terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Retalhos

Disputando o quê?

O PMDB local alardeou a antecipação da definição de sua candidatura reunindo-se para decisão que anteciparia o processo eleitoral no partido. Ao que parece serviu apenas para afastar da possibilidade três candidatos e isolar Maruse e Leninha na disputa. Mas nada decidido.
Reunião para quê?


Da coluna de Marcel Leal, no A REGIÃO

A quanto chega a paranoia de certas pessoas em defesa de “minorias”. A circunstância de um travesti buscar o banheiro feminino quando lá estavam mãe e filha de 10 anos e ter ele sido instado a buscar o masculino (afinal, sua genitália é masculina) causou frisson na coordenadora de políticas para diversidade sexual de São Paulo, que considerou o fato, segundo traduz Marcel, “Uma discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero”, a ponto de recomendar o travesti “reivindicar seus direitos”.

A propósito de São Paulo

É possível que tenha origem na mesma competência a exigência, em sede de recadastramento anual (obrigatório pelo governo do Estado de São Paulo), de informações, além de dados pessoais como nome, endereço, estado civil etc., destas duas singulares perguntas:
Orientação sexual. Opções: heterossexual, homossexual, bissexual.
Identidade de gênero: Opções: homem, mulher, travesti, transexual.
Parece coisa de tarado ou de voyeur.



A Justiça(?) como sempre...

Para beneficiar o fraudador Naji Nahas e seus credores – que certamente não é nenhum asilo de velhos ou creche para crianças desamparadas –, onde também se inclui o município de São José dos Campos (a quem competia solucionar o problema, que existe desde 2004, quando tem instrumentos como a regularização fundiária amparada no Estatuto da Cidade) e quando se leia credores leia-se bancos, investidores/especuladores etc., uma decisão judicial, prontamente acatada pelo Poder Executivo paulista (a Polícia Militar está sob responsabilidade do Estado) estarreceu a todos.
Garantias individuais e coletivas, assim como o princípio da função social da propriedade, foram lançadas ao lixo. Uma desocupação que deveria ter ocorrido no imediato da invasão, ainda que possa ser absurda a prevalência do interesse privado sobre o coletivo (posição pessoal) aconteceu ferindo de morte a dignidade da pessoa humana, escopo da Carta Maior, destruindo (literalmente) uma comunidade estimada entre 6 a 7 mil pessoas, incluindo deficientes, idosos e crianças.

Escândalo I

O terreno onde fica a favela do Pinheirinho era uma chácara que pertencia a uma família alemã que foi massacrada em 1969 (os dois irmãos Kubitsky e suas esposas), sem deixar herdeiros. Há desconfiança de que a aquisição pelo Naji Nahas se deu através de grilagem, tanto que a zelosa grande imprensa paulista não indaga como conseguiu o terreno que a lógica legal remetia a pertencer à fazenda pública, destino natural de bens que não encontram sucessores na ordem estabelecida no Código Civil.

Escândalo II

De estarrecer alguns fatos, relacionados no sítio Conversa Afiada (mais detalhes em “Pinheirinho e o fio da meada. O PSDB e Naji Hahas”, no www.conversaafiada.com.br).
A decisão da juíza se baseou em processo anulado pelo STJ.
A dívida de Nahas para com a prefeitura chega, quando muito, a 18 milhões, sendo que o terreno está avaliado em 180, tendo ela (Prefeitura) atualmente como única credora no processo. (Como haverá devolução de dinheiro, certamente Nahas e troika serão os beneficiados.
A ordem judicial para suspender a reintegração, expedida pelo TRF ao comando das operações foi interceptada pelo desembargador Rodrigo Capez (respondendo pelo TJ paulista) que não a deixou fosse cumprida.
O desembargador Capez é irmão do deputado estadual Fernando Capez (PSDB).
O governado é do PSDB.
O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury.
Geraldo Alckmin, da Opus Dei, deve estar rezando, agradecido. E pedindo que não surja na história um Carlo Maria Vigano, aquele arcebispo que denunciou a existência de corrupção no Vaticano.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

De Rodapés e de Achados - Dia 29 de janeiro


DE RODAPÉS E DE ACHADOS
AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Quosque tu Fernandus

É o que diria José Serra, se estivesse em melhor situação (não fosse o “A Privataria Tucana”) diante das recentes declarações de Fernando Henrique.

Tiraria uma de Julius Caesar e veria em FHC um Brutus.

Nem o Vaticano escapa

A divulgação de cartas enviadas pelo arcebispo Carlo Maria Vigano, vice-governador da cidade do Vaticano, aos superiores (inclusive o Papa), denunciando corrupção, abalou o mundo católico.

O Vaticano reconheceu a existência e o conteúdo das cartas, mas condenou a publicação de matéria reservada, como detalhado no www.advivo.com.br da sexta 27. Ou seja, denunciar pode; não pode é divulgar.

Afinal, considerando a infalibilidade papal, e ser ele o representante de Deus na Terra, não fica bem para o Todo-Poderoso dita representação.

Para os corruptos, no entanto, constitui-se em outro argumento: é também coisa de Deus.

Engano(?)

Deu na BBC Brasil: diz a polícia de Nova York haver apreendido 12 quilos de cocaína, entregues “por engano” na sede da ONU, enviados de um país sul-americano.

Nas bolsas havia o logotipo da organização. Não informam se era mala diplomática.

Huuum!

Negando Justiça



Deram de confundir Judiciário com Justiça. Se houvesse Justiça não ocorreria tal descalabro em nome dela como a reintegração no Pinheirinho, em São José dos Campos.

No fundo todos esquecemos que a Justiça(?) nada mais é em nosso sistema do que a aplicação da lei. Ainda que a lei nem sempre esteja a serviço dela.

Faltam-nos homens julgando que compreendam isso.

(Por uma razão de espaço transferimos para adylsonmachado.blogspot.com outros registros e avaliações sobre o fato).

Fazendo Justiça

amiltonSaudade do baiano Amilton dos Santos, tratorista, que em maio de 2003 se negou a cumprir uma ordem judicial para destruir um barraco no bairro Palestina, em Salvador.
Teve mais dignidade em “julgar” o que é justo do que parcela da magistratura nacional em casos tais.

O que nos resta

Para os indignados com a absurda operação judicial-policial ocorrida no Pinheirinho, subscrever o manifesto-denúncia dirigido à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA através de http://www.peticoesonline.com/peticao/manifesto-pela-denuncia-do-caso-pinheirinho-a-comissao-interamericana-de-direitos-humanos/353  

Com quem a razão?

Preso quando buscou hospital, ferido na virilha, confessou que matara um policial em Ilhéus. Estava “protegido” na cadeia, como disseram companheiros detentos quando o oficial de justiça exibia alvará de soltura, determinada pela Justiça. Consideravam uma “cilada”.

A liberdade ocorreu na quarta 25, em Ilhéus, devidamente noticiada. Na quinta, foi assassinado em Itabuna, tudo devidamente noticiado.

Como é provável que a autoridade não chegue à autoria, não saberemos se os detentos tinham ou não razão.

Culpa do povo I

Transporte ruim não é novidade. Nesse particular novidade é o dirigente da empresa dizer que o veículo custa 400 mil
reais e condicionar o retorno da operação à “garantia” da população de que o fato não se repita.

O incidente – a população indignada incendiou o veículo que apresentou defeito na estrada de Itamaracá – deveria servir de alerta e de lição.

Afinal, transporte coletivo é público, que o particular exercita através de concessão.

Culpa do povo II

Ao que parece, falece competência ao Secretário de Transportes do Município para gerir o problema. A não ser que esteja agindo sob a premissa de que o interesse particular (da empresa) está acima do interesse da coletividade.

Coisas dessa administração(?). O gestor condena o ato de vandalismo e “condicionou a retomada do serviço” a entendimentos entre empresa e população. Ou seja, o poder público concedente, a quem compete gerir o sistema, apenas assiste e lava as mãos.

No final, mais fácil culpar o povo. Que, no fundo, é culpado mesmo!

Rasteira I

A surpresa na saída de Miralva da DIREC-7 não reside na exoneração em si, mas no modo rasteiro e deselegante utilizado por Geraldo Simões. Que pretendia ver o nome da exonerada estampado no Diário Oficial de fim de semana passado sem que tivesse ela conhecimento.

Mesquinhez ao cubo!

Rasteira II

A forma desrespeitosa como Geraldo Simões esperava a exoneração de Miralva Moitinho da DIREC-7 (que sairia “na calada da noite”, numa sexta-feira) não encontra justificativa nem que o fosse para abafar a repercussão da compra da rádio Difusora, assumida na segunda. (Assim o dizemos porque GS dela fala como se proprietário fora).

Não está sozinha

De um prefeito petista da região: Miralva deve receber a ingratidão como desafio. Afinal, dizem em nível superior – e o confirma o próprio GS exonerador, quando elogia a atuação da dirigente – que a DIREC-7 é a melhor administrada da Bahia.

O que não conseguirá I

Miralva, com defeitos ou não, parece possuir virtudes. Afinal, recebeu apoio ostensivo de parcela considerável do magistério local (200 para uns, 300 ou 400 para outros), para ouvi-la dizer que não abandona a luta.

Interrompida com aplausos em muitas oportunidades, quase foi vaiada quando exortou a todos a lutarem pela eleição de Juçara Feitosa.

É que somente três ou quatro pares de mãos ensaiaram rápido aplaudir, de imediato suspenso.

O que não conseguirá II

Miralva não conseguirá mudar consciências indignadas. Principalmente diante de urna. É onde reside o perigo para GS.

Uma categoria amparada em trabalho conquistado através de concurso, com estabilidade, não corre o risco de perseguição (pelo menos em termos). E tem autonomia e determinação histórica para assumir posturas, posicionar-se contra ou a favor.

Ou, pelo menos, votar na surdina em quem queira. Ou não votar.

Difícil de entender e entendendo

E nessa esteira embarca Geraldo Simões. Não deixa de ser profundamente contraditória a atuação do deputado: elogia a atuação de Miralva (sem faltar aquele sorriso de Monalisa), mas pede sua exoneração, ao tempo em que defende a permanência de Aldo Bastos no CCAF, atormentado por denúncias de corrupção e definido como o pior dirigente de Centro de Cultura do Estado da Bahia.

O que faltou

Como GS elogia Miralva (competente) e defende Aldo Bastos (incompetente) certamente careceu Miralva de um pedido da mãe. De GS.

Falta de prestígio imperdoável!

Competência

Considerada a competência de Jonas Nascimento, tido como o grande vitorioso com a saída de Miralva, fica difícil entender porque Geraldo não o indicou para substituí-la na DIREC-7.

Encantado

Tiago Feitosa (não sabemos, ou não explicam, a razão por que de recusarem o nome Simões, tanto a esposa como o filho) está encantado.

Com Fernando Gomes!

Como é também o caso de Geraldo Simões, como perderam tempo esses anos todos de disputas!

Síndrome Félix Mendonça

No fundo, no fundo, Geraldo Simões demonstra estar usando até a esposa. Tudo para manter um feudo eleitoral que lhe assegure em torno de 20 mil votos em Itabuna (caso ela não se eleja), enquanto através de alianças em outros municípios sustentaria a votação para sua reeleição a deputado federal.

Se não mantiver a corrida “rabo de cavalo” (só cresce para baixo) – obrigado vó Tormeza – como aconteceu nas duas últimas eleições: de 89 mil para 75 mil votos, perdendo nada mais nada menos que 12 mil somente em Itabuna.

Nessa esteira, Itabuna se torna apenas mais um município para integrar seu colégio eleitoral. (As razões disso? disporemos em artigo a qualquer momento)

Fazendo o povo feliz!

chargeConfirmando

A coluna Z do Diário Bahia deste fim de semana diz que Eduardo Anunciação foi convidado para assumir a direção da rádio Difusora. Como o empresário adquirente nada conhece de Itabuna e Geraldo é amigo de Duda, faz sentido.

Detalhe: quando telefonamos a Eduardo para antecipar a venda da Difusora por interessados ligados a GS disse-nos, peremptório: “não é verdade”.

O detalhe está no intermediador: Raimundo Vieira. A mais recente conquista da família Geraldo Simões para as hostes do convívio social – Luzimares em especial – não fora mesas de churrascarias.

A lição de Josias

Postura escorreita e lúcida a do deputado Josias Gomes, diante de conquistas de opositores internos em Ilhéus.

Exemplo de maturidade em defesa do interesse da coletividade política (o PT) em detrimento da política individualista.

Lição de mestre!

O “Maria Rosa” e a lavagem do Beco do Fuxico

lavagemPinçamos do Blog do Ari Rodrigues o seguinte material, alusivo ao verdadeiro carnaval de Itabuna, que dispensa atrações onerosas e faz a festa/tradição e não a festa/produção. Uma combinação nestes últimos anos garante sucesso:
O bloco “Maria Rosa” e a “Charanga Elétrica”.
A Lavagem do Beco do Fuxico é uma tradição que nem o tempo e nem as administrações municipais conseguem apagar. Assim também é a história do bloco Maria Rosa.
Geraldo “Caçolinha” mais uma vez, faz parte da coordenação da Lavagem do Beco... é o maestro que com sua batuta cor-de-rosa, leva as “meninas” mais irreverentes para o beco mais famoso da cidade.eugenio
A banda Charanga Elétrica já é figurinha carimbada na Lavagem.  
Eugênio, músico dos melhores da região, dali de Itajuípe, é useiro e vezeiro dos carnavais. A Charanga tem um repertório de marchinhas dos antigos carnavais, que dá inveja a Luís Caldas, Armandinho e Moraes Moreira.

Como Itabuna não terá carnaval, ou melhor, não terá “o carnaval do Centenário de Jorge Amado” a expectativa é que mais de 10.000 pessoas compareçam no próximo 4 de fevereiro no Beco do Fuxico para conferir as atrações, beber uma batida no ABC da Noite, do Cabôco, tomar um banho de carro pipa e escrever mais uma página desta centenária Itabuna. 

Atendendo

cançãoEm defesa dos que nos cobraram a tela referida no texto, reproduziremos o material da semana passada no rodapé “Encantador II”, do inusitado encontro “ocorrido no Conservatório de Moscou, quando lá se apresentava Dave Brubeck, em dezembro de 1997. Instado a desenvolver sua estética sobre a famosa ‘Canção dos Barqueiros do Volga’ (A. Alexandrov-O. Kolichev), inspirada numa pintura de Ilya Repin (ao lado), foi acompanhado pela ‘interrupção’ do violonista Denis Kolobov (hoje também maestro, à época estudante) que com o piano estabelece um breve diálogo, de imediato aceito pelo pianista americano...”.
Com tela e vídeo.

cabocoCantinho do ABC da Noite

Em salvador 2 de fevereiro é dia de Iemanjá, “de festa no mar”; em Itabuna, de Cabôco Alencar. Lá com direito a música e homenagens de seus adeptos; aqui, de abraço do alunado. E uma batidinha, que ninguém é de ferro!
Anedota, caro leitor, fica para a próxima semana!
Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

domingo, 29 de janeiro de 2012

Retalhos

“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios” – Montesquieu, filósofo iluminista francês (1689-1755)

Lá e cá
No Rio de Janeiro despencam prédios. Em Itabuna, a imagem de certos políticos.

A propósito de sorrisos de Monalisa
A propósito dessas fotografias dos políticos que andam com os dentes no quarador (obrigado Tormeza).









Difusora
As cabeças começaram a rolar. Mas, não haverá “caça às bruxas” – diz, magnânimo, Geraldo Simões – que, “de vez em quando” vai dar uma palavrinha nos microfones que antes eram de Fernando Gomes.
Até que anunciado o programa “Falando com Geraldo”.
Se não bloquearem o telefone é coisa de cuspir fogo.

Semantizando a Semântica
O Diário de Notícias de Lisboa aventa a possibilidade de os Estados (governos) credores da Grécia renunciarem à parte dívida grega, que pode alcançar 50%, é o que informou na quinta à noite Jean-Cleude Juncker, presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, como detalhado em www.advivo.com.br desta sexta 27.
A iniciativa está mais para uma confissão do que para ajuda e compreensão. Pode ser também entendida como semântica para o termo calote. Só que esse o é às avessas: o potencial caloteado assume de logo o inevitável.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RETALHOS

Fumar faz bem(?)
Andam demonstrando que doses diárias de nicotina contribuem para redução de danos em casos como Alzheimer e Mal de Parkinson. É o resultado de uma pesquisa da Academia Americana de Neurologia, divulgada na revista Neurology, que apontou melhoria na atenção e memória, a ponto de 46% recuperarem o rendimento normal para idade na memória de longo prazo. Detalhes em texto de Carlos Newton no www.tribunadaimprensaonline.com.br de sábado 21 (“Era só o que faltava: a ciência descobre cada vez mais benefícios da nicotina”).
Como bom ex-fumante continuaremos sem fumar e incomodando quem o faça perto de nós.
Consumado e não mostrado
O negócio que materializou a transferência da rádio Difusora está consumado. Somente o contrato não foi mostrado. Mas Geraldo faz declarações e age como proprietário.
No entanto, tem um álibi para sua reiterada negação de ser ele proprietário ou sócio da emissora: o Decreto 7.670, de 16 deste janeiro, o último a alterar dispositivos do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão (que regulamenta a Lei 9.472/97, a Lei Geral das Telecomunicações).
A letra “b” do § 5º do artigo 15 exige declaração de que os interessados “não estão no exercício de mandato eletivo que lhes assegure imunidade parlamentar ou de cargo ou função do qual decorra foro especial”
Está explicada a recusa – de direito – em assumir. Já, de fato...
Às escâncaras

Mas que não se aperreie o intérprete popular: Tiago Feitosa (filho de GS) é amigo do empresário. Certamente o convenceu a investir por estas plagas. E ele, muito dedicado às coisas de Itabuna, veio por aqui comprar uma empresa financeiramente deficitária.
Um santo homem!

domingo, 22 de janeiro de 2012

De Rodapés e de Achados dia 22 de janeiro

Dos tempos de privataria

Na esteira da publicação de “A Privataria Tucana” nos chega informação, em texto de Lucas Callegari e Luiz Antônio Cintra, do pedido de recuperação judicial (concordata) da American Corporation, controladora da America Airlines e da American Eagle (“Um mico tucano de US$ 900 mi”, Carta Capital n. 680).
Nada demais se a crise da estadunidense não alcançasse nosso BNDES, que a financiou com uma parcela de 900 milhões de dólares, dos 2 bilhões de créditos concedidos para a compra de aviões da Embraer. Quem pelo caminho? André Lara Rezende (flagrado naquele famoso telefonema com Luiz Carlos Mendonça de Barros “no limite da irresponsabilidade”, eufóricos com a vitória do Oportunity de Daniel Dantas nos leilões das privatizações de estatais de telecomunicação), um dos pilares do tucanato no período FHC.
Era o clímax orgástico do neoliberalismos tucano: brasileiro financiando empresa dos EEUU. Supimpa!

Choro contido

amadoDaniel Thame, em texto publicado em seu blogue na quarta 18 (“Amado, pero no mucho”) presta singular depoimento sobre a atuação de Ari Rodrigues e Eva Lima, considerando a existência de um projeto de Ari denominado “Galpões Culturais”, que integraria uma política de ações paralelas ao centenário de Jorge Amado.
O produtor – assinala Thame – foi recentemente entrevistado por José Raimundo, da Rede Globo, sobre o andamento das comemorações amadianas em Itabuna. (Não esquecer que Ari integra um grupo, ao lado da ACARI e ACCODEC, que lançou a campanha pela celebração do centenário do ferradense ainda em agosto de 2010).
Lembra Daniel: “Ari Rodrigues é um guerreiro quase solitário, com a incansável Eva Lima ao lado, sem condições de fazer frente ao Dragão da Competência com que Ilhéus preserva a memória de Jorge Amado”.
Tem razão Daniel. Razão falta a esta pobre Itabuna. Daí porque choramos todos aquele choro contido de criança abraçada ao travesseiro.

A propósito

A agilidade dos dirigentes culturais de Itabuna fê-los deixarem-se atropelar pela competência ilheense. O primeiro deles – desta fase para ser esquecida – Cyro de Mattos, por colocar sua vaidade e individualismo acima de qualquer projeto que efetivamente beneficiasse o município; e a atual, esposa do vereador Roberto de Souza, nome que só existe em release, por sua incompetência de imaginar cultura pela ótica do dondoquismo, enquanto dispuser de recursos públicos para suas farras fiquianas.
Bem diferente seria, temos certeza, se a FICC tivesse à frente uma Ritinha Dantas. Por sinal, idealizadora, criadora e estruturadora da instituição na administração 2001-2004, de Geraldo Simões.

Centenário perdido

Ilhéus anuncia com a justificada pompa e circunstância o calendário de eventos que marcarão o centenário de Jorge Amado, o que inclui até mesmo a possibilidade de o estado da Bahia ser administrado a partir da praieira, que sediaria o governo na data da efeméride.
Centenas de milhares de reais (que ultrapassarão a casa de alguns milhões) correrão à conta de projetos centrados em Jorge Amado e mobilizarão a economia local.
Cá na terra nativa do ilustre escritor, esquecidas a fazenda Auricídia e Ferradas, ainda que por aqui o palco das lutas das terras-do-sem-fim. Talvez uma minguada e indiferente micareta servirá, quando muito, ao palanque eleitoral.
A incompetência da administração itabunense jogou ao largo mais um centenário.

Dignidade

Nome leve, ensaiada pretensão de Fernando Gomes à sucessão de Azevedo (naquele residia o senão), o secretário de Educação do Município Gustavo Lisboa nos lega uma rara lição de ética e desprendimento no exercício de função pública, ao não se deixar alcançar pelo toque da “mosca azul”.
A consciência respeitosa ao ex-prefeito que o levou à Secretaria e ao atual, que o manteve, fizeram-no declinar da candidatura que lhe foi oferecida.
Um exemplo de dignidade.

Incomodado por que?

Temos que Geraldo Simões se demonstra incomodado com a divulgação de que ele, ou interposta pessoa para atendimento de seus desideratos, adquiria a rádio Difusora. Um direito justo e legítimo que dispensava tanta explicação e reiteradas negativas.
Nesse particular, saberemos todos para quem foi ou irá a Difusora quando a linha geral de sua programação for alterada. Especialmente se afastados aqueles que lá trabalham divulgando as maravilhas da administração Azevedo.
Imagine-se se passarem a condená-la?

Tiro no pé I

A reação de GS à veiculação da aquisição da Difusora assumiu dimensão despropositada. No fundo o que o incomodou não reside na negociação em si, mas na entabulação de acordo político com Fernando Gomes.
Negar o sonho de GS em dispor do apoio de FG é duvidar da capacidade de raciocínio do eleitor. Sua insistência em se aproximar de Fernando tem sido uma constante nos últimos seis/sete meses, tanto que o buscou através de Raimundo Vieira – o grande interlocutor e canal de contato entre ambos, artífice maior da aproximação ansiada.
Encontrou o álibi perfeito quando, subitamente deslumbrado com a importância do Centro de Convenções iniciado por FG em terreno por ele doado (que se encontra às moscas por falta de recursos que só podem encontrar origem nos cofres do Governo Estadual) ofereceu-se para intermediar junto a Wagner a conclusão do projeto.

Tiro no pé II

Ocorre que esse amor repentino de Geraldo pela obra paralisada, se não fosse o seu interesse em ver Fernando como aliado em 2012, poderia já ter sido reiniciada, bastaria o prestígio do deputado junto a Wagner delimitar a importância de sua conclusão para seu projeto político imediato.
No entanto, buscou o antes histórico rival para integrar o leque da inusitada arquitetura de apoios.
Como será difícil para o eleitor compreender a necessidade do apoio de FG a GS essa arquitetura será um tiro no pé da campanha petista em Itabuna, com sérias repercussões para a carreira de Geraldo.
O tempo dirá.

Negou de pés juntos

Quando deste espaço denunciamos as tratativas de Geraldo com Fernando – e afirmamos que estavam ocorrendo através de Raimundo Vieira, que fora solicitado pelo próprio GS para a intermediação – o deputado negou de pés juntos que tal estivesse ocorrendo.
Até que flagrado em contato telefônico com Raimundo Vieira que, por sinal, se encontrava ao lado de Fernando e algumas testemunhas, para quem Raimundo passou o telefone.
E todos ouviram Fernando cumprimentar o “deputado” e acertarem detalhes de um comunicado que GS levaria ao Governador para conclusão do Centro de Convenções.
Como testemunha não havia só Raimundo. Tanto que o fato caiu nos blogues.

Sobre Geraldo

Disporemos, no correr da semana, artigo que alude e expõe a visão deste articulista sobre a pessoa, o administrador e o político Geraldo Simões, seu peso, responsabilidade e importância nas eleições municipais e os desdobramentos de seus métodos para o futuro de Itabuna.
Acompanhe O TROMBONE.

Silêncio comprometedor

A insistência em sustentar Aldo Bastos à frente do Centro de Cultura Adonias Filho, quando as ações de Aldo denigrem a imagem do Governo Wagner (afinal, corrupção, como já escrevemos, é corrupção, que não é medida sob quilograma, metro ou volume) mais aprofunda a imagem de portador de um caráter coronelesco de GS, dentro daquele famoso princípio de que ou estão comigo ou estão contra mim.

Tapando o sol com peneira

Negação é forma de afirmação, quando o fato incomoda.

“Detalhes”

Há amores não tanto à primeira vista. Afinidades recônditas afloram à luz da oportunidade. Um cumprimento, uma saudação, a entonação de voz, os olhos, o cabelo, o cheiro, tanta coisa que só a alma humana pode compreender, fazem o humor da atração entre dois seres. Às vezes a paixão corre desmesurada. E a conveniência do conviver mais aprofunda a relação.
Que não sucumbe, ainda que hecatombes ocorram.
“Um grande amor não vai morrer assim”, já o disse Roberto Carlos. Afinal, tudo é “também mais um detalhe”.

Trocando de lama

Na lista de investigados no escândalo da Câmara (O TROMBONE e Diário Bahia de quarta 18) um deles está na FICC.
Aliás, a FICC tem uma política estranha e singular: o presidente anterior exonerou dois funcionários por economia; a atual nomeou uma dezena, inclusive o ilustrado assessor, por ela anunciado como tal.
Ao que parece a FICC tornou-se feudo do vereador Roberto de Souza. Nomes a ele vinculados encontram-se na folha da instituição, presidida pela “advogada, bailarina, pedagoga, poeta” e esposa do vereador.
É só conferir.

Foto

Cada fotografia tem um instante, registra um momento, traduz um fato que não se repete. É comum os que utilizam fotos disporem de uma só ou se fixarem em uma apenas. As razões são várias. O A Região, por exemplo, desde muito traz de seu acervo fotos de Maria Alice e de Fernando Gomes nada simpáticas.
Os veículos de informação precisam utilizar outra foto de Geraldo Simões. A maioria tem publicado fotos que apresentam GS com um sorriso de Monalisa, que pode ser interpretado como de menosprezo, gozação ou cinismo.
Não é bom em período eleitoral. Parece provocação.

Para boi dormir

Não sabemos a quantas anda o prestígio do PMDB itabunense – não podemos vinculá-lo ao respeitado médico Renato Costa – para afirmar que uma aliança definida em nível superior (diretório estadual) não será obrigatória em Itabuna.
Como divulgado e escrito por aqui num desses rodapés, há a possibilidade (que vemos concreta) de ACM Neto filiar-se ao PMDB, quando muito depois do pleito de 2012.
Em Itabuna, para o PMDB, uma possibilidade concreta de vitória é a aliança com o prefeito Azevedo, do DEM – (por enquanto, já que a volubilidade do prefeito já o fez propenso ao PP, ao PR etc.).
Essa independência do PMDB itabunense, sob a ótica dirigente de Renato Costa, está mais para botar o carro adiante dos bois ou, melhor, a província acima da metrópole.
A não ser que, como já escrevemos nestas mal traçadas, que os tantos pretensos candidatos do PMDB tenham Renato Costa como tertius e em favor dele renunciem.
Ainda que para vice de Azevedo.

Coisas da política

Em que pese as críticas do deputado Geraldo Simões à administração municipal – naturais e procedentes – o inusitado “afogamento” de um veículo de sua propriedade em poço da EMASA na rua Piauí, no Jardim Vitória, mais demonstra acreditar na criticada administração, a ponto de avançar em território aqüífero sem leme.
Como não sabemos as circunstâncias do “acidente” também é possível uma exploração político-eleitoral do fato.
Que pode não funcionar em razão da contrainformação: dirão os adversários de GS que foi armação.
Coisas da política!

Oportunismo

Jaques Wagner pede ao DNIT a agilização da duplicação da Jorge Amado, simplesmente Ilhéus-Itabuna para os leigos. Como não cremos que flate canal com a Presidente Dilma, que pelo menos não propagasse pedido a subalterno, já que o dono da bola é o Ministro dos Transportes.
O desgaste seria menor se acompanhasse o lançamento/início das obras de duplicação.
Afinal, de janeiro/fevereiro a 12 agosto (data do centenário de nascimento de Jorge Amado) se alguma coisa der errado...

Encantador I

Frere RogerEm viagem recente a Santaluz, de curta estada – atual centro de uma “corrida do ouro” que ocorre na região sisaleira – encontramos, deslumbrado, um coral voltado para a interpretação de canções de Taizé, regido por Suelbe Andrade de Jesus.
Em nível de Bahia, e ao que parece de Brasil, só há uma comunidade Taizé, em Alagoinhas, e o trabalho ora desenvolvido em Santaluz.

Na sisaleira o grupo regido por Suelbe Andrade (que ainda não tem nome específico) reúne 15 integrantes originários dos corais “Luzes de Pentecostes”, “Cantores da Paz” e “Luzes de Belém”, ensaiando desde agosto.
As canções ou cantos de Taizé encontram origem na iniciativa do Frère Roger (1915-2005) (foto), fundador da Comunidade de Taizé, na França, na década de 40 do século passado. Tratam-se de mantras/cantos de meditação, de caráter ecumênico (como a natureza da instituição), sucedâneo – se assim o entendermos, para diferenciar – do canto gregoriano.
O grupo sataluzense – magistral na execução dos temas de Taizé que ouvimos – supera em beleza e harmonia vocal o que encontramos disponível na rede.
Por faltar-nos deles um registro fonográfico no momento, disponibilizamos “Jesus, em ti confio” (In te confido), um dos cantos por nós ouvido em Santa Luz.

Encantador II

Os recursos tecnológicos contemporâneos permitem esse registro ímpar, ocorrido no Conservatório de Moscou, quando lá se apresentava Dave Brubeck, em dezembro de 1997. Instado a desenvolver sua estética sobre a famosa “Canção dos Barqueiros do Volga” (A. Alexandrov-O. Kolichev), inspirada numa pintura de Ilya Repin (ao lado), foi acompanhado pela “interrupção” do violonista Denis Kolobov (hoje também maestro, à época estudante) que com o piano estabelece um breve diálogo, de imediato aceito pelo pianista americano, como se ouve no instante em que este responde aos reclamos do violino.
No instante não se configura tão somente o domínio técnico-instrumental de ambos, aliado ao encontro da universalidade de culturas musicais distintas em tradição e origem, mas a força e a virtude de traduzirem o domínio do sentimento cultural, que nos deixa a todos comovidos e emocionados. Simplesmente maravilhoso!
De tudo a lição: quando gênios se encontram dispensam ensaios. Deus os rege.

Cantinho do ABC da Noite

CabocoA casa fervilha. Zoada, muitas falas simultâneas. Cabôco observando a todas, sem perder detalhes. Duas linhas de prosa cruzavam-se, transitando entre o futebol e a política. Encontrando o mote de que carecia, atropela as conversas, e pelo futebol trilhou a denúncia de uma mazela da política contemporânea:
– Tá num dos times que o brasileiro gosta: ou dos que jogam bola ou dos que recebem bola. Estes nem precisam de chuteira ou meião.

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

Matéria publicada originalmente no Site:O Trombone

domingo, 15 de janeiro de 2012

De Rodapés e de Achados - Dia 15 de Janeiro

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Morreu Dr. Clemente, fundador da APAE

A Folha de São Paulo noticiou na segunda 9 a morte de Antônio dos Santos Clemente Filho, aos 91 anos, fundador da APAE nos idos de 1961. Pai de um portador da síndrome de Down, nele encontrou o motivo para desenvolver a instituição que fez espalhar pelo Brasil e pelo mundo.
Dr. Clemente, como era conhecido, deixa um legado e um exemplo de servir, de amor ao próximo. Traduzido na dedicação daqueles que a ela servem Brasil a fora.

Exemplo a ser seguido

Os que combatem as causas da obesidade ficarão alegres e pasmos. Alegres por saberem que a rede McDonald’s deixou um determinado país por causa dos prejuízos, ou seja, das poucas vendas. Pasmos, porque o “determinado” se chama Bolívia. É o que diz o comentarista Sérgio Caldieri na Tribuna da Imprensa on line de terça 10: 
“Após 14 anos de presença no país e apesar de todas as campanhas feitas e por fazer, a cadeia se viu obrigada a fechar os oito restaurantes que mantinha abertos nas três principais cidades do país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra. 
Trata-se do primeiro país latino-americano que ficará sem McDonald’s e o primeiro país no mundo onde a empresa fecha por ter seus números no vermelho por mais de uma década”.

Da terra do McDonald’s

custos da guerraEnquanto milhões passam fome, não por falta de alimentos, mas de dinheiro para adquiri-los, o Tio Sam alimentando sua indústria da guerra, gasta bagatelas para manter-se imperador do mundo. O quadro ao lado, do blogue Palavras Diversas, acessado no Luiz Nassif OnLine, de segunda 9, traduz as despesas com a guerra do Iraque, até maio de 2011, não fora o custo de 4.323 soldados americanos mortos e o desastre moral representado por Abu Ghrab.
São mais de um trilhão de dólares no período

A universidade ocupada

Não deixa de ser chocante a agressão policial sem qualquer motivo aparente, apenas como reação à resposta do estudante que afirma sê-lo por sua “palavra”, contestada pela “autoridade” que não está preparada para abordar e averiguar.
E tudo acontece no campus da USP. Em tempos de ditadura militar a invasão de universidades era escândalo inominável. E isso aí?
O fato lamentável não tem como ser desmentido. Está na rede, em vídeo.



Patético

Não podemos afirmar se o termo se adéqua à administração ilheense ou ao vereador que conseguiu aprovar o Pai Nosso obrigatório na rede municipal de ensino. Na esteira, declarações que transitam entre a incompetência ou, misturando alhos com bugalhos, fazer média com setores religiosos.
Não bastasse a inócua existência de uma Comissão de Constituição e Justiça na casa legislativa ilheense, que não consegue analisar tal tema sob o prisma da constitucionalidade, a ponto de a proposta chegar ao plenário, não fica bem a Procuradoria-Geral do Município, a quem cabe analisar cada lei aprovada, antes da sanção do Prefeito.
Das duas uma: ou a PGM não foi consultada, ou aderiu ao “ficar bem com todos”.
Precisa, quando nada, explicar o que realmente aconteceu, sob pena de deixar os profissionais do direito que lá trabalham sob camisa de onze varas.

Wagner e o Leão

Adiantam que o Governador não ficou satisfeito com declarações de seu secretário João Leão.
Antes de se zangar com o leão, cabe ao governador lembrar como chegou ele (o Leão) ao governo. Afinal arrebanhar por arrebanhar adesões é jogar no escuro.
Para nós, é o que dá mexer com leão sem ser domador.

Xadrez

Ainda que absurda, como observaram alguns amigos sobre o texto “...tudo se espera”, da semana anterior, que aventa o major Serpa como vice de Geraldo/Juçara e Josias Gomes como vice de Jabes Ribeiro, um deles estaria confirmado e outro pode ser substituído por uma indicação sua caso o PP se alie ao PT, o que muito agradaria a GS.
Nesse caso, rifados ficam os companheiros de GS em Ilhéus para a chapa majoritária.

Lavagem

Geraldo Simões e a esposa Juçara Feitosa, ao lado do filho Thiago, participaram da lavagem do Bonfim.
Também Wenceslau Júnior. Todos pedindo proteção para 2012.
Sendo aquele evento o início das “lavagens”, certamente a próxima presença dos itabunenses será na do Beco do Fuxico, no 4 de fevereiro.
Aguardemos os aplausos. Conferir não custa!

“Proteção” chegando

As orações de Geraldo Simões estão sendo atendidas. Ou a caminho de sê-lo. Se o Centro de Convenções não foi o instrumento ideal – apenas serviu para aproximar GS e FG, com a valiosa intermediação de Raimundo Vieira – a rádio Difusora pode tornar-se a “oração” que faltava ao petista.

Rádio

A Difusora está sendo adquirida por Geraldo ou por interposta pessoa a ele vinculada. As tratativas serão consolidadas na próxima segunda-feira, no encontro que ocorrerá entre Geraldo, Fernando, o empresário e, naturalmente, Raimundo Vieira, em Salvador.
Como moeda entram, de um lado, a emissora, o prédio, os estúdios no Jardim do Ó e o terreno onde instalada a antena. Envolve um universo de três milhões de reais. E, o que muito interessa a Fernando, a promessa de intervenção de GS junto ao Judiciário para aliviar um determinado processo criminal que incomoda FG.
Nesse particular FG ficou comovidamente agradecido a GS.

Ele merece

Em recente convescote em Luzimares Raimundo Vieira foi tratado como sultão pelos anfitriões. Apresentado a políticos e amigos da casa, paparicado com canapés e excelente uísque.
Ciceroneado por Juçara.

Para confirmar

Que não tremam os petistas de Itabuna: Fernando Gomes dará apoio à candidatura Geraldo/Juçara. Faz parte do negócio. De forma velada, para não “estragar” a imagem do petista.
Ainda que, ostensivamente, FG esteja “convencido” e orientando Roberto Minas Aço Barbosa, alimentado em dois possíveis argumentos. Que pode “convencer” Roberto a apoiar GS.
Em terras grapiúnas fica confirmada a máxima de que em política não há inimigos, apenas adversários.
Hora de pagar a conta
Espera-se que GS, com a Difusora na mão, não esqueça de Milton Menezes, o polêmico radialista que perdeu espaço no rádio grapiúna por defendê-lo.

Prenunciado

Começam a se confirmar o que já aventado neste espaço, em várias oportunidades: considerando “o tiro ao pombo” (todos contra GS), o PMDB já desarticula a pretensão de Geraldo. Falta oficialmente fazê-lo o PR.
Mantida a candidatura do PCdoB, ainda resta a Geraldo sonhar com PDT...
Já que conquistou Fernando Gomes.

Titica no ventilador

Os blogues Políticos do Sul da Bahia e Pimenta na Muqueca abriram espaço para Aldo Bastos, envolto em avalanche de denúncias, não pelo volume financeiro, mas pela natureza dos fatos: corrupção.
A fala de Aldo mais está para a famosa “emenda pior do que o soneto” quando ameaça processar Antônio Nahud Junior – a la Maluf – para “provar o que falou”.
Enquanto o tema estiver se esvaindo na blogosfera o estrago será menor. Afinal, esquece o dirigente que já andou por Salvador recentemente, justamente para explicar sua “contabilidade”. E que não foi convidado em razão de seus “lindos olhos”.

Respingando em Geraldo/Juçara

Uma ação judicial levará à plena comprovação das denúncias. Até por prova testemunhal, sabe-se que Aldo jogava na lata de lixo documentação desviada. E tem gente que desamassou e guardou o material, com datas bastante coincidentes com certos fatos.
O tema respingará em Geraldo e Juçara, ainda que esta não soubesse – assim queremos crer – que os santinhos e cafés da manhã com artistas, eram fruto do inusitado caixa dois de Aldo, estes promovidos justamente no espaço do Centro de Cultura Adonias Filho.
O que também constitui irregularidade – ocupação de espaço público para fins eleitorais.

Sigilo

Por si só, a promoção de cafés da manhã e santinhos, custeados por Aldo Bastos, já constituem algo muito estranho.
A não ser que as reservas financeiras do rapaz tenham bala na agulha.
Que então libere seu sigilo fiscal e bancário, desde que “ingressado” no CCAF a pedido da mãe de Geraldo.
O que pode ser determinado por um juiz, dentro da ação judicial.

Mostrando serviço

A paranóia que tomou os blogues, sob a égide de comentários, atribuindo a fonte das denúncias contra Aldo até a Miralva Moitinho, beira a irracionalidade. Poucos limitaram-se a pedir apuração.
Parcela considerável fica no campo da paixão.
Muitos não atentam que o fato é grave: tanto a corrupção de Aldo Bastos como a “defesa” de GS. Mas em muitos textos a paixão, para mostrar serviço a GS.
(Não custava pedir “à mãe” que peça a Geraldo).

Geraldo na defesa

A defesa de Aldo, assumida publicamente por GS demonstra não o risco que o político assume em defender o indefensável: corrupção. Mas aprofunda a idéia que tem norteado sua imagem política nos últimos anos: a de que quem fala ou opina contra ele ou contra os seus é inimigo. A defesa pela defesa não é boa virtude para um político.
Mormente quando se tem um tema tão candente e atual como corrupção.
Que, por sinal, alcança o governo Jaques Wagner.

Currículo

É que, não fora Geraldo Simões na parada, como responsável pela indicação de Aldo, ninguém estaria preocupado com o ainda dirigente do CCAF.
Ele, Aldo, por demais conhecido no meio artístico, já construiu currículo. Que Geraldo não conhece.

Assumindo responsabilidade

No entanto a “defesa vazia” sustentada na mediocridade de argumentos como o de que denunciar a corrupção de Aldo é campanha de adversários do PT não só beira a insanidade, como aprofunda a responsabilidade do partido, que luta em Itabuna contra o que afirma ser descalabro e corrupção e os tem como argumentos do discurso que alimentará a sua campanha municipal em 2012.
No entanto, como enfrentará a denúncia contra Aldo se a tem como contra o partido?

Significativo

Muito interessante que Aldo Bastos tenha se tornado este especial “paradigma” petista em Itabuna. Não será estranho para muitos petistas históricos que andam se escondendo para não ter que defender “alianças” e “correligionários” tipicamente espúrios, negação viva da história do PT.
Aldo, em si, apresenta, para atender a coerência contemporânea do PTdoGS, haver trilhado inclusive pelo fernandismo. Coisa menor! Coisa menor!
Afinal, Geraldo Simões não procurou o próprio Fernando Gomes através do embaixador Raimundo Vieira para “defender interesses de Itabuna”?

Aguarde

Na programação 2012 da Rádio Difusora teremos novidades: o programa “Conversa Com Geraldo” e entrevistas semanais com Geraldo (naturalmente), Juçara, Miralva, Marcão, Aldo etc.

Jogando a toalha

Estamos desistindo de ver publicados pelo jornal A Região os nomes de “ex-diretores” do HBLEM, “ex-secretários municipais” e “ex-diretores de fundações” itabunenses. Assim como os dos “empresários” que fazem parte daqueles “25 nomes de Itabuna e Ilhéus” denunciados pela combativa criação de Manuel Leal.

Tom Zé

Citado em alguns setores para assumir o Ministério da Cultura, caso Ana de Holanda integre a relação dos que ajudarão a refazer o Ministério da Presidente Dilma, Tom Zé – irreverente e brilhante – oferece uma criação esteticamente regular, característica, seja-o no plano da articulação melódica (onde mantém sua marca desde os tempos do tropicalismo), seja-o no plano de letras elaboradas (por ele ou por outrem, com as quais sinta-se afinado), como a paradoxal “Tô” (Tom Zé-Elton Medeiros), aqui cantada por Zélia Duncan.


Cantinho do ABC da Noite

cabocoPor todos sabido que Alencar Pereira não atende pessoas que estejam “mais prá lá”. Mas não perde a oportunidade de anedotar a circunstância.
Como naquele dia em que o desconhecido, fala pastosa e embolada, mais para papagaio aprendendo a falar, imaginava que o ABC da Noite fosse apenas mais um boteco.
Cabôco Alencar, depois da tradicional desculpa de que “a batida acabou”, lecionou:
- É o que dá ter comércio na encruzilhada. Toda hora chega um despacho!
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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sábado, 14 de janeiro de 2012

08/01/2012


"De Rodapés e de Achados" é sucesso nas noites de domingo

DE RODAPÉS E DE ACHADOS

AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Coisas de 2011

Tião para poucos

Sebastião Néry esteve em Itabuna, no final de 2011. Ouvir Néry é uma festa.
Para os poucos que o esconderam para fotos pessoais.

Tião para muitos

Eduardo Anunciação não foi convidado. Ele que, como presidente da ABI regional, foi o primeiro a trazê-lo para palestra no auditório do extinto Instituto de Cacau da Bahia-ICB, em Ilhéus, para uma concorridíssima plateia de jornalistas, políticos e lideranças regionais.
Mas, o jornalismo de Eduardo não tinha projetos individualistas.

Tempo de aguardar

Uns poucos ainda esperam a dirigente bailarina, advogada, pedagoga e poeta apresentar-se. Dançando, advogando ou poetando. Pelo menos 2011 se foi, e nada.
É que nas artes e na cultura local, de inovador e revolucionário somente os “nossos” malabaristas de sinaleira.

Quase em branco

2011 se foi com um pouco da mesquinhez grapiúna. Que não enxergou: 1. A luta da ACATE pelo Zélia Lessa; 2. A XI Semana Cultural em Ferradas, evento internacional; 3. A luta da ACCODEC, de Ferradas, para inserir o centenário de nascimento de Jorge Amado no calendário de Itabuna.

Ao lado do melhor presente do ano

“A Privataria Tucana” já ultrapassa os 120 mil exemplares vendidos – desmistificando certos santos-de-pau-oco. E a criatividade pátria exercida, como nesses 3:53min do excelente trabalho do http://cloacanews.blogspot.com sobre cena de “A Queda! – As Últimas Horas de Hitler” (2004), de Olivier Hirschbiegel.
O “Calma, Verônica, a gente arranja outro laranja” é simplesmente fantástico, assim como os “agradecimentos” aos defensores de Serra no PiG.

Para Lopes

Sílvio Caldas ficou famoso por tantas retiradas de cena e igual quantidade de retornos. Havia sempre um espetáculo de despedida. Não tardava o retorno.
De Adelindo Kfouri, conhecemos, pelo menos, três anúncios de saída de cena nos últimos dez anos, duas delas com retorno, faltando o recente, já que anunciado no A Região mais uma despedida.
Esperamos que Antônio Lopes contraia tal síndrome – a do retorno – ainda que não o seja com(o) Ousarme Citoaian.

Dos tempos de outras brilhantinas

chitaDomingueiras de antanho alimentavam a expectativa infante: ir ao cinema. Matinées, na vespertina do domingo no poeira que a cidade oferecia, onde Tarzan, Jane e Chita faziam parte da festa.
A longeva chimpanzé se foi recentemente, aos oitenta anos. Não quis conferir a profecia maia.

Imaginação

Projeto de um vereador deste Brasil de mil brasis proíbe noivas de participarem da cerimônia sem calcinha. Descobre-se a existência de tão inusitada moda. Não sabemos se em terras grapiúnas o fato é ou tornou-se corriqueiro.
Certo que nunca se chegara a tanto em termos de intimidade!
Tampouco sabemos quem, no projeto do vereador, está incumbido de fiscalizar o cumprimento da lei.

O porquê de cochilos

Nem Jorge Amado declinou para gabrielas, tietas e terezas batistas tanta liberdade e autonomia feminina.
Doravante, imagina-se as mentes masculinas em cerimônias tais. Mentes fecundas e criativas.
Não à toa alguns noivos e convidados dormem. Agora sabemos que pode não ser sono diante da prédica celebrante, mas concentração para aprimorar a visão raio X.

2012

diogenesQue não se faça a luz, afinal o fiat lux só para o Criador. Apenas acendamos nossas lanternas neste ano eleitoral.
Como Diógenes, de Sínope, o Cínico (404-323 a.C.).

Utilidade pública

Ou, como propõe o Bessinha
alagamentos

Para entender o mundo

Na Europa a dívida bruta governamental em percentagem do PIB está prevista, para 2012, em 183% na Grécia, 121% na Itália, 15% na Irlanda, 112% em Portugal, 89% na França, 82% na Alemanha, 70% na Espanha. A dos EEUU, em torno de 100%. A Grécia precisa de quase dois PIBs para honrar a dívida e a Alemanha (maior economia européia) de quase um.
O desemprego em alta supera 20% na Espanha e 9% nos EEUU.

Para entender o Brasil no mundo

Por estas plagas governadas pelo PT (não significa gostar dele, o que ocorre com muitos) a relação dívida/PIB ficou em 36,6% (a menor desde 1998), devendo cair para 35,7% em 2012, segundo o Banco Central.
Em 1994 estava em 14% e chegou a 55,5% em 2002, alcançando 57,2% em 2003.
Reservas de 38 bilhões de dólares em 2002 (incluindo a parcela 15,9 bi emprestada pelo FMI para garantia de pagamentos) alcançaram 352 bilhões em 2011 (sem dinheiro do FMI).
O desemprego ficou abaixo de 6%, caindo dos 12,6% de 2002.

Para entender o Brasil internamente

Este mínimo de 622 reais, em vigor, detém o maior poder de compra desde 1979, segundo o DIEESE. Comprando o equivalente a 2,25 cestas básicas de São Paulo (com valor unitário estimado em 276,31 reais) configura um reajuste de 14,13% sobre o anterior e atinge um aumento real de 9,2%.
Injetará 47 bilhões de reais na economia no curso de 2012, com efeitos a serem mais percebidos especialmente no Norte e Nordeste. São dados da Carta Maior no Luis Nassif Online no www.advivo.com.br de 29 de dezembro.

Obsoletismo à vista

Quando imaginávamos que o HDTV/LED e quejandos esgotavam a qualidade (1920x1080 pixels/píxeis) “os engenheiros produzem um televisor Quad HD/4K pronto para entrar no mercado, dando aos telespectadores uma resolução quatro vezes maior que a alta definição normal”, elevando-o para espantosos 8000x4300. (“O Mundo em 2012”, no The Economist). Para cinéfilos será a “reprodução em celulose”.
Como o obsoletismo programado alimenta o capitalismo consumista, preparemos o bolso e o lixo.

Huuum!

Esta disputa de quem é quem no PT local para definir “quem” promoveu a exoneração de Jonas Nascimento de cargo no Governo Estadual anda mal contada. Para uns, Miralva Moitinho seria a articuladora da façanha e realçam a “barbaridade” da exoneração em razão do expressivo trabalho de Jonas à frente de órgãos estaduais de educação.
Nossa dedução é de que estão ampliando tudo, começando pelo poder de Miralva, para justificar a saída de Jonas. Exoneração de tal quilate (indicação política) não ocorre por indicado político (Miralva).
Por outro lado, é possível que o expressivo trabalho de Jonas Nascimento não seja tão expressivo assim. Afinal, competência quando demonstrada conquista admiradores.
Para nossa avaliação tudo não passa de ti-ti-ti transformado em tempestade... em copo d’ água. Para marcar posição de alguma dessas tantas tendências que tornam o PT um partido muito especial.

Na blogosfera

O “Cinzas e diamantes”, www.cinzasdiamantes.blogspot.com, do poeta e escritor Antônio Nahud Junior, repercutiu denúncia deste DE RODAPÉS E DE ACHADOS de 18 de dezembro – “E por falar em corrupção (VER) – acrescentando preciosas informações.
Nitroglicerina pura! Em pleno ano eleitoral!

Nomes

Antônio Junior, no texto publicado na quarta 4, oferece detalhes do que aconteceu no Centro de Cultura Adonias Filho, sob batuta de Aldo Bastos, enquanto (ANJ) lá trabalhou, dando nomes e detalhando fatos. Inclusive a origem do caixa dois, as razões por que de sua existência e o instante em que ocorreu (VER):
“...Durante a campanha de Juçara Feitosa para a prefeitura de Itabuna, desejando provar a todo custo sua fidelidade partidária, criou um caixa dois, financiando santinhos da candidata e cafés da manhã para artistas com finalidade eleitoreira”.

Insustentável

Considerando que o caixa dois de Aldo Bastos no CCAF serviu para campanha de Juçara Feitosa/2008, desviado atualmente – imagina-se – para as particularidades de Aldo, pode voltar a atender à campanha petista em 2012.
Cremos que nem Juçara nem Geraldo têm conhecimento das estripulias de Aldo. No entanto, caso o rapaz, indicação de GS, seja mantido...

Protegido

Se GS assumir a permanência de Aldo Bastos à frente do Adonias Filho também assumirá a corrupção denunciada, que macula o governo Jaques Wagner, além de oferecer prato feito à oposição.
Caso não assuma e o ilustre indicado venha a ser defenestrado – coisa que a Secretaria de Cultura vem tentando há algum tempo, diante das denúncias e da lamentável administração constatada pelos superiores – e como sua indicação é pedido materno, não faltará oportunidade: eleito Geraldo ou Juçara, Aldo poderá assumir a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania-FICC.
Pedido de mãe é coisa séria!

Abandonado

No ano do centenário de nascimento de Jorge Amado a administração municipal de Itabuna nem mesmo promoverá um Carnaval, que poderia ter como temática a figura do ilustre ferradense. Anuncia fazê-lo às vésperas da efeméride.
O mundo comemora Jorge Amado a cada dia; Itabuna não aproveita a oportunidade.

Minas é Pierre!

Estivemos recentemente em Montes Claros-MG. Se tomarmos como amostragem o que ouvimos de torcedores do Atlético Mineiro e o que dizem todos do quanto noticiado (rádio e TV) em Minas, os torcedores estão exigindo a manutenção de Pierre no Galo.
Que tirem todos, menos Pierre, é a palavra da torcida.

O que está em jogo

O Palmeiras quer tê-lo de volta, certamente para também faturar com a partida número 200 de Pierre, frustrada por Felipe Escolari, apesar do esforço da diretoria e da torcida para ver o baiano de Itororó jogar envergando a camisa histórica.
Pierre quer permanecer em Minas. No entanto, quando fatos alheios estão em jogo, os desejos pessoais pesam menos.

Itororó

A bomba político-eleitoral é a candidatura de Padre Moisés a Prefeito, que já estaria em campanha.

Luzimares ferveu

Na quarta 4 muita coisa aconteceu em Luzimares. Na pauta, de Jonas Nascimento à pré-definição de um vice para o PT em Itabuna. PT de Ilhéus também discutido... por itabunenses.

Conquista já fervera

No final de 2011 ficou definido o apoio de Fernando Gomes a Roberto Minas Aço Barbosa. A destacar a capacidade e o volume de argumentos de Roberto para convencer Fernando, que já afirmou disposição de apoiar até o PT para evitar a reeleição de Azevedo.
Roberto entra na mídia, orientado por FG, para ver se alcança 10% a 12% de intenções de voto até março. Três meses de espera, para quem já o faz há pelo menos seis anos.
Com o risco de enveredar por campanha alheia. Ou correr sozinho.

De ano eleitoral...

Consumar-se-ão todas as iniciativas para consolidar, retomar ou conquistar o poder. Nessa esteira, Azevedo e Geraldo Simões encontram-se nas primeiras referências; Roberto Barbosa, Wenceslau, Vane do Renascer, Leninha Alcântara e Acácia Pinho na última.
Alguns mais assentados, outros patinando na esperança de se verem homologados em convenções.

...tudo se espera

Que não se duvide de algumas possibilidades, que podem já estar concretas. Geraldo Simões/Juçara tendo como vice o major Serpa, em Itabuna, e Josias Gomes vice de Jabes Ribeiro, em Ilhéus.
Neste caso particular, festa para Geraldo Simões, que veria a possibilidade de o PP em Itabuna apoiar o seu PT.

O que pode estar definido

Para nós, defensor da teoria do “tiro ao pombo” – todos contra GS – Azevedo terá apoio do PMDB/PSDB/PR.
Tudo porque não acreditamos que Geddel Vieira Lima, Jutahy Jr (por razões naturais, em nível nacional) e César Borges possam contribuir para o fortalecimento de Geraldo Simões.
Uns, lembram de vaias; outros, a perda de exploração portuária.

Perguntinha ingênua

A Ciretran há muito tornou-se cobiçada pelos dividendos políticos que pode oferecer. Azevedo que o diga. A atual chefia está com sargento Gilson.
Dividendos para o PT ou PCdoB?

Cobrando

Redigíamos esta coluna aguardando a divulgação, pelo jornal A Região, dos nomes de “ex-diretores” do HBLEM, “ex-secretários municipais” e “ex-diretores de fundações” itabunenses. O que não exclui os dos “empresários” que fazem parte daqueles “25 nomes de Itabuna e Ilhéus” denunciados pelo combativo hebdomadário.

Porque é tempo dos Santos Reis


Tradição em várias regiões brasileiras o “reisado” se faz vivo visitando casas entre o Natal e a festa de São Sebastião. Vestidos a caráter, chapéus e gorros enfeitados de espelhos e fitas coloridas, seus integrantes transitam da catira (com viola, sanfona e violão) à moda baiana (flautas de bambu em dueto, violão/viola e percussão).
Uma tradição que anda esquecida. Aqui em Itabuna, no Cerrado e Itamaracá há grupos que não mais saem. Faltam-lhes portas para recebê-los e a dupla sertaneja tradicional Miúdo e Miudinha – residente no Bairro Lomanto –, que já manteve um grupo de reisado, nem mais a lembra, desde a venda de suas flautas.
E os que fazem a cultura local pensam em outras coisas.
Nem mesmo copiamos Una, onde há um trabalho de resgate admirável, incluindo da burrinha e do bumba-meu-boi.
Oferecemos aqui duas expressões da tradição, próximas de nossa realidade. Uma delas originária de Itambé (acima). 

Cantinho do ABC da Noite

cabocoConsiderando ser este 2012 não só especial ano no calendário maia, antes que qualquer mudança ocorra, propomos ser ele o ANO DO ABC DA NOITE, a ser oficialmente lançado no dia 2 de fevereiro (aniversário de Cabôco Alencar). Afinal no dia 28 de julho a razão de existência do Beco do Fuxico completará 50 anos de existência.
E para não perder o mote, mais uma de seu filósofo, quando a freguesia alimentava os temas comida e futebol:
– Prefiro comer frango a ser goleiro – leciona o mestre do Beco. E justifica:
– Pelo menos ninguém me xinga a mãe.

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum
Matéria originalmente postada no site: O Trombone