segunda-feira, 30 de abril de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS - Dia 29 de Abril

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Dilma e os bancos

Enquanto FHC queria vender o BB e a CEF Dilma deles se utilizou para peitar os grandes bancos e levá-los à queda de juros.
Eis a diferença.

Crimes I

Já escrevemos que nada temos contra a fonte de informações para este ou aquele órgão jornalístico. O que não toleramos é a utilização de meios espúrios para sua obtenção. O que está para ser comprovado, como método da Veja, famosa desde aquele “grampo sem áudio”.
Razão por que, se a CPI do Cachoeira levar a fundo o que diante dela se disponibilizará, Roberto Civita estará envolvido até o pescoço.
E cremos que ela não está só. Daí porque gostaríamos de ver uma CPI para apurar as criminosas ações da Veja.

Crimes II

Escancaram que Cachoeira – parceiro da Veja – montou a invasão do Hotel Nahoum, mais especificamente do apartamento onde hospedado José Dirceu.
Quem beneficiado? A revista Veja que utilizava um de seus repórteres para integrar a proeza.

Disfarçando

A grande imprensa – aquela denominada de PiG por Paulo Henrique Amorim, ou seja, Partido da imprensa Golpista – focaliza somente nos partidos políticos (PP, PT, PSDB, DEM, por enquanto) com alguma atuação vinculada a Carlinhos Cachoeira.
Tenta desviar a atenção. Se a coisa for aprofundada chega à imprensa – no momento representada pela VEJA – e em figurões do Poder Judiciário.

Érito Machado I

Negamo-nos a participar das exéquias do mestre Érito Machado. Mais para não vermos condolências pela oportunidade, falas muitas da boca para fora. Mas nos recolhemos nas lembranças de quem foi aluno, assim considerado o que traduzisse ideias no texto e que dominasse a concordância verbo-nominal nas avaliações.
A capacidade crítica de Érito Machado fazia-o estranho onde chegasse. Incomodava a muitos. O Mestre não contemporizava com a mediocridade. Esta lhe era absolutamente inversa e Érito não admitia nem mesmo passar onde a brisa dela ensaiasse flertar.

Érito Machado II

Nessa linguagem contemporânea onde o sonhador e utopista transformou-se em sinônimo de empreendedor Érito Machado o foi. Ao exercer o poder de que dispunha para fundar uma Escola de Economia em Itabuna, para aliar-se ao centro universitário que aqui se construiu e que, poucos querem reconhecer, é a razão da existência da FESPI, embrião da hoje cantada e decantada UESC.

Érito Machado III

Não nos víamos desde que não nos foi possível vê-lo. Dos muitos feitos pouco lembrado. Voraz leitor, intelectual com idiossincrasias que o marcaram, era um homem inteligente, na expressão da palavra. Todas as suas atitudes, ações e reações foram pautadas na inteligência.
Não vemos em Itabuna o necrológio que Érito Machado merecia.
A mediocridade ainda impera! A morte fez um favor em levá-lo. Não precisava tê-lo sido como o foi.

Érito Machado IV

Não sabemos se Érito Machado foi lembrado para integrar alguma destas tantas academias que inundam Itabuna.
E nos permitimos ignorante ser quando a vanitas vanitatis omnia vanitas pousa sobre o horizonte que ainda não se fez.

Excelente I

Disponibilizamos o sítio http://www.excelencias.org.br/ como instrumento para qualquer cidadão. Através dele descobrimos que a variação patrimonial de Geraldo Simões entre 2006 e 2010, penúltimo mandato, foi de 77.501,35 reais e que possui um patrimônio declarado de 419.501,35, assim como o tamanho do seu pãodurismo em contribuição financeira para a mulher, na campanha de 2008, que alcançou a astronômica cifra de 24.995,00 reais.

Excelente II

Não custa também o leitor acessar o http://www.portaldatransparencia.gov.br/ e verificar o dinheiro que anda chegando para Itabuna. Desde o que recebe o Município, até instituições outras.
Destacamos, por enquanto, algumas disparidades, como uma instituição como a APAE conveniando em torno de 100 mil reais e uma outra – Fundação Pau Brasil – recebendo 1.020.793,00 em 2011, de um projeto que supera 2.770 milhões. Ainda há um Fundo Cacau Cabruca, um Instituto Agroambiental Cacau Cabruca.
Seria interessante a sociedade ver a prestação de contas de cada uma delas. Especialmente para conhecer o que cada uma realiza em benefício da comunidade.

Cavaleiros de Granada

Um “dos”. Assim o pré-candidato do PSDB, afirmado pela direção local do partido. Nenhum óbice a Ronald Kalid. Ou ao direito de lançar-se candidato. Afinal, utopia é alimento.
No entanto, experientes políticos parecem desconhecer a engrenagem das relações partidárias, verticalizadas as decisões. Nunca de baixo para cima.
Agem os do PSDB local como os personagens de Cervantes, “Os Cavaleiros de Granada”: aqueles que “em alta madrugada / brandindo lança e espada / saíram em louca cavalgada. / Para quê? / Para nada”.
O detalhe fica para o PSDB de Ronald. Por faltar-lhe Cervantes para registrar a “cavalgada”.

Colhendo

Para o que escreve ofertando opinião, descompromissado em agradar a este ou àquele, cria para si uma expectativa em torno do que opinou. Até para verificar o grau ou dimensão de sua opinião. Freudianamente, autoafirmação.
As declarações de Geddel Vieira Lima no lançamento da “pré-candidatura” de Renato Costa é o primeiro freio de arrumação no processo eleitoral/2012.
Resolvemos, então, retomar rodapés postos neste “O TROMBONE. Eis alguns:
“Essa a razão por que este observador deste cada dia mais estranho e desfigurado mundo da eleição vê em alguns dos bons nomes para o debate apenas molduras eleitorais, acessórios à beleza do processo, legitimando cada eleição.
Em junho de 2012, ao final do período fixado na lei para definição das candidaturas, teremos oportunidade de conhecer o quadro e a moldura”.
(“Do quadro e da moldura”, DE RODAPÉS E DE ACHADOS, de 18 de setembro de 2011).
“É como pode ser denominada a importância de certos dirigentes partidários locais. Se a ‘democracia partidária’ impõe a vontade das executivas estadual e nacional, em Itabuna alguns dirigentes parecem desconhecer a realidade.
E andam anunciando candidaturas para 2012. Que não tardam a ser desmentidas”.
(“Zero à esquerda”, DE RODAPÉS... de 21 de novembro de 2011).
“Não entendemos como fruto da democracia interna tantos pré-candidatos, como ocorre no PMDB. Mormente quando o partido motivou filiações para se tornarem candidaturas que passam a ser pré-candidaturas.
Neste particular buscaram ‘Leninha da Regional’ prometendo o Paraíso. A moça chega e começam a despontar nomes de todos os lados.
De ilustres desconhecidos ou desprestigiados a parentes de lideranças em extinção”.
(“Deselegância”, DE RODAPÉS... de 25 de outubro de 2011).
“Ainda que alguns entendam que inflação de pré-candidaturas configuraria democracia partidária em nível interno parece-nos coisa para encontrar um tertius (terceiro) – famosa figura que chega na hora certa para solucionar conflitos e para unir o partido quando desunido.
No PMDB o tertius se chama Renato Costa”.
(“O tertius tem nome”, DE RODAPÉS de 25 de outubro de 2011).
“Não espere Leninha Alcântara presentes do PMDB. Para ela, a indicação do partido à majoritária de 2012 constituía-se uma certeza. Se acontecer o será pelas circunstâncias, diante da fragilidade dos concorrentes internos.
No entanto, a esperança que nutria, de chegar à eleição como candidata, pode ficar para 2016”.
(“O PMDB e o Natal de Leninha”, DE RODAPÉS... de 25 de dezembro de 2011).
“Essa independência do PMDB itabunense, sob a ótica dirigente de Renato Costa, está mais para botar o carro adiante dos bois, a província acima da metrópole.
A não ser que, como já escrevemos nestas mal traçadas, que os tantos pretensos candidatos do PMDB tenham Renato Costa como tertius e em favor dele renunciem.
Ainda que para vice de Azevedo”
(“Para boi dormir”, no DE RODAPÉS E DE ACHADOS, de 22 de janeiro de 2012).
“Particularmente acreditamos que o PMDB local, se estiver sob o absoluto comando de Geddel, não tem pretensão de viabilizar uma vitória do PT, dividindo opositores ao projeto GS. Afinal, a vaia recebida em Ilhéus pelo então Ministro de Lula, se iniciativa ou não de Geraldo Simões, não foi esquecida.
Sob esse prisma, ou o PMDB local oferta candidatura que contribua para derrotar Geraldo/Juçara ou se aliará com quem possa fazê-lo”.
 (“Caminho natural”, DE RODAPÉS... de 25 de outubro de 2011).
“Particularmente pagamos para ver o PMDB de Geddel Vieira Lima – com as vaias ainda nos tímpanos, por ele atribuídas a GS – fortalecer, em Itabuna, Geraldo Simões e o PT.
Vemos como muito mais possível uma composição do PMDB itabunense com a reeleição de Azevedo”.
(“Pagando para ver”, DE RODAPÉS... de 7 de novembro de 2011).

Dificuldades

O PTdoG tende a não ter Lula no palanque. Como os demais, se contentará com uma mensagem padrão de apoio e recomendação.
Afinal, por cautela, Lula não se debruçará para gravações individuais para mais de 5 mil candidatos Brasil a fora.
Não há corda vocal que aguente.

O que está em jogo I

Considerando o estrago feito na lagoa dos cururus com o afastamento de Wenceslau Júnior da Câmara, por determinação judicial, circulam “certezas” de que Luís Sena assumirá a candidatura, como “bucha de canhão” – para utilizar expressão deste O TROMBONE (“Vai sobrar para o ‘Velhinho’”).
E que esta teria apenas o condão de melar a candidatura petista, dividindo votos progressistas.

O que está em jogo II

Temos escrito (basta reler nossos rodapés a partir de setembro/outubro de 2011), e voltamos a reafirmar, que no processo eleitoral em curso há um objetivo comum: derrotar Geraldo Simões, por nós definido como o “pombo” daquela nada correta competição olímpica.
Toda a discussão eleitoral, propostas, projetos e quejandos encobrirão esse objetivo: cortar pela raiz o futuro político de GS.
Nem mesmo pode-se afirmar que seja uma campanha contra o PT, como partido, mas contra o que denominamos de PTdoG.

O que está em jogo III

A indignação contra Geraldo aumenta a olhos vistos. Eleitores de GS, que o tinham como referência política, não votarão nestas eleições. Em ninguém. Por não concordarem com os desmandos que permeiam as recentes administrações preferem anular o voto ou mesmo não comparecer às urnas, como um voto de protesto contra Geraldo.
Este é o clima! Lamentável, mas é o clima!

O que está em jogo IV

PMDB tem candidato forte. Para 2016. PCdoB tem candidato forte. Para 2016. E para chegar cada um com chances de vitória torna-se necessário anular Geraldo político-eleitoralmente em 2012.

Ladeira abaixo

Geraldo, pela condução que tem oferecido à sua trajetória política recentemente mais parece estar se vingando da mulher (não sabemos a razão) ao lançá-la candidata.
Dela se utiliza – sua eleição asseguraria um bom colégio eleitoral para 2014, lembrando que em 2010 perdeu ele 12 mil votos só em Itabuna – como “bucha de canhão” para o seu projeto político.
Suas ações recentes demonstram desespero. Pedido de demissão de jornalista, ameaças. Defesa de corrupto. Típico terror jacobino. Razão por que muitos passaram a temer ofertar o pescoço à guilhotina.
Como esse rapaz mudou!

Sujeira

Ainda pesa no imaginário do observador o que foi fazer Leninha Alcântara na residência de Geraldo Simões há alguns dias. Tudo fotografado. O que admite a possibilidade de exposição da então pré-candidata do PMDB para desgastá-la.
Como ela não dispunha de autorização da Executiva para falar em adesão à campanha petista bem que pode ter sido “convidada”.
Para nós – que estejamos enganado – para ser ameaçada. Afinal, a sua atividade empresarial depende de autorizações para funcionar... de órgão do Governo Estadual!

FICC fiasco

Mais um fiasco da FICC, dentro da valiosa gestão da “ex-dançarina”, “advogada”, “poeta” e “pedagoga” que dirige o órgão máximo da cultura local.
Anunciara, com pompa e circunstância, a abertura do antigo Cine Itabuna, que agora seria o Cine Teatro Jorge Amado. Que seria inaugurado no curso das comemorações do aniversário do município em julho.
Só ficou no release. O prefeito Azevedo disse que nada sabia do projeto e que a Prefeitura não tem como assumi-lo.

Coisas da FICC

Alardeia a instituição apoio ao São João dos bairros. Oferece apoio financeiro de 250 reais para cada “indigente” que por acaso a procure. DUZENTOS E CINQUENTA REAIS.
A “fortuna” chega a 0,001% daqueles 250 mil gastos com a Paixão de Cristo, como denunciou Daniel Thame. Ou, vá lá que seja, a 0,007% de 35 mil, como o diz a própria em resposta.
Essa é a contribuição da FICC para a manutenção da tradição junina. Caso possamos chamar a merreca de contribuição.
Já para o “caldo cultural”, comida e bebida farta custeada pela instituição! Afinal, a “mãe” sabe que elogio não é coisa que se dispense.

“Comunista moderno”

Essa uma das expressões de Wenceslau Júnior em programa radiofônico, quando contestava a ação do Ministério Público, para explicar a atualidade: assistia missa, daí porque era um comunista moderno.
Ou seja, desmistificou a imagem de que comunista “comia criancinha” e “deflorava freiras”.
Sabemos que o comunismo mudou muito. Mas não sabíamos desta vitória da Igreja.

Indigesto

Ainda que o Judiciário tenha acatado a pretensão do Ministério Público e afastado vereadores itabunenses de suas funções por 90 dias a entrevista exclusiva concedida pelo Promotor à rádio Difusora não foi digerida.
Apenas aumentou a percepção de que os tentáculos de Geraldo Simões não se limitam a BAMIN.
Fazem também da séria atuação de um promotor uma espingarda de satanás para os seus interesses.

Samba coco



O coco encontra em Jackson do Pandeiro um de seus maiores cultores e dele temos inúmeros registros. Mas, muitos nos habituamos ao coco disputado entre dois pandeiristas, duelando no improviso.
Aqui o grupo pernambucano Samba Coco Raízes de Arcoverde. A primeira parte traz uma lembrança de nossa infância, do início dos anos 50, com letra modificada, a partir de versos que são de domínio público: minha sabiá, minha zabelê /toda meia-noite / eu sonho com você / se você duvida / eu vou sonhar / prá você ver. Aqui o grupo trabalha o mesmo tema em outra melodia.
O tema também foi aproveitado por Gilberto Gil e Torquato Neto que a partir dele compuseram “Zabelê”, alterando a última sílaba melódica em relação ao original, aqui em gravação de Gal e Caetano.


Cantinho do ABC da Noite

cabocoA observação alencarina a partir do balcão do ABC da Noite gera conclusões. Como a que justifica o conversar continuado, que se abre sempre a novos temas, atropelando-se o anterior com o seguinte.
– Conversa é como rama de maxixe. Não acaba nunca.
DE RODAPÉS E DE ACHADOS está também disponível em www.adylsonmachado.blogspot.com
_________________
Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sábado, 28 de abril de 2012

Prêmio

Baianos premiados no Rio Grande do Sul
Chega-nos a informação de que o curta itabunense "A Fórmula", de Henrique Filho, foi premiado por Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Vídeo Universitário no 3º Festival Manuel Padeiro de Cinema e Animação, realizado pela Gaia Cultura & Arte, entre 11 e 14 de abril, financiado pela Lei Rouanet e com apoio da Universidade Federal de Pelotas.

Destaque-se, ainda, no conjunto das premiações, um outro baiano, "Premonição", de Pedro Abib (exibido no II FECIBA, onde também recebeu três prêmios), como o Melhor Curta Metragem Ficção, Melhor Montagem e Melhor Fotografia. 

"A Fórmula" também está pré-selecionado para a Mostra Competitiva do II Brazilians Films of Chicago.

No elenco de "A Fórmula" Caco Monteiro, Carlos Betão, Eva Lima, Ciro Sales e Valderez, do Salobrinho, dentre outros.

Lançamento

Sucesso grapiúna
Antônio Nahud Junior é o sucesso em Natal-RN. Recentemente honrado com o título de cidadão natalense lança no próximo 17 de maio, às 19h, no Nalva salão Café, "Pequenas Histórias do Delírio Peculiar Humano" (Editora Nação Potiguar), registro de suas experiências na construção da vocação que abraçou.

Destaque-se, ainda, que enfeixam o sempre bom texto de Nahud neste trabalho o prefácio de Jorge de Souza Araujo, professor da UEFS, e a apresentação de Ruy Póvoas, da UESC, e Danielle Carvalho Crepaldi, da UNICAMPI. 

O escritor, autor de outros oito livros, anuncia o lançamento da obra em João Pessoa, Recife, Aracaju, Salvador e São Paulo no curso deste 2012.

Para acompanhar o sucesso do grapiúna ora radicado em Natal acesse http://www.cinzasdiamantes.blogspot.com/

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Preocupação

Contas
Certamente o prefeito Azevedo está debruçado, com auxílio dos valorosos companheiros de seu conselho político, avaliando a nova composição da Câmara de Vereadores para os próximos 90 dias.

No meio tempo, porque prometido pelo presidente da Casa para junho, a votação dos pareceres do TCM que pugnam por rejeição de contas.

O PTdoG de imediato ganhou um voto.

Eleição

Na festa do PMDB ovação para Azevedo
Cerca de 80 veículos estacionados no entorno da Câmara de Vereadores fizeram com que seus ocupantes ocupassem inteiramente as dependências da Casa.

Para compor a mesa o prefeito Azevedo, que por lá andou. O único ovacionado. Os demais fizeram jus a aplausos, inclusive o ex-Ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, o deputado Lúcio.

A claque do prefeito trabalhou bem. Até um grito isolado de que era "o maior prefeito da região" soou no ambiente. 

Veículos do município transportavam pessoas para a Câmara.

O PMDB de Renato dependeu muito da turma de Azevedo para a festa.

Sinais evidentes de que as eleições de 2012 podem ter Azevedo e Renato como parceiros. Com o pretendente à reeleição na cabeça-de-chapa.

Tudo caminha para o óbvio. Se o plenário da Câmara não melar. Ou Geddel mudar de ideia e viabilizar a divisão da oposição a Geraldo Simões.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Irã

Não acredito!
Dirá o leitor do noticiário cotidiano, habituado a conviver com a informação pré-estabelecida, intimamente ligada ao interesse, não à verdade.

O Irã, prestes a ser atacado para que sejam preservados os "valores da democracia" como a concebe o Ocidente sob a égide estadunidense - ou seja, os seus interesses - não é aquele bicho-papão como perigo nuclear.

Ehud Barak, general e Ministro da Defesa de Israel declara que  "o Irã ainda não decidiu fazer a bomba nuclear". Ou seja, nem pensou, muito menos começou a produzir.

Nos sustentamos para este texto em Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo.

Olha Lula aí!
Para os que nordestimos somos, marginalizados e ofendidos pela casa-grande deste país, buscamos aquele pronuncimento do então Presidente Lula, que ao lado do então recém eleito presidente turco, Tayyp Ergodan, havia encetado uma proposta de paz para o Oriente Médio a partir do quanto assegurado por Ahmadinejad - de que não tinha propósito belicista o seu programa nuclear.

(Não esquecer que o brasileiro e o turco agiam em nome de Barack Obama, que depois recuou).

O que ora ocorre brinda Lula e Tayyp Ergodan, reduz Obama que, ainda que presidente democrata, defendeu os republicanos e sua sanha por conflitos, detentores que são da indústria armamentista. E desmoraliza a ONU - porta-voz estadunidense.

No fundo uma lição de sensatez: o Irã não é o Iraque. O ensaiado ataque ao Irã encontraria desdobramentos imprevisíveis.

A eleição de Putin pode estar no fundo da declaração de Ehud Barak.

O recuo de Israel, em casos como estes, traduz outros desdobramentos. Esperamos que o sejam para a Paz.

Menos passeatas e mais compromissos. Disto é que precisamos. Em todos os níveis.

Às avessas

Dispensando inimigos
Denúncias pipoucam de descumprimentos em órgãos vinculados à administração municipal.

A EMASA ainda não pagou salários de março, tampouco o tiquet alimentação. E o presidente da empresa sumiu.

A FICC não honrou o pactuado com os artistas que venceram editais. (Mais FICC no fim de semana).

É o que se ouve.

O prefeito Azevedo tenta a reeleição. Não precisa de adversários. Os "amigos" desencadearam uma "campanha política" às avessas.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Itororó

Eventos
A terra da carne de sol realiza nos últimos dias úteis da semana dois eventos de grande significação: no dia 26, a partir das 8:30 h, a 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, com o tema "Integração das políticas de Meio Ambiente e Recursos Hídricos", que trará em nível de discussão local os grandes debates que envolvem a própria sobrevivência da vida planetária.

Registre-se, para os que estamos em Itabuna, que o rio Colônia é uma das duas grandes bacias formadoras do Cachoeira. A outra é a do rio Salgado.

No dia 27, a inauguração do Arquivo Histórico e Museu Municipal Zizina Brito.

Ambos serão realizados na Fundação Cultural Cabana da Ponte, localizada na rua Rui Barbosa, a antiga "Rua da Cancela".

Colhe o secretário de Cultura, Turismo e Meio Ambiente Sérgio Ramos os frutos de seu trabalho neste últimos anos da administração de Adroaldo Almeida, enveredando por aspectos antes pouco discutidos pela comunidade.

Dúvidas

Não ficou bem
O vereador e pré-candidato do PCdoB à prefeitura utilizou-se da rede radiofônica para desmentir as denúncias veiculadas de que estaria envolvido em irregularidades apuradas pelo Ministério Público Estadual sobre empréstimos consignados.

Estranha Wenceslau Júnior que não tenha sido ouvido pelo MP e sem que tivesse conhecimento dos fatos ver seu nome lançado no rol dos responsáveis através da rádio Difudora.

A atuação do Ministério Público, a ser considerada a versão de Wenceslau para os fatos, torna-se precipitada.

De nossa parte dizemos que não por apurar um fato, que é o de irregularidades em empréstimos consignados tendo por agentes alguns vereadores de Itabuna, mas como o levou à opinião pública é que deixa senões.

Isso porque, como circula nos meios de comunicação itabunenses, a ação do Promotor levada a uma só emissora de rádio - quando podia e devia tê-lo feito através de uma entrevista coletiva se desejava plena divulgação - repercutiu muito mal.

Afirmam, por outro lado, que o Promotor deixou as instalações do MP itabunense em carro de Geraldo Simões, dirigido por motorista de GS e levado para uma entrevista exclusiva na emissora "de Geraldo".

Aí reside a estranheza para muitos.

Para nós, uma postura amodorística do titular do Ministério Público. Levar fervura ao jogo político-eleitoral.

Pode ter servido de espingarda-de-satanás, como diziam os antigos.

Transparência

Rapidez
A Presidente Dilma Rousseff determinou na última sexta-feira a disponibilização, pela internete, de todos os contratos existentes entre a Delta e o Governo Federal.

Ao mesmo tempo a Controladoria-Geral da União instaurava procedimento administrativo visando tornar inidônia a empresa para contratar com a União.

Ação rápida e eficiente.

Precedente

De Itabuna para Goiás
Na esteira do escândalo que envolve Carlinhos Cachoeira, governos e políticos descobrem coisas escondidas no baú. Como a criação de uma turma especial do Curso de Direito da Faculdade Alfa apara atender a dois ilustres alunos: Marconi Perillo e sua esposa.

E mais: fora o ilustre Perillo dispensado de exame da OAB. Tanto que teria recebido a carteira em casa como natural aos privilegiados da casa-grande deste Brasil varonil. (Detalhes no www.advivo.com.br de terça 24 - "O curso de Direito de Marconi Perillo").

(Não há informação se o ilustre precisou frequentar aulas e fazer avaliações durante o curso. Até porque com a possibilidade de realizá-las através de "exercícios domiciliares" tudo pode ocorrer).

Mas, não nos cabe aqui enveredar por caminhos tão singulares, que fazem construir relações tão interessantes entre faculdades, políticos e mesmo OAB.

Mas o fazemos para lembrar a este país que, quanto ao fato de Perillo haver sido inscrito na OAB sem exame - coisa para vis mortais que alimentam as burras da instituição -, na Bahia já havia precedente, como profético o dizia Mangabeira.

É que causídico local que tivera sua inscrição cassada através de medida judicial em outro estado da federação foi agraciado pela OAB-BA com nova inscrição.

Sem precisar realizar Exame da Ordem!

Prêmio

Pesquisa
Uma pesquisa sobre vacina contra a dengue recebe o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia, no último dia 16, em Brasília. O trabalho foi objeto de tese de doutorado de Adriana Azevedo desenvolvida durante pós-graduação stricto sensu em biologia celular e molecular, pelo Laboratório de Biotecnologia e Fisiologia de Infecções Virais do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz.

A comunidade de Itabuna aguarda ansiosa a produção da vacina.

Limites

Em cima do muro
O PT ilheense, na pessoa de sua pré-candidata, Professora Carmelita, assume a defesa de manutenção dos atuais limites entre a praieira e Itabuna.

O PT de Ilhéus está assumindo a defesa dos interesses de seu município.

Já do PT de Itabuna não se ouve uma só palavra em defesa da terrinha. Fica em cima do muro.

Fama

De novo!
Itabuna retorna ao noticiário nacional. E não pela circunstância de ser a terra onde nasceu Jorge Amado.

Motivo da fama: dengue, naturalmente!

domingo, 22 de abril de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS- Dia 22 de Abril

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

“Sem foguetes”

As farpas lançadas por Joaquim Barbosa contra César Peluso – em revide as deste, disse-o aquele – são dignas de opera buffa ou de acaloradas discussões em associações de condomínios de pouca expressão.
O detalhe reside em que ambos são Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Como metáfora aquela que institucionalmente é a mais alta Corte do País não anda passando de um “condomínio”.
E com uma nostalgia de casa-grande!

Quando interessa

folhaA desqualificação da CPI recentemente instalada sinaliza grandes interesses em jogo. A primeira página da Folha de São Paulo diz tudo.
A razão está no fato de que um dos tentáculos da CPI tende a desaguar na mídia, a partir dos métodos utilizados pela revista Veja e que não são estranhos a outras publicações.
No fundo, no fundo... defesa prévia.

 

Crimes I

Nada contra a fonte de informações deste ou daquele órgão jornalístico. O que não se tolera, como tem tudo para ser comprovado, que se utilize de serviços sujos e criminosos, pagando por eles, para gerar matérias que não se comprovam muitas vezes, como o famoso “grampo sem áudio” da Veja.
Por tais linhas, se a CPI levar a fundo o que diante dela se disponibilizará, Roberto Civita dificilmente escapará de um processo criminal. O que outros pares da mídia... também receiam.
Dirão, como defesa, partindo para o ataque, que isso é censura.
De nossa parte, gostaríamos de ver uma CPI específica para apurar as criminosas ações da Veja.

Crimes II

Ainda viva na memória dos que não se deixam convencer por certas matérias jornalísticas, que a atuação da Veja em recentes fatos alimenta a certeza –já vislumbrada – de que estava a serviço do crime organizado e da desestruturação do Estado de Direito.
Não sozinha. Políticos e membros do Judiciário acobertavam suas ilações. O estrago causado só o futuro dimensionará. Lembraremos um desdobramento.
O delegado Paulo Lacerda, responsável por transformar a Polícia Federal numa entidade eficiente na luta contra a corrupção e o crime organizado, assumiu a ABIN pretendo dotá-la dos instrumentos mais modernos para contribuir àquele combate.

Crimes III

Quando a Satiagraha estava produzindo seus frutos estouraram com ela e com Lacerda. Quem pelo meio? A Veja, partindo de denúncias sem qualquer elemento de convicção, mas que atendia aos interesses do crime.
Os fatos estão sendo comprovados: Daniel Dantas, Demóstenes Torres, Gilmar Mendes e mesmo Nelson Jobim integram o grupo que precisa explicar por que tudo aconteceu e como aconteceu.
Grampos sem áudio e o falso alarme de que havia escuta ilegal no STF (Gilmar Mendes, então presidente do STF) contribuíram para arquivar temporariamente a luta contra o crime organizado desencadeada por Paulo Lacerda.
Em síntese, a Veja se aliou a esquemas como o do Opportunity (Daniel Dantas) e o de Carlinhos Cachoeira, que se jacta de ter fornecido a ela as matérias.
Apurar isto não é ferir a liberdade de imprensa. É protegê-la de bandidos.

O que se espera

dukeA CPI acabada de instalar, se levar a sério as apurações imediatas e aquela que lhe seguirão a partir de depoimentos a ela prestados, tem tudo para se tornar o instrumento para passar o Brasil a limpo. (Este, por sinal, o perigo de dar em nada, como a do Banestado, a das Empreiteiras etc.).
Poucos escaparão. Certeza mesmo para quem for operador de telemarting. Que dispõe do melhor álibi!

cartaDiz tudo

A capa da revista Carta Capital expressa o desdobramento que se espera ocorrer a partir da CPI de Cachoeira. Cada um dos quadros que a compõe reflete uma categoria para apuração.
Lá estão todos os poderes.

Construindo imagens

O ex-diretor do DNIT, Luiz Antônio Pagot, em entrevista ao repórter Gerson Camarotti, do Jornal das 10, jogou indiretamente o PR na lista de suspeitos no esquema de Carlinhos Cachoeira, ao afirmar que Valdemar da Costa Neto se constituía num “verdadeiro agente da Delta”. A empresa está no olho do furacão que vem por aí.
Tais relações espúrias levantam suspeitas lá como cá. Aqui por outros vieses, por não entendermos as razões por que Geraldo Simões anda com tanta força junto a BAMIN, a ponto de determinar, e ser atendido, a demissão do jornalista Ricardo Ribeiro, que para o deputado não se dedica ao seu esporte preferido – “amigos” amarrando os seus cadarços.
Como lá, por cá Geraldo Simões se ensaia futuro “agente” da BAMIN.

Não ficou bem

A suspeita, até agora não desmentida, alimenta uma imagem profundamente negativa de Geraldo Simões. Em passado não tão distante GS marcou pontos em sua vida política porque pautado em atitudes republicanas. O respeito às opiniões adversas faziam-no diferente do coronelesco carlismo Bahia a fora.
Anda acusado de perseguir quem não comungue com seu primado, o de construir uma dinastia. Tais atitudes não coadunam com a imagem que Geraldo desenvolveu no passado.
O detalhe fica por outro aspecto: Juçara vinha apresentando quedas para inquisidora e perseguidora, pedindo cabeças aqui e ali. Mas Geraldo!
O que é isso companheiro!

Fazendo água

Triste ver-se pessoas que matavam e morriam por Geraldo afastarem-se de sua liderança política. Ouvimos, neste sábado, de uma militante petista de primeira hora, que não votará este ano.
Para não votar contra Geraldo e seu PTdoG prefere não ir às urnas.
Um singular voto contra GS dentro do PT.

Reconhecido, mas esquecido

José Oduque Teixeira é lembrado por todos os contemporâneos de sua administração (1973-1977). Façanhas, hoje, como de pagar o que o município devia à Santa Casa – a ponto de fazer com que uma recomendação/indicação da Prefeitura tornasse o paciente destinatário de um tratamento “muito especial” – de não deixar débitos, de não haver se beneficiado da gestão, de nunca ter vendido algo de suas empresas à prefeitura, de haver construído uma sede etc.
Só há boas lembranças e elogios a José Oduque. Mas ninguém lembra ou o recomenda para candidatar-se em tempos de escassez de homens de bem para gestão da coisa pública.
Reconhecido, sim; mas, esquecido. 

Péssima aquisição

Geraldo agrega ao seu arsenal de estratégias políticas a perseguição àqueles que entenda como adversários/inimigos.
E como se apresenta como a “bondade” personalizada, todos os atuais perseguidos são uns ingratos, tornaram-se “gente” através dele.
Quer exclusividade, como ocorre com a Difusora. O profissional para ele não deve ser profissional mas “amarrador de cadarço”.

Excelente

Acessar o sítio http://www.excelencias.org.br/ é um excelente exercício para qualquer cidadão. Veicula informações sobre políticos que vão desde ações a que responde, patrimônio, ganhos no exercício da função, gastos, contribuições para sua campanha ou para a de outros candidatos.

GS no excelências.org

Descobrirá, por exemplo, que a variação patrimonial de Geraldo Simões entre 2006 e 2010, penúltimo mandato, foi de 77.501,35 e que possui um patrimônio declarado de 419.501,35.
Essa a razão material, não fora a legal, de não poder comprar a Difusora: falta de dinheiro. Daí precisar de amigos!

Pão duro

No mesmo espaço descobrirá o tamanho do pãodurismo de Geraldo. Sua valiosa contribuição financeira para a mulher, na campanha de 2008, alcançou a astronômica cifra de 24.995,00 reais.
Talvez essa a razão do entrevero entre mulher e marido no imediato do resultado eleitoral, quando Azevedo alcançou uma dúzia de milhares de votos... de frente sobre Juçara.
Ela atribuiu a ele toda a culpa pelo resultado. (E tinha toda razão. Afinal, tão pequena contribuição financeira e aquele estranho apoio de Capitão Fábio em cima da hora, mais pareceram coisa de inimigo, não de marido).

Leninha

Leninha Alcântara ainda continua no palco. Procurando um personagem. E desfazendo o script.

Pulo do gato

Já saíram os vários que se enfeitavam pré-candidatos pelo PMDB. Caso saia Leninha, confirma-se Renato Costa.
Aquele tertius de que falamos neste espaço. Que tem tudo para ser vice de outrem.

É só aguardar

Grande rede de supermercados aportará em Itabuna. Já comprou terreno para se instalar.

Alerta amarelo

Nesse instante do processo eleitoral, ainda que pareça distante o mês de outubro, qualquer fato, por mais insignificante que seja, pode tornar-se bola de neve.
A possível responsabilidade de Wenceslau Júnior a partir de apurações sobre empréstimos consignados deve acender a luz amarela do cururu.
Vane aguarda futuras pesquisas. E a manutenção do compromisso anteriormente assumido.

Desastrosa

A interferência de Geraldo Simões na gestão da BAMIN, que desaguou na demissão do jornalista Ricardo Ribeiro, expôs as vísceras da promiscuidade nas relações de empresas com políticos. Essa promiscuidade estará na pauta, que ninguém se engane, da CPI recém instalada no Congresso.
Ponderadas as dimensões, em nada diferem das relações de Demóstenes Torres com Cachoeira as de Geraldo com a Bamin. Ambas simplesmente revelam a maléfica atuação do poder político junto à iniciativa privada, encantada esta em poder servi-lo, por constituir-se instrumento de controle e de poder.
As empresas, esperando as benesses e facilidades oriundas do poder; os políticos – e lamentavelmente Geraldo Simões se escancara em demonstrá-lo – em busca de vantagens que, quando não são escusas e indecorosas, asseguram contribuições para campanhas políticas.

Sublimando

Os velhos coronéis jactavam-se de terras e homens a eles submetidos. O poder político na esteira chegado pelo controle exercido sobre um punhado de votos no cabresto, fazendo-os necessários – porque este o processo que alimentava o sistema da época – para sustentar o governo “na Bahia”. Marcionílio de Souza, em Maracás, Horácio de Matos, na Chapada Diamantina, e os Horácios do cacau das terras-do-sem-fim.
Em tempos ditos modernos não mais encontram terras e jagunços como poder. Mas o encontram no controle espúrio entre o poder político angariado através de um mandato e empresas.

Qualquer coisa ajuda

Em tempos de centenário de Jorge Amado anda o ferradense Geraldo Simões querendo revisitar as terras-do-sem-fim de Horácio da Silveira, que se “estendiam de Ferradas até muito longe”, como o escreveu Jorge Amado.
Difícil está viver o sonho de ser coronel da República Velha, ter casa-grande, quando já não basta o cacau regado e adubado a sangue.
Mas para quem não tem “terras-do-sem-fim” uma BAMIN já ajuda.

O bom samba da Bahia

Para os que andamos cansados com o lugar comum que norteia o noticiário e não dispomos de equipe para pesquisar o que nos interesse publicar reconhecemos o atraso na informação que afeta a música brasileira, a partir do samba da Bahia.
Ederaldo gentil morreu no dia 30 de março, aos 68 anos.
Nosso tributo ao grande compositor, que encheu as noites de Adelzon Alves quando tinha programa na rádio Globo, que o cultuava, onde ouvimos pela primeira “O Ouro e a Madeira”.

Cantinho do ABC da Noite

cabocoUm “aluno”, que há tempos não aparecia, depois de cumprido o ritual, reencontra um parceiro, entabulando diálogo justificador da prolongada ausência, que avança para o expressar:
– É verdade! Ando escasso por aqui!...
A precisa intervenção alencarina refletiu outra realidade:
– Minha preocupação não é a sua “escassez”, Cabôco – investe Alencar – mas o risco de perder o vício. Aí você me quebra e aos concorrentes.
_________________
Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sábado, 21 de abril de 2012

Lembrando

Aniversário
“22 de abril, Cabral descobriu o Brasil”.

Essa a cantiga da meninada fardada em tempos de antanho, sílaba a sílaba, recitando a “primeira” poesia que conseguira decorar. E com ela fixava na memória parte da História do Brasil.

Hoje, poucos lembram da data.

Outros, nem mesmo do Brasil em que vivem.

Aniversário II
O do Brasil, amanhã. O da Inconfidência Mineira, hoje, 21. A morte do Tiradentes, o mártir, apenas uma lembrança no limbo.

No imaginário do povo, apenas o feriado. Que para azar de muitos, caiu num sábado!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O melhor do forró

"Um forró prá lá de bom"

A ACATE, a valorosa e combativa Associação Cultural dos Amigos do Teatro de Itabuna, sob condão do produtor cultural Ari Rodrigues, lança, no dia 3 de maio às 20 horas, no Recanto dos Comerciários, no Bairro Conceição, em Itabuna, o Projeto "Sala de Reboco", voltado para a música nordestina regional.

Valorizando a "prata da casa" o Projeto está sustentado na parceria com o "Cia do Forró" e "Madame Buchada", recebendo a visita de outros nomes do forró itabunense nas apresentações seguintes.

Para contatos harirfilho@hotmail.com

Marcada

Não sai ilesa

A BAMIN vinha desenvolvendo uma imagem de comprometimento com a sociedade, buscando afirmar-se junto às comunidades com ações concretas, derivadas da atuação que exerce como beneficiária de obras que deságuam no Complexo Intermodal.

O que ninguém imaginava é a fragilidade da empresa frente ao poder público a ponto de demitir um jornalista que lhe prestava serviços a pedido de um político.

Fica com a imagem arranhada. Tornou-se cabo eleitoral de Geraldo Simões.

Imaginemos quando descobrirmos recursos da BAMIN na campanha do PTdoG em Itabuna!

Por explicar
Terá que explicar, ainda - e urgentemente - o que a vincula tão fortemente a Geraldo Simões (ou se este a ela), a ponto de este interferir em decisão que compete inteira e exclusivamente à empresa.

É que se a decisão houvesse partido de sua gestão apenas agia dentro de seus limites. Mas, ao atender GS, ou seja, a pedido político, tornou-se cabide de emprego de políticos.

E, no caso, como o jornalista não dera causa, pior ficou para sua imagem.
Não sairá ilesa do episódio!

O risco é que a BAMIN se torne a "empresa onde quem manda é Geraldo Simões".

Cinema

Retorno
Ilhéus foi o palco para o cinema baiano há poucos dias, quando sediou o II FECIBA, onde exibidos cerca de 40 curtas, médias e longas metragens.

Volta a ser centro de atenção com a exibição de "Jardim das Folhas Sagradas", de Pola Ribeiro, a partir de hoje no Cine Santa Clara, em sessões às 18 e 20:30 horas.

Repercussão

Não assenta
Não se coaduna com a política contemporânea atitudes deste ou daquele prócer que retire de arquivos, que imaginávamos sepultados para sempre, vis atitudes, como a perseguição a alguém.

Especialmente se isso ocorre utilizando-se o político de sua força como detentor de cargo, para demonstrá-la diante do alcançado pela medíocre atitude junto à iniciativa privada.

Não pode ser imaginado que estejam a criar do nada a demissão do jornalista Ricardo Ribeiro a pedido de Geraldo Simões. Geraldo que sempre gostou de ser reconhecido como republicano, fato em muito traduzido nas linhas de Eduardo Anunciação em sua respeitável coluna política.

Como diriam os antigos, com seu peculiar vocabulário: não assenta!

Péssima recomendação
E deixa uma expectativa nada recomendável para os formadores de opinião e para o eleitorado - porque o desatino ocorre em ano eleitoral -, quando o deputado impõe o nome de sua mulher como "solução" para o município de Itabuna.

Solução até que fosse!... Mas, se não tendo a prefeitura sob seu controle age assim o que não fará se chegar a conquistá-la?

Anuncia tudo para os que integram o "bloco do eu sozinho" e para quem não o seja, a chibata.

Não sabemos se perguntou ao povo o que acha disso!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Corda bamba

Espetáculo
Leninha Alcântara, de tanto afirmar e desmentir, vai construindo um singular processo de atuação política. Muito próximo do amadorismo.

Em cena uma corda bamba aguarda a apresentação da simpática artista. Que pode não dominar o aparelho. Parte do público aplaude. Mas os donos do circo não veem nela a profissional que precisam. Mas deixam que siga em frente.

Que a queda não lhe deixe sequelas.

Medida vazia

Jogando para o público
O anúncio do Governo da Bahia de que cortará o ponto dos professores que estejam em greve não constroi o diálogo que deve existir entre as partes. Ao contrário, soa como antipática, autoritária e precipitada.

Antipática e precipitada porque vincula a imagem do governador Jacques Wagner à truculência de Antônio Carlos Magalhães. Com cheiro de ameaça.

Precipitada porque a determinação acontece no imediato de uma reunião dos professores para avaliar o movimento, não fora estar ainda bem fesquinho o início da suspensão das atividades.

Por fim, sabe o Governador, que nenhum professor reporá aulas se não receber por elas. Ou seja, se o Governo não pagar não terá reposição de aulas.

A atitude deve fazer parte do teatro que o momento exige.

Por outro lado, é inócua. Pode o governo até supender pagamentos, mas terá, como já fez em outras oportunidades, que elaborar uma folha extra para repor os dias parados.

Ate porque, se encontrasse amparo para tamanho absurdo, estaria confiscando salários e vencimentos do professorado.

Sem falar neste significativo ano eleitoral! 

Consumado

Nada no escuro
Para que todos não sejam encontrados no mesmo barco furado, fazendo água por todos os cantos, aguarda-se a instalação de uma nova CPI no Congresso Brasileiro.

No entanto, a inevitabilidade da instalação da CPI denominada “de Cachoeira” nos permite observar as reações da grande mídia e os rumos que oferta à construção da opinião pública.

As atenções a ela debruçadas diferem, inteiramente, das que também merece aquela outra, da Privataria (amparada no livro de Amaury Júnior e que tem José Serra e o governo de FHC envolvidos até as entranhas), também requerida.

Uma análise das reações remete à conclusão de que há certa má vontade da grande imprensa com a instalação desta CPI especificamente. Querem estourá-la no nascedouro. Estranho, muito estranho!

Razões
Temos que o perigo desta CPI não está naquilo que de imediato ela apresenta – apurar as relações entre o bicheiro, políticos e governos – mas num tentáculo escondido: a imprensa, no imediato representada pela revista Veja, que trará, de roldão, a Época, IstoÉ, jornalões.

Não porque haja alguma coisa contra a imprensa em si mesma por ser imprensa, mas pelo fato de algumas de suas expressões utilizarem-se de métodos criminosos para obter reportagens e mesmo tentar derrubar governos. Sem falar nos escabrosos casos de chantagem.

Como fazer
No jogo da “desinformação” (misturar “mensalão”, que está sendo julgado pelo STF, com uma CPI que ainda nem iniciou os trabalhos) há uma sólida manipulação de que a sua instalação, que pode ocorrer nesta quinta 19, tem o condão de “encobrir” o julgamento do caixa 2, que denominam de “mensalão”.

Tratam de misturar alhos com bugalhos para desviar intencionalmente as atenções. Para isso vinculam a instalação da CPI de Cachoeira a interesses do PT.

Chegam até mesmo ao desplante de afirmar, como o fez José Nêumane Pinto no Jornal do SBT desta quarta 18, de que a dita cuja é uma vingança pessoal de Lula contra Marcondes Perillo.

Parece que lutam bravamente contra a instalação da CPI. Tem coisa!

Por isso insistimos: tem coisa muito além dos jardins de Brasília, que alcançarão certamente os jardins de empresas de comunicação nos arredores daquele universo da Paulista.

Que lutarão para não revelar as fontes de suas matérias bombásticas, às vezes não provadas.

Mas que causam um estrago terrível. Como desejado por elas!

Esse o temor! De que sejam descobertas tão sujas como os "sujos" que denunciam.

Quando dá certo

Fugindo de comentar
Míriam Leitão, pródiga em críticas às medidas do Banco Central quando este iniciou a escalada de queda da SELIC, dentro da ladainha neoliberal de que a inflação dispararia, que a insegurança do mercado etc. etc., nada disse esta manhã no Bom Dia Brasil. Limitou-se, em texto digno de twiter, a dizer que os juros bancários estão caindo, e mesmo sinalizou a possibilidade e a Taxa SELIC cair mais.

Como não teceu os comentários cabíveis... cá para nós, o governo está certo!

O método de sempre. Quando dá certo o pensamento que não nasce na Avenida Paulista e são desmentidas as teorias do mercado, melhor não comentar!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Consagração

Outro ministério
A ex-Ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à presidência da República, Marina Silva, esquecida pela mídia logo que perdeu a "utilidade" (como aconteceu com Heloísa Helena) volta ao noticiário por outros viéses: sua consagração como pastora em reunião da Convenção das Assembleias de Deus no Distrito Federal  (Do GNotícias).

Menos decepção, certamente, para Marina Silva. E um ministério com menos problemas.

Explicado

Interesses
A secretária de Estado norte-americaca Hillary Clinton quer que sejam os EEUU reconhecidos como "um bom parceiro", disse-o nesta terça 17. Mais vinculada está a defesa da americana aos interesses das petroleiras estadunidenses.

Defende, portanto, Hillary, que Brasil e Estados Unidos devem manter a parceria na área da exploração de petróleo em águas profundas.

Leitura deste escriba: pré-sal, a riqueza brasileira ainda não suficiente mensurada. Que muito interessa aos EEUU.

Hummm! Está explicada a visita.

E não à toa a IV Frota trilha os mares do Atlântico Sul.

Dois pesos

Burla
O Ministério Público Estadual pugna pela suspensão de seleção pelo Regime Especial de Direito Administrativo (O TROMBONE, desta terça 17), disfarçado sistema de burla da exigência constitucional daa exigência de concurso de provas e provas e títulos para preenchimento de cargos públicos. A medida enfrenta recente iniciativa do município de Jequié.

Louvável a iniciativa do Parquet estadual. Que precisa alcançar o maior promotor de tal procedimento: o governo estadual.

Tornou-se lugar comum a ocupação de cargos da carreira no serviço público através da burla. Que costuma privilegiar os "amigos do rei" com remeneração superior a dos funcionários concursados. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Reconhecimento

Patrono da educação
O educador e filósofo PAULO Reglus Neves FREIRE (1921-1997), reconhecido como um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial, com singular contribuição para a pedagogia crítica, centrou sua proposta na circunstância de que cabia ao estudante assimilar o objeto de análise partindo dele próprio e não do previamente construído.

Sua atuação e contribuição justificaram a outorga de 41 títulos de doutor honoris causa por universidades mundo a fora, como Harvad, Cambridge, Osford.

No Brasil foi preso em 1964 - pela inconveniência de ensinar a pensar criticamente - só retornando ao país com a anistia em 1979.

O Diário Oficial da União publica nesta segunda 16 a lei que o declara Patrono da Educação Brasileira. Afinal, o reconhecimento oficial da importância de Paulo Freire para o Brasil.

domingo, 15 de abril de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS Em: 15 de Abril de 2012

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Da ficção à realidade

Os fatos adiante registrados podem ser inscritos dentre típicos “dramas virtuais”, tratando-se de uma sociedade que encontra na tecnologia, em suas múltiplas vertentes, a fonte de singulares valores.
“Em 2005, o jogador chinês Qiu Chengwei matou um colega do jogo The Legendo of Mir 3 por vender (no eBay) uma rara espada virtual que lhe havia emprestado”. É o que lemos na janela “Pagando por pixels”, do encarte do The Economist “O mundo todo é um jogo”, da Carta Capital, na edição 677.
A matéria trata dos rumos alcançados pelo mundo virtual onde ocorrem negócios como a transação que “permite que os jogadores deem um valor no mundo real para seus itens nos jogos... Alguns jogadores vendem itens cobiçados para outros jogadores por dinheiro real”, tema já explorado por Julien Dibbell em Play Money (2006).
É provável que além do valor real atribuído por Chengwei à sua espada virtual nela também estivesse um significativo valor sentimental.
Certo é que do mundo virtual Chengwei partiu para o mundo real, onde cumpre pena de prisão perpétua.   

Dor de cotovelo contemporânea

Aqui em Itabuna Grazielle, amiga de Yan, neto primogênito, com ele falava do que acontecera com um amigo. Fora presenteado pela namorada com uma destas inovações, um chip ultra moderno, para seu celular.
Mas – assim o disse Grazielle – foi traído pela namorada. Que, não bastando trocá-lo por outro sem prévio aviso, lhe pediu de volta o alentado chip. O amigo estava não só magoado, mas simplesmente arrasado.
Nestes tempos de outros valores, ou de refazimento de valores, a dor de cotovelo não o era porque ela o abandonara, mas porque exigira o chip de volta.
De fazer Lupicínio tremer na cova.

Márcio Thomaz Bastos

sinopeHá dias anunciada a assunção por Márcio Thomaz Bastos da defesa de Carlinhos Cachoeira. (O Estado de São Paulo, de sexta 6). Chegam a falar num contrato de 18 milhões de reais. Não o vimos. No entanto é fato. O Estadão, em matéria de Mariângela Galluci, afirma que Bastos protocolou pedido de habeas corpus para Carlinhos Cachoeira no STJ, na segunda 9. (Negada a concessão de liminar pelo Ministro Gilson Dipp na quinta 12).
Um homem de poucos escrúpulos defendido por um ex-Ministro da Justiça. Surrealismo à brasileira.
A moeda, como valor, não deve ser a orientação de um homem, mas a virtude – propagava Diógenes (404 ou 412-323 a.C.) em tempos idos.
Reconheçamos que o grego de Sínope não sabia o que representava 18 milhões. Tampouco o ex-ministro é Alexandre, o Grande.

Decreto moral

Não se trata no caso de uma atitude como a de Sobral Pinto, católico praticante e anticomunista convicto, que assumiu a defesa de Luiz Carlos Prestes por suas convicções de advogado e mesmo chegou a se utilizar da lei de Proteção aos Animais quando se esgotavam os fundamentos jurídicos amparados no direito natural, primado da Civilização, como argumento contra o Estado que torturava o seu cliente.
No caso sob vertente, não se pretende negar ao criminoso Carlinhos Cachoeira o direito a defender-se. Mas, o pouco que esperávamos, cabia a Márcio Thomas Bastos – que ocupou o Ministério da Justiça – ser mais seletivo na escolha de seus clientes. Afinal, para o ex-ministro dinheiro não seria o problema – imaginamos.
Caso fôssemos o ex-presidente Lula redigiríamos um “decreto moral” exonerando-o, ou tornando sem efeito a sua nomeação para o Ministério da Justiça.

Revista bandida

vejaNão há credibilidade, tampouco legitimidade na revista Veja para investir contra a instalação de CPI para apurar as intervenções de Cachoeira no mundo da política, de governos e dos negócios, inclusive escusos, buscando vinculá-la (a CPI) a uma tentativa de melar julgamento do caixa 2, alcunhado de “mensalão”.
Está chafurdada até às vísceras no escândalo, uma vez que beneficiária direta, através do tal Policarpo, da sucursal de Brasília, em escutas ilegais para alimentar matérias sensacionalistas. Dentre elas aquele famoso “grampo sem áudio” de um telefonema entre o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, do STF.
O próprio Carlinhos Cachoeira jacta-se de que as matérias que repercutiram no noticiário nestes últimos anos foram fruto da atuação de sua quadrilha. Como “o hábito faz o monge”, a prática indecorosa chegou a fazer com que um repórter da Veja invadisse o apartamento de José Dirceu, em Brasília, o que demonstra a desfaçatez da semanal.
No fundo, tenta enterrar a CPI. Na defensiva ataca: mensalão neles! Ainda que tema requentado, sob apreciação do STF.

Espaço no banco dos réus

Está a revista envolvida em ações espúrias, como aproveitar-se de agentes de Carlinhos incrustados na máquina pública para gerar matérias que chegaram a desaguar em suborno para atender interesses da revista, alcançando benesses em bancos públicos, para não se falar da estranha compra de milhões de exemplares da Veja pelo governo de São Paulo, sem licitação.
Tenta enterrar a CPI. Atacar para defender, desviando a opinião pública do que se espera apurado pela CPI. Que se realmente buscar limpar a sujeira, alcançará, certamente, a Veja e a Editora Abril, que tenta a manobra de assumir o comando da investigação quando, no fundo, é também investigada.
O que esperamos das apurações, se acontecerem a contento, é que não falte espaço no banco dos réus para a revista Veja e a Editora Abril.

Anencefalia

Com a decisão do STF admitindo a possibilidade de abortamento em casos de anencefalia e da iniciativa do Conselho Federal de Medicina de desenvolver métodos seguros de diagnóstico seria interessante desenvolver um método de avaliação de outro tipo de anencefalia: a política.
Na anamnése perguntas tipo se o paciente assiste o BBB ou que revista semanal lê seriam de grande utilidade.

Mudando rumos

A Presidente Dilma olhou no fundo dos olhos de Obama e cobrou “respeito aos contratos”, lembrando que os EEUU sempre assim fizeram com relação ao Brasil. Defendia a venda de tucanos da Embraer, cancelada por iniciativa do Congresso estadunidense. “Como podemos fazer acordo na área de Defesa se o Congresso americano não respeita contratos?” afirmam os que assistiram a prosa entre os dois na Casa Branca, como revelado pelo Estadão, em matéria de V. Rosa com colaboração de D. C. Marin, como veiculou o Luis Nassif Online deste sábado 14. 
Que continue assim!

É também deles

pingaA cachaça, a famosa branquinha que já se torna arco-íris (tudo deve ter começado com aquela “azulzinha” produzida pros lados de Coaraci nos anos 60), recebe o selo de reconhecimento nos Estados Unidos. Vitória do Governo Dilma, dirão os defensores da mais autêntica e brasílica destilada, que consegue, de início, a proeza de fazer com que nossa pinga deixe de ser por lá alcunhada de rum.
Aguarda-se o reconhecimento interno e que venha a ser servida nos rega-bofes do Itamaraty.

Rotos e esfarrapados

PSD e DEM. Fundidos. Não se duvide da força numérica da bancada que adviria da união. Próxima a do PT.
Mas pode representar aquele famoso abraço de afogados: só um escapa, quando não morrem os dois.

bessinhaMais se espera I

Louvável a iniciativa da OAB local, com direito a foto, de buscar junto ao Ministério Público intervenção para coibir propaganda eleitoral antecipada. No entanto, vemos um lugar comum, a considerar que atitudes inconvenientes de candidatos em geral serão objeto de denúncia com vistas a inviabilizar candidaturas na oportunidade em que pretendam registro para habilitar-se ao crivo do eleitor, se o interessado pretender exercer o direito subjetivo de fazê-lo, nele se incluindo o Ministério Público como custos legis.
Para a instituição, com nossos botões dialogamos, esperamos mais afinco por aquilo que mais diretamente está vinculado a OAB: a defesa do advogado e da advocacia.

Mais se espera II

Dizia-nos um causídico, que buscou conversar com um magistrado local da Justiça Federal, na defesa dos interesses do cliente, recebendo a resposta, através de um servidor, de que ele (o magistrado) não conversava com advogado. Este, que peticionasse.
Bons tempos em que o advogado era respeitado, valorizado sem texto constitucional, não era impedido de ter acesso aos autos, era recebido pelos juízes.
E não precisava ser avaliado por um Exame de Ordem. Que o torna distinto e desigual para a definição constitucional de que “todos são iguais perante a lei”, uma vez que todos os graduados são iguais perante a lei, exceto os que cursarem Direito.

Todos iguais

Em época de campanha eleitoral o discurso que o PT dispunha em Itabuna, de que a administração Azevedo (DEM) não cumpria o piso nacional do magistério, foi sacrificado com a greve dos professores do Estado administrado por Wagner (PT).
Partindo do fato de que todos são iguais perante a lei, DEM e PT estão iguais perante a greve.

Hummm!

Não fosse o contexto em que posta, a fala de Rui Carvalho a “O Tabuleiro” – radiofônico comandado por Vila Nova, na Conquista FM, em Ilhéus – mais apropriada estaria para o divã psicanalista: “A gente não pode ir por interesse e sim por amor. Todo casamento tem que ter tesão”.
Coisa assim de dor de marido traído sem possibilidade de retorno ao lar que abandonou, tipo “arrependido quer voltar”, “ruim com..., pior sem...”.
Certo que estamos em novos tempos para a política. Mas... a linguagem e o vocabulário!

Não deixa a cena

Geraldo Simões continua no olho do furacão. As dificuldades políticas estão a lhe chegar por vertentes as mais diversas e impensáveis no passado. Destaque-se a falta de crédito na cidade. Pelo menos no setor gráfico. Ninguém admite realizar um serviço para GS se o dinheiro não for pago adiantadamente.
Nem fotógrafo está admitindo fiar quatrocentos dinheiros para GS. Sem dindim adiantado não tem fotografia.

Informativo

Aguardam a circulação de um informativo ou outro título que lhe deem. Para louvar a importância do PTdoG na eleição local.
Circulará assim que o dinheiro chegar... Para pagar a impressão.

Difusora ainda é notícia

Não diremos que seja responsabilidade direta de Geraldo Simões, mas tem gente diretamente vinculada ao negócio que fez cair a emissora no colo de GS que não anda nada satisfeita com o deputado.
Lamenta-se o indigitado haver lutado com unhas e dentes para que o negócio fosse realizado entre Fernando e Geraldo (ops! amigo de...), chegando a inviabilizar a pretensão de um empresário local e a de pessoas vinculadas ao governo Azevedo, a fim de que fosse selado o pactuado com o petista, tudo assegurado graças à sua intervenção.
Andou paparicado e ciceroneado em Luzimares. Hoje amarga o desengano. Descobriu que Geraldo Simões deu de não cumprir a palavra dada.
Esqueceu o coitado de exigir que o prometido o fosse por escrito, com firma reconhecida... Afinal, Geraldo Simões não usa bigode!

Caminhos ásperos

Não trataremos do clássico faroeste, dirigido por John Farrow em 1953. Não há tambores apaches. Mas o périplo por que tem de passar a candidatura do PTdoG, selada neste instante em torno de Juçara, que não assegura nenhum “caminho de Compostela”.
Vazam por aí que fonte estranha ao universo local mandou levantar o cenário eleitoral em Itabuna sob o plano de uma ópera. Lá está Juçara e seus 32 fiéis amigos, acompanhada por Azevedo, com 26 vassalos e Vane cavalgando 12 potros.
Como nos contaram existir uns 35 desconhecidos a fugir de todos, pode haver ator demais para tão pouca cena.

Lembrança

Paulo Sarraceni (1933-2012) morreu neste sábado 14. Dos mais respeitados cineastas brasileiros, ao lado de Glauber, Ruy Guerra, Nélson Pereira dos Santos, Alex Viany, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Diegues, Roberto Farias, dentre outros, iniciou o movimento “Cinema Novo”. Glauber declara ser de Sarraceni a frase a ele atribuída, de que se faz cinema “Com uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”.
Desde o documentário “Arraial do Cabo” (1959) até “Banda de Ipanema” (2001) – uma homenagem a Albino Pinheiro – Sarraceno trilhou pela reformulação conceitual do cinema brasileiro, a partir da realidade pátria (Arraial do Cabo é típica premonição em relação aos problemas modernamente contemplados como preocupação pelos danos causados ao meio ambiente na relação progresso-natureza, que Eliane Caffé retoma poeticamente em “Narradores de Javé”, em 2003).
Destacamos aqui, no espaço para música, uma cena de “O desafio”, de 1965 (filme que lida com os impasses da esquerda brasileira, derrotada em 1964), onde Sarraceni utiliza parte do Show Opinião (direção de Augusto Boal, com textos de Ferreira Gullar, Paulo Pontes, Oduvaldo Viana Filho e Armando Costa), dele destacando o instante em que Maria Bethânia interpreta “Carcará” (João do Vale-José Cândido).


Cantinho do ABC da Noite

cabocoOutro destes sábados para os “paroquianos” do ABC. Conversa vai, conversa vem. Sai um, entra outro. Batida saltando do frízer para o bucho da moçada, até que o valor de chás, como medicamento, dominou o espaço. Citado um tipo, outro e mais outro. Não tardou alguém definir:
– Lá em casa não falta capim-santo.
– Dez anos desse chá, Cabôco, garante lugar no Paraíso – não perdeu o mote o filósofo do Beco do Fuxico. – Basta comunicar ao Papa e você terá a canonização garantida.

_________________
Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

De lixo, de finanças públicas e de poesia

O encanto e a graça do lixo
Em ano eleitoral, a reportagem do Jornal Nacional em Itabuna, na quinta 12, mexeu com diferentes rumos da autoestima grapiúna. De imediato, podemos afirmar, que essa “vergonha” tornar-se-á mote para as eleições deste ano, ao lado da violência e da saúde.

De logo, ataques à administração de Azevedo foram acompanhados por defensores de sua gestão(?), alguns lembrando que nas últimas décadas nenhum dos gestores cuidou do tema (leia-se, Fernando Gomes e Geraldo Simões).

Cumpre registrar que o encontrado em Itabuna pelo Jornal Nacional o é em qualquer de nossas cidades – grandes, médias e pequenas – porque a natureza do problema está em sua própria realidade, ou seja, o aumento, nas últimas décadas, do volume de lixo produzido e na sofisticação de seus componentes (não mais papel e restos de comida, como há 50 anos).

Para evitar proselitismos, contra ou a favor, cabe-nos analisar a circunstância em que se encontra o “nosso lixo” de cada dia, onde também o de Itabuna, por uma vertente pouco utilizada pela maioria dos críticos: as necessidades financeiras e a disponibilidade do(s) Município(s) para efetivar(em) um sistema moderno voltado para a coleta e o tratamento dos resíduos gerados na cidade.

Ainda que tivéssemos uma coleta que pudesse ser considerada como perfeita (auxiliada por uma população civilizada e consciente desta particular realidade), em sã consciência não podemos afirmar que o município de Itabuna (como os demais na região) disponha de meios para realizar os investimentos necessários para materializar um aterro sanitário moderno.

Os investimentos são de tal magnitude que mesmo os órgãos financiadores tradicionais não o fazem se não houver uma relação custo-benefício compatível.

É que o custo dos investimentos exige uma quantidade tal de lixo coletado para corresponder ao tratamento que cidades do porte das nossas gerariam ociosidade diante do investimento, o que leva os planejadores a não recomendarem a aplicação de recursos sob pena de implicarem em desperdício.

Por outro lado, o município de Itabuna (destinatário direto da matéria no JN), por exemplo, como os demais, não pode pensar pura e simplesmente em realizar um empreendimento deste porte com recursos próprios.

Isto porque, historicamente, o limite de sua capacidade de investimento é muito baixa, variando entre 3% a 5% da arrecadação, visto que não dispõe de uma política consistente de fazer aumentar a arrecadação própria. (Geraldo Simões, na primeira gestão, conseguiu elevá-la de 3,5%, em 1992, para 26%, em 1996).

A regra geral pode ser assim traduzida: de cada 100 reais arrecadados apenas de 3 a 5 estão disponíveis. Ou seja, de cada 1 milhão, disponíveis apenas um máximo de 50 mil para investimentos.

Ora, tomando-se a dimensão dos inúmeros gargalos a exigir investimentos (custeio da administração, saneamento básico, distribuição de água, pavimentação etc.) os valores disponíveis são insuficientes.

Essa a razão que move prefeitos do país por uma reformulação da distribuição da arrecadação federal, hoje alcançando 14% para os municípios (já foi menor) e de andarem sempre com o pires na mão junto ao Governo Federal.

O grosso das despesas dos municípios em geral (depois de afastados os recursos destinados ao Poder Legislativo) está comprometida com a folha de pagamento, o custeio da máquina administrativa (energia, veículos, combustíveis e outros insumos) e a dívida fundada decorrente de parcelamentos (INSS, PASEP, FGTS) vinculados às transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Mas, não podemos negar, o lixo de Itabuna adquiriu vida. E mais: alma. Internou-se nas discussões, como centro de paixões e preferências político-eleitorais. Ainda que sob o crivo da racionalidade devesse ser discutido, não se deixando fugar dos prismas eminentemente técnicos.

De mais interessante, tornar-se inspiração para a poesia. Na poesia de Piligra, que dele se aproveitou para gerar um belo soneto sob o signo da forma italiana, correndo mundo pelo facebook e linhas de Gustavo Felicíssimo.

Para mostrar que se alhures "lixo é luxo", como o viu Joãozinho Trinta, também é "poesia".