsáveis pela implantação do Galpão Cultural Casa de Jorge Amado, em Ferradas, comemora o apoio da comunidade itabunense para a Biblioteca Firmino Rocha, que pretende destacar autores baianos, a ser instalada naquele espaço, contabilizando mais de 600 obras recebidas até o correr desta última semana.
A BFR já fora contemplada com a doação de 2.000 exemplares de títulos pela Editora Via Litterarum. A etapa recente resulta da campanha encampada pelo Blog do Rick e pela ACATE e continua recebendo doações através do blogue referido ou pelo telefone (73) 8873-5478 (Ari Rodrigues).

Novo fórum

A Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Itabuna, na pessoa de seu presidente Bel. Andirlei Nascimento, admite, com todas as letras: não interessa onde, importante é que o novo fórum de Itabuna seja construído.
Tudo nos leva a concluir – diante da informação de que o Tribunal tem pressa – que o edifício será construído no loteamento Nossa Senhora das Graças, onde disponível uma área doada pelo ex-prefeito Fernando Gomes.
Detalhe: até poucos anos, não muitos, todos entendiam de risco aquela área, em razão do isolamento. Opinião também dos técnicos do Tribunal. Sem falar na dificuldade de acesso.
Mas os tempos mudam. Assim como as opiniões e conclusões.

Quiproquó

O partido, em nível local, já houvera decidido apoiar uma das candidaturas a prefeito. A intervenção de liderança regional alterou os rumos a fim de afinar com seus interesses individuais. Deslocam-se todos para Salvador, na esperança de verem-se respeitados em sua “autonomia” e respaldados nos compromissos assumidos pela cúpula, que outorgara “poder” à liderança itabunense.
Tudo decidido e mantido na forma como ocorrera a intervenção. Discussão acalorada, amparada em vocabulário nada lisonjeiro, partiram para as vias de fato. A liderança regional tremia literalmente, ao tempo em que defendia sua posição sustentando-a em agressões verbais para todos, em especial para a liderança beneficiada pela decisão em Itabuna.
O que tremia não apresentará uma fotografia com olho roxo na campanha porque foi protegido por um candidato a vereador de Itabuna.
Nada será como antes entre os que “se amavam tanto”.
Mas, Fernando Gomes, então conselheiro, avisara com antecedência, há mais de ano: não confie nesse cara!

Caminhadas

Empolgados com as respectivas caminhadas na Avenida Cinquentenário tanto Azevedo como Vane. Aguardemos a de Juçara.

Para todo gosto

Para uns o avanço patrimonial de Azevedo é o mote; para outros, o de Vane.
Para nós, hilário é o patrimônio de Juçara.

Evolução patrimonial

O frisson para muitos, durante a semana, a declaração de bens de alguns candidatos a prefeito, com destaque para duas delas: a de Azevedo (DEM) e a de Juçara (PT). A de Azevedo, pela variação de 129 mil reais em 2008 para 358, em 2012; a de Juçara, pela insignificância: pouco mais de 9 mil reais, onde parte se concentra em participação societária em determinado restaurante (Pimenta na Muqueca).
Os demais candidatos – à exceção de Vane (PRB), com 218 mil em 2012 ante 106 mil em 2008 – apresentam valores inferiores ao de Juçara, como Zé Roberto (PSTU), com 5,5 mil reais e Pedro Heliodório (PCB) com apenas 600 reais, que está anos-luz adiante do patrimônio de Zen Costa (PSOL), que nada tem.

Evolução patrimonial I

A variação patrimonial de Azevedo supera 229 mil reais em quatro anos, o que representa em torno de pouco mais de 57 mil reais por ano. Considerando que os subsídios de prefeito em Itabuna superam 18 mil reais, complementada com a verba de 50% para atender despesas do cargo, se ficamos apenas com a remuneração mensal, auferiu o prefeito até junho de 2012, em valores brutos, pelo menos 756 mil reais. Como tem aposentadoria, há uma parcela complementar, que só a LEI da Transparência possibilitará conhecer. Se deduzirmos os encargos fiscais e previdenciários sobre aquela, na ordem 40%, recebeu líquidos pouco mais de 453 mil.
A variação de 229 mil reais no período revela, para nosso olhar clínico, que o prefeito anda desperdiçando ou gastando muito com a família.  

Evolução patrimonial II

A de Vane superou 112 mil reais em quatro anos, pouco mais de 28 mil anuais. Considerando que os subsídios de vereador em Itabuna superam 7 mil reais mensais, a remuneração lhe permitiu , até junho de 2012, valores brutos de pelo menos 294 mil reais. Como não fuma, não bebe e não é dado a outras diversões, a variação patrimonial de 112 mil reais possibilitou ao vereador pagar 117 mil reais de encargos fiscais e sociais e sobreviver com parte dos restantes 65 mil.

Evolução patrimonial III

O patrimônio de Juçara demonstra, para nós, duas coisas: nem mesmo é casada em regime de separação, muito menos de comunhão de bens com Geraldo Simões. Se tivermos que considerar que recebesse mísera pensão/mesada de 500 reais mensais e não tivesse que contribuir com a manutenção da residência e do sítio, teria acumulado (dispensada mensalmente de obrigações fiscais) de 2008 a 2010 algo em torno de 24 mil reais.
Como seu patrimônio pouco supera os 9,7 mil reais chama-nos a atenção apenas ter podido participar da composição societária de um restaurante.

Memória

A canção marcou um período rico, no final daqueles tempos de Jovem Guarda dos anos 60 e início dos 70, para os que se iniciavam no violão, trabalho do piauiense João Evangelista de Melo Fontes, o “João Só”.
Menina da Ladeira, para os que vivemos a época.

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum